MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Monografias: MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL CONTEMPORÂNEO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alexandrabanhos • 8/6/2013 • 5.862 Palavras (24 Páginas) • 1.034 Visualizações
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como fundamento principal preservar a história da Educação e da Pedagogia escolar no Brasil, estudando e pesquisando sobre as influências recebidas de diversas partes do mundo, que formaram a educação que nós temos hoje em nosso país.
Este trabalho nos proporcionou aprofundar os conhecimentos através de pesquisas individuais e em grupo estimulando o aprendizado e o conhecimento histórico da educação Brasileira. Com base em cada etapa sugerida por essa ATPS(atividades praticas supervisionadas), conseguimos registrar a memória cultural de nossa educação, as influencias recebidas e a importância da preservação da história como fonte de conhecimento e estimulo para nós futuros educadores.
A seguir apresentamos um relatório detalhado sobre nossas pesquisas com o titulo:
“Memória da educação escolar no Brasil contemporâneo”
Somos Feitos de Tempo?
Sim, somos feitos de tempo, somos seres históricos que fabricamos nosso passado, tudo o que vivemos hoje será, no futuro, o nosso passado. De acordo com nossas vivencias e relações sociais, mudamos nossas ações e pensamentos, e a história vai se formando de geração para geração. A educação, o saber, se passa de pessoa para pessoa, de cultura para cultura, de sociedade para sociedade; daí cada sociedade tem fatores culturais que vão sendo transmitidos ao longo do processo histórico, desenvolvidos através de seus artefatos místicos, éticos e religiosos influenciando sua forma de pensar e agir. Assim, o processo evolutivo de um povo se dá através do conhecimento de sua história e esse conhecimento histórico é seletivo, pois cada historiador faz uma escolha dos acontecimentos mais importantes para sua história. Dessa forma, em cada época e local a memória é registrada de maneiras diferentes e é fundamental na formação da identidade cultural, das tradições e no registro de experiências significativas, por isso deve ser valorizada e preservada. A história, dessa forma, ajuda-nos a olhar nossa realidade com paciência, afinal, as coisas demoram muito a mudar. As vezes é preciso esperar duas ou três gerações para que uma inovação educacional se estabeleça.
Enfim, estudar história da educação é compreender o presente, e intervir no futuro através do estudo do passado, não cometendo os mesmos erros de nossos antepassados.
“Memória da educação escolar no Brasil contemporâneo”
Período colonial: Os portugueses trouxeram um padrão de educação europeu. No período da exploração inicial, os esforços educacionais foram dirigidos aos indígenas, submetidos à chamada "catequese" promovida pelos missionários jesuítas que vinham ao novo país difundir a crença cristã entre os nativos. O padre Manuel da Nóbrega chefiou a primeira missão da ordem religiosa em 1549. Em 1759 houve a expulsão dos jesuítas (reformas pombalinas), passando a ser instituído o ensino laico e público, e os conteúdos baseiam-se nas Cartas Régias, a partir de 1772, data da implantação do ENSINO PUBLICO OFICIAL no Brasil (que manteve o Ensino Religioso nas escolas).
Durante esses quase 300 anos da história do Brasil, o panorama não mudaria muito. Mas os escravos negros não conseguiram qualquer direito à educação e as mulheres (brancas) estavam excluídas. Apenas os mulatos procuravam a escola, o que provocou incidentes tais como o da "questão dos moços pardos" em 1689. Os colégios de jesuítas tiveram que ceder tendo em vista os subsídios de "escolas públicas" que recebiam.
Família Real: Com a vinda da Família Real no início do século XVIII permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil Dom João VI abriu Academias Militares (Academia Real da Marinha (1808), Academia Real Militar (1810)), Escolas de Medicina (a partir de 1808, na Bahia e no Rio de Janeiro), Museu Real (1818), a Biblioteca Real (1810), o Jardim Botânico(1810) e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia (1808). Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária.
Império: Em 15 de outubro de 1827 foi aprovada a primeira lei sobre o Ensino Elementar e a mesma vigoraria até 1946. Essa lei determinou a criação de "escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugarejos" (artigo 1º) e "escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas.” A lei fracassou por diversos motivos.
Em 1834 houve a reforma que deixava o ensino elementar, secundário e de formação dos professores a cargo das províncias, enquanto o poder central cuidaria do Ensino Superior. Assim foi criado o Imperial Colégio de Pedro II. No século XIX ainda havia no Brasil a tendência da criação de escolas religiosas, o que já não acontecia no resto do mundo. Dentre essas instituições figuram o Colégio São Luís (fundado em Itu em 1867 e transferido para São Paulo em 1919), o Colégio Caraça em Minas Gerais (1820) dentre outros.
Primeira República: Com a instauração da República (1889), a Educação sofreria mudanças com os princípios adotados pelo novo regime: centralização, formalização e autoritarismo, durante a Primeira República (1889-1930) foram cinco reformas de âmbito nacional do ensino secundário, preocupadas em implantar um currículo unificado para todo o país. Em 1891, Entre 1911-1915 vigorou a "Reforma Rivadávia", de iniciativa do Ministro Rivadavia Correa, que afastava da União à responsabilidade pelo Ensino. surgindo o conceito de "Grupo escolar", quando as classes deixaram de reunir alunos de várias idades e passaram a distribuí-los em séries ("ensino seriado").
Era Vargas: É a partir de 1930, que surgem as reformas educacionais mais modernas. O Decreto 9.850 de 11 de abril de 1931 organizou o Conselho Nacional de Educação e a Constituição de 1934 deu-lhe a incumbência de criar o Plano Nacional de Educação. Em 1932 criou-se o "Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova".
Desse modo, os intelectuais voltaram sua atenção para a educação. O movimento educacional que surgiu naquele momento denominou-se de Escola Nova. Tanto a constituição de 1934 como o manifesto de 1932 traçaram pela primeira vez as linhas mestras de uma política educacional brasileira. Contudo, a constituição de 1934 durou pouco e foi substituída pela de 1937, imposta por Getúlio Vargas. Em 1934, surgiu a USP, sob a nova organização
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