Linguagem Visual
Monografias: Linguagem Visual. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rlfreitas • 28/11/2014 • 906 Palavras (4 Páginas) • 718 Visualizações
LINGUAGEM VISUAL E HISTORIOGRAFIA
Tema: Teoria de análise de imagens
Diferenças entre o método iconográfico e o semiótico de interpretação da imagem.
Método iconográfico
A iconografia é um método importante para a interpretação de imagens e compreensão do passado. A principal característica da iconografia é a ideia de leitura de imagens, isto quer dizer que a imagem, assim como o texto, deve ser interpretada em seus componentes visíveis, como também em seu aspecto subjetivo.
Aby Warburg (1866 – 1929) e Erwin Panofsky (1890 – 1948) estão entre os principais intelectuais difusores da iconografia, que tinham como foco de estudos as formas simbólicas nas imagens. Baseado nos estudos de Warburg, Panofsky criou seu próprio método, que consistia basicamente em três etapas: pré- iconográfica; iconográfica e iconológica.
A primeira etapa consistia na descrição e identificação dos elementos visíveis na imagem, a segunda analisa os significados convencionais, reconhecer os elementos como integrantes de eventos históricos para isso o leitor deve conhecer os textos clássicos e a história.
Por fim a iconologia dever consiste em estudar as características intrínsecas da imagem.
Segundo Peter Burke, a
história cultural das imagens desenvolveu-se a partir dos estudos de Warburg, estudioso que se dedicou a analise das sobrevivências de elementos visuais em determinadas representações pictóricas.
O método iconográfico de panofsky é criticado por considerar a existência de uma unidade cultural de uma época. Warburg possibilita pensar as ambiguidades das imagens, o que ele percebeu em suas pesquisas sobre o período renascentista que uma imagens é compostas de elementos novos e antigos. A imagem é uma fonte histórica hibrida, ou seja, ela mescla diferentes elementos simbólicos.
A iconografia de Warburg analisa a obra de arte como um verdadeiro testemunho histórico, mais que o resultado de um estilo estético preciso como um meio de acesso a idéias e sentimentos de uma época. Por fim para a iconografia para que uma imagem “diga” algo é necessário que ela passe por um processo de análise, de leitura, em que sejam investigados os meios de produção e o contexto em que foi produzida.
Método semiótico
Em função das condições limitadas da iconografia, surgiram novas teorias de leitura de imagem, não se contrapondo a iconografia servindo para enriquece - la. Dentre essas teorias temos a semiótica ou teoria
estruturalista de analise, leva em conta as conexões entre os elementos que compõe uma imagem.
Seu interesse repousa no significado integral da obra, e não em uma interpretação isolada dos elementos que a constituem isso o difere da iconografia assim a imagem e tratada como um sistema integrado de signos.
A semiótica é em sua origem um método de estudo de texto e foi adaptada para a leitura de imagens na década de 1960, por Roland Barthes (1915 – 1918).
Segundo Noth “O estruturalismo possui uma base semiótica, que se evidencia na preocupação com a idéia de signo, da estrutura e dos sistemas sígnicos”. (NOTH, 1996, p.111).
A análise semiótica se assemelha à iconografia em sua preocupação com os signos e indícios presentes em uma imagem. A diferença, entretanto, está no objetivo do estruturalismo, que enfatiza a análise da composição como um todo, incluindo sua forma artística ou sua estética.
Assim o sistema de signos que compõe uma imagem é visto como um subsistema de um todo maior formando “textos figurativos”, ou seja, a imagem é tratada como discurso em que as figuras se colocam no lugar das palavras.
Então para a semiótica cabe ao leitor interpretar o significado
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