LANDIM, Leilah - histórias de luta sobre a chamada ONGS / Leilah LANDIM Lusolopie-Rio de Janeiro
Tese: LANDIM, Leilah - histórias de luta sobre a chamada ONGS / Leilah LANDIM Lusolopie-Rio de Janeiro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: reviscleivoson • 10/11/2014 • Tese • 1.595 Palavras (7 Páginas) • 664 Visualizações
LANDIM, Leilah – Experiência Militante Historias das Assim Chamadas ONGS /Leilah LANDIM Lusolopie– Rio de Janeiro – Editora Cortez.
Resumo :Este fechamento fala então sobre as ONGs brasileiras tomadas desde sua pré-história e suas trajetórias iniciais, lá pelos anos 1970. Trata da gênese de um conjunto de organizações que, a partir de certo momento, passaram a ser chamadas de ONGs : e é onde para a história construída aqui. Ou seja, traz algumas dimensões da construção social de uma forma organizacional específica, ou de um conjunto de organizações que vêm ocupando posições análogas no espaço social, nas duas últimas décadas.
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214 Organização não governamental é expressão que traz a marca da polissemia, movendo-se num campo que se presta a várias apropriações ideológicas ou discursivas, possibilitando usos diversificados por diferentes atores – e, portanto, podendo constituir-se em objeto de polêmica e luta em torno desses usos.
Essas organizações privadas não empresariais dedicadas a ação social no espaço publico, em benefício para a parte excluída da população, onde foi ganhando espaço nas organizações na sociedade brasileira nas ultimas décadas, com dimensões da construção social de uma forma organizacional especifica ou de um conjunto de organização no espaço ocupacional.
216 Finalmente se, na lógica declarada dessas ONGs, quem não tem competência não se estabelece, essas histórias podem contribuir com alguns elementos para uma análise das condições sociais de criação dessas competências, dessa legitimidade e reconhecimento social.
As OMGS trás algumas dimensões da construção social de uma forma organizacional especifica,ou de um conjunto de organizações que vêm ocupando posições análogas no espaço social,nas duas ultimas décadas.
218 A invisibilidade social, o não fazer nome (ao contrário, por exemplo, da lógica acadêmica, ou do mercado), era uma qualidade cultivada em organizações que – assim como seus agentes – não existiriam para si, mas para os outros. Podemos ressaltar que a ONG não está no dicionário, no Aurélio não costa a expressão organização não governamental, pelos filólogos esse conceito que vem se construindo no decorrer das décadas, enquanto conceito sociologicamente, mas o reconhecimento desse nome não se deu rapidamente, ouve um grande processo
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As atuais ONGs, portanto, e como tem sido estudado, começam a existir em anos de regime militar. Acompanham um padrão característico da sociedade brasileira, onde o período autoritário convive com a moder-nização e a diversificação social do país e com a gestação de uma nova sociedade organizada, baseada em práticas e ideários de autonomia em relação ao Estado.
Todo um investimento,por um conjunto especifico de agentes e entidades,na afirmação de uma identidade comum e na produção de concepções,praticas e instâncias especificas de legitimidade,como vai ser retomado adiante as organizações não Governamentais (ONGs), que fazem parte do chamado Terceiro Setor, alcançar significativo crescimento no Brasil, assumindo papel de destaque na sociedade.
221 O clima de história alternativa, não oficial, que perpassa os depoimentos sobre as origens das ONGs tem um momento enfático na referência, por vários veteranos entrevistados, a uma reunião nacional preparada e realizada na contra-corrente da conjuntura autoritária. Embora diversas dessas organizações já existissem há algum tempo, foi a partir daquela década que se popularizou esse termo e que houve um notável crescimento quantitativo e no impacto da ação desse tipo de organização.
222 Esse mito fundador é interessante pelo que aponta em termos dos elementos constitutivos das ONGs, ou que vão compor esse conjunto de organizações, enquanto um campo de alguma forma estruturado : a criação de redes de relações horizontais entre determinados agentes na sociedade brasileira. A associação Brasileira de organização Não Governamental sem fins lucrativo também se envolvem em iniciativas locais e regionais, dando visibilidade a atuação das associada, interesses e oferecendo apoio ao seu desenvolvimento institucional, surgindo grupo que tinham concepção totalmente religiosas e assim criam entidade.
223 A vida nesse período é relatada como tensão entre se ter um emprego e continuar com um trabalho de « sentido social », passando-se a idéia de vida dupla, quer em atividades exercidas nas brechas do tempo, quer nas brechas dadas no interior das instituições onde se trabalhava.
Essas organizações dedicadas a movimento sociais de core popular tiveram um papel único e pioneiro no tempo quanto que viera se identificar publicamente enquanto tal produzido pratica discursos e instancias de consagração comum a uma novidade institucional.
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224 Aquelas organizações vão-se compondo como conjunto particular, nos anos 1970, na medida em que alguma parte desses agentes converge para ideais comuns e investe em um tipo de politização, institucionalização e profissionalização do seu trabalho. Reuni-se um pequeno grupo para discutir os projetos de educação e intervenção junto com grupos populares onde foi patrocinado facilmente por uma organização não governamental internacional que conduza há anos financiado projetos sociais do tipo assistencial.
226 Portanto, essas organizações constroem sua identidade, nesses primeiros tempos, na distinção com relação a áreas que lhes são bem próximas, como o vasto campo da assistência privada tradicional – ou das práticas do chamado assistencialismo. Pessoa que iam formando redes invisíveis e isso não controla, vão relevar então nessas narrativas as propriedades que identificam um conjunto de agentes dedicados a ação social, como inauguradores d eu ma nova forma de enquadramento institucional.
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Alguns desses novos quadros virão diretamente da militância em algum movimento social, seja de bairros, seja sindical, trazendo consigo para a entidade o cacife da experiência, das relações e da posição aí adquiridos. Pessoas que conheciam o mapa da história dos grupos políticos e das correntes marxistas. Com grande expansão de pensamentos e de visão Marxista criara conceito de ONGS desligada a igreja católica isso significa tirar um pouco de bagagem histórica
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