História Moderna I

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

CURSO DE HISTÓRIA – POLO DE DIAMANTE EAD

TEMPOS MODERNOS: ECONOMIA, POLÍTICA, RELIGIÃO E ARTE

Autor: José Flávio Pereira

CAPÍTULO 1

2) Fontes alternativas para aprofundamento temático:

Leia a obra Rei Lear, de William Shakespeare, ou assista ao filme Rei Lear, de 1984, estrelado pelo ator Laurence Olivier, e faça uma análise mostrando os dramas humanos no interior das lutas políticas ocorridas nos fins do feudalismo e início dos tempos modernos.

Shakespeare retrata nesta obra fatos reais acontecidos da Inglaterra, uma história de ambição e vingança, que pertence ao folclore anglo-saxão. Escrita em 1605, conta a história de um rei idoso que resolve doar, em vida, todos os seus bens às duas filhas, que o abandonam logo em seguida. O rei sai sem destino, devido a uma forte tempestade, encontra abrigo em uma cabana. E é lá que conhece o nobre Edigar, também traído por sua família, juntam suas forças para reaver o reino e a honra do Rei Lear.

Com o enfraquecimento da nobreza no final do feudalismo, uma revolução social, política e econômica surgiu, o que abriu caminho para o fortalecimento do poder político dos reis. Na Inglaterra do século XVI a maior parte das terras pertenciam a pequenos proprietários livres, isto significa que o sistema feudal havia desaparecido por completo, favorecendo a monarquia. A burguesia aliada à monarquia juntaram suas forças contra um inimigo comum, a nobreza. O filme Rei Lear retrata os conflitos pelo poder, até mesmo dentro da família. Na luta pelo poder, ao contrário do sistema feudal, nessa nova sociedade não era importante laços de família, mas o que era relevante era riqueza, trabalho pessoal, mérito e o princípio jurídico da igualdade de todos perante a lei. Por isso muitas vezes as lutas pelo poder eram internas, ou seja, na própria família.

CAPÍTULO 2

1- Trechos de leitura para exercícios:

Leia o texto abaixo e responda ás seguintes questões:

1-Que relação o autor estabelece entre a liberdade, o comércio e o enriquecimento da Inglaterra?

Devido ao bom relacionamento com a burguesia e outros setores emergentes, os ingleses criavam sociedades mercantis e de outra natureza com burgueses, pagava impostos como qualquer outra classe e seus filhos e filhas podiam casar com pessoas de outras classes. Esse entrosamento social resultou num ambiente mais democrático e equilibrado, o que refletiu na vida política e econômica do Estado inglês. A boa fase financeira em que se encontrava a Inglaterra resultou em mais investimentos para ampliar o comércio, inclusive de atividades marítimas.

Com o enriquecimento dos comerciantes ingleses o Estado se fortaleceu podendo até mesmo ajudar outras nações com dificuldades, como a Alemanha.

2- Mostre, comparativamente, como a figura do comerciante é vista na Inglaterra, na Alemanha e na França.

Na Inglaterra o comerciante era visto como fonte de progresso, pois além de gerar riqueza para si mesmo, fortalecia o Estado. A habilidade comercial era apreciada pelos ingleses, pois era passada de pai para filho, a fim de que essa atividade continuasse enriquecendo comerciantes e a nação.

Na Alemanha as atividades comerciais não eram valorizadas, somente o que era relacionado à família real e de seus descendentes, tinha valor. Os alemães não aceitavam que ninguém prosperasse mais do que a coroa.

Na França, devido ao absolutismo real, o comerciante era desprezado, a vontade do rei era soberana e indiscutível, era idolatrado como um deus. Não existia, para os franceses, a mínima possibilidade de se relacionar com a burguesia ou qualquer outro setor emergente.

CAPÍTULO 3

1- Trechos de leitura para exercícios: O texto-documento abaixo foi escrito em 1546, pelo embaixador veneziano em Paris, Mário Cavalli. Com base em sua leitura, mostre as características do governo francês no século XVI:

O poder político e econômico da França no século XVI, estava todo concentrado na figura do rei. Os franceses eram dependentes e submissos à vontade do rei, mas como o povo não tinha liberdade para trabalhar e progredir, pois suas finanças eram destinadas para a coroa, o governo se tornou economicamente fraco. A submissão era tanta, que os súditos achavam natural pagar impostos abusivos.

Todo o controle das finanças estava concentrada nas mãos do rei, e este ficava responsável por garantir a segurança o povo, o que não acontecia, pois estavam sempre sendo ameaçados por guerras civis.

O Antigo Regime foi marcado pelo absolutismo real e por práticas de abuso de poder que sacrificava a população economicamente.

Capitulo 04

Com base no texto, comente os dois trechos abaixo, cujo autor Guibert do Nogent(1055-1124), beneditino, historiador e teólogo, foi contemporâneo do momento comunal e, em sua autobiografia,faz alguns relatos desse movimento. No primeiro trecho, ele mostra as razões que levaram os nobres, leigos e religiosos a abrir mão do seu domínio sobre a população em troca de dinheiro. Não é preciso dizer que Guibert de