Imperialismo Europeu

O Imperialismo foi definido como um fenômeno econômico, social, político e cultural. Surgiu com o crescimento da industrialização, na segunda metade do século XIX quando grandes potências européias viram suas fronteiras como barrei-ras para o crescimento econômico. Essas potências tinham interesse em formar grandes impérios econômicos, buscar mão de obra barata, mercado consumidor e matéria prima. Seus alvos foram os continentes asiático e africano com patrocínio da burguesia interessada em expansão, sendo assim fizeram a divisão desses ter-ritórios desrespeitando as diferenças étnicas e culturais causando conflitos até hoje.

Em 1884, Inglaterra e França encabeçam a Conferência de Berlim, que criou regras políticas, militares e comerciais delimitando as fronteiras. Assim, países afri-canos sofreram uma partilha territorial. Justificavam o imperialismo como uma mis-são de fé e civilizatória sobre os bárbaros e a divisão das riquezas entre os povos. Porém, a intenção não era civilizar, e sim aplicar a política de exploração e de van-tagens econômicas. Essa divisão imperialista causou mudanças na estrutura social e cultural de forma totalitária de modo global. Com conflitos, nem mesmo a divisão territorial entre os imperialistas impediu as duas Grandes Guerras Mundiais.

A ocupação da França na Argélia era de interesses políticos e econômicos, a justificativa para essa invasão francesa foi um desentendimento entre um representante consular e uma autoridade argelina, houve então mudanças na estrutura social e econômica argelina. Os nativos foram obrigados a cultivar e explorar produtos de exportação e seus campos de cultivos de alimentos foram modificados para atender o mercado francês. Os africanos trabalhavam, muitas vezes, em regime compulsório. O cultivo desorganizado de alimentos causou problemas de desabastecimento. Havia cobrança de impostos, imposição de idiomas, religião e culturas européias, além da ideia de inferioridade e descriminação racial entre o próprio povo africano. A independência da Argélia só aconteceu em 1962.

A independência dos estados africanos começa a acontecer no século XX através de revoltas locais, apesar da resistência dos países imperialistas em frear o processo de formação de classes sociais organizadas que lutaram e defenderam os interesses coletivos pela emancipação e independência.

Após protestos e conflitos muitos países se juntaram e concederam pacifica-mente a independência aos povos africanos. As colônias se transformaram em paí-ses autônomos, porém, a partilha territorial foi realizada pelos europeus produzindo instabilidade política e econômica, resultando em conflitos étnicos entre eles.

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