História da cultura indígena e afrodescendente
Por: ferreira201536 • 12/11/2015 • Resenha • 434 Palavras (2 Páginas) • 767 Visualizações
Durante as décadas de 20 e 30 do século XX, a Amazônia passou a ser vista com outros olhos, não só pela intelectualidade brasileira como também por interesses econômicos. A mestiçagem passa a ter um novo significado para a identidade nacional brasileira, não só para os estudiosos brasileiros (historiadores, sociólogos e antropólogos), mas também estrangeiros.
Na década de 60 do século supramencionado, foi criada a FUNAI que tem como um dos principais objetivos servir como tutora para os índios brasileiros, nos aspectos educacional, territorial, gerenciamento do patrimônio e fiscalização das terras indígenas.
No que tange ao contexto negro durante o século XX, podemos destacar o movimento que ficou nacionalmente conhecido como a Revolta da Chibata a qual teve como principal articulador o almirante negro João Cândido.
Mesmo após o processo de independência a escravidão e o tráfico negreiro se mantiveram presentes no contexto nacional, no entanto, tais instituições só contribuíram para gradativamente fortalecer o processo abolicionista frente a elite brasileira, esta por sua vez influenciada pela tendência industrial inglesa favorável ao abolicionismo. As leis a favor da abolição começara a ser editadas, ais como: Lei Euzébio de Queiroz, Lei Áurea, Ventre Livre, Sexagenários, etc. no entanto, embora tais leis estivessem presentes no contexto nacional, sua aplicabilidade em caráter lato não ocorreu em sua efetividade, pois embora libertos, sua inclusão social se deu de maneira mitigada.
No contexto cearense, podemos chamar atenção ao ícone “Dragão do Mar”, ex-escravo que se recusara a transportar negros escravizados em sua embarcação. Tal atitude repercutiu de maneira a intensificar outros movimentos abolicionistas.
Com o objetivo de combater práticas racistas, intelectuais negros, bem como trabalhadores passaram a discutir tais questões formando grêmios e associações com o propósito de melhorar a qualidade de vida dos afrodescendentes, assim como proporcionar sua inclusão de forma amigável. Porém, tais aglomerações não foram bem vistas pela elite brasileira, as quais considerava como grupos “criminosos em potencial”. A imprensa negra, assim chamada pela elite branca, tal mecanismo só contribuiu para fortalecer o racismo. As pequenas tiragens do jornal “A voz da raça” traziam mensagens morais contra a vadiagem e enaltecia o trabalho negro.
Em 1931, a FNB – Frente Negra Brasileira, objetivava integrar a população negra na sociedade, de maneira competitiva no mercado de trabalho, proporcionando uma educação básica, bem como criando oficinas para profissionalizar tais indivíduos.
O Teatro Experimental Negro – TEM, foi outro mecanismo de integração/resistência negra na sociedade brasileira, pois este proporcionava congressos e contribuiu para destacar talentosos atores, poetas, músicos negros, etc.
Nos anos 40 a 50 do século XX, foi publicado o “Jornal Quilombo”, qual tinha como finalidade por parte da elite negra brasileira divulgar a cultura afrodescendente.
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