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História intelectual

Resenha: História intelectual. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  26/7/2014  •  Resenha  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  281 Visualizações

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muita bucetaprovável que este livro provoque alguma estranheza. Nos dias que correm, fala-se com enorme timidez em História Intelectual, e na maior parte das vezes para referir-se a um setor específico deste vasto campo. Como veremos, nos diversos ensaios aqui reunidos, o conceito pode ser muito mais amplo do que uma definição esquemática, seja de Robert Darnton, seja de qualquer outro autor influente. De início, digamos apenas que a expressão História Intelectual vem ganhando espaço, numa acepção tão genérica quanto aquela que lhe faz concorrência e tende, muito provavelmente, a substituí-la.

A História Intelectual, por muitos identificada sob o rótulo mais antigo de História das Idéias - campo de estudos extremamente vasto e de longa data dominado pela historiografia anglo-saxã -, conheceu diversas tendências e trilhou caminhos bastante diferenciados ao longo do século XX. É desconcertante o número de orientações teóricas surgidas no interior deste domínio. As concepções que delineiam o desenvolvimento da História Intelectual são quase tantas quantos são os historiadores. Diante de diferentes (e de divergentes) maneiras de conceber um objeto comum, esta rica coletânea permite-nos perceber a complexidade conceitual deste campo, além de demonstrar-nos a sua exuberância temática, expressa pela abordagem de um sem-número de autores e assuntos.

A História Intelectual possui interesses muito diversificados e não há uma forma - ou fórmula - para defini-la com aquela convicção peculiar aos adeptos de um estatuto mais estrito de cientificidade da História. Nesta época de tantas incertezas cabe a regra de Montaigne: \"Seguros e convictos há apenas os loucos\". Ora, houve uma História Intelectual à maneira de Arthur Lovejoy, de Pierre Mesnard, de Lucien Febvre, de Sheldon Wolin, de Isaiah Berlin, da mesma forma que há uma História Intelectual à francesa - com destaque atual para os trabalhos de Jean-François Sirinelli, Michel Winock e Roger Chartier -, assim como há também uma História Intelectual ao sabor anglo-saxão, da qual são expressões culminantes, atualmente, nomes dos dois lados do Atlântico, como os norte-americanos Robert Darnton, Martin Jay, Dominique LaCapra e os ingleses Quentin Skinner, John Dunn e John Pocock. E mesmo entre estes e aqueles a concepção que se tem e que se teve de um objeto comum foi e tende a continuar sendo uma vs bucentando todas as rolas

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