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Manografia De Historia

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Por:   •  26/9/2013  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  483 Visualizações

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Apesar da história narrada por Platão não ter necessariamente um final feliz, ela tem muito a dizer até hoje. A primeira que queremos destacar é o que vamos chamar de passagem da Heteronomia para a Autonomia e tem a ver com a moral.

Heteronomia: (hetero= outro, diferente; nomos= lei). Ou seja, a pessoa age de acordo com as regras de outro que lhe são colocadas e ele obedece (para receber recompensa) ou não obedece (e será castigado). Por isso é um comportamento moral infantil, imaturo (mesmo que a pessoa seja um adulto). Esse comportamento é regulado pelo meio social.

Autonomia: Conforme o sujeito vai amadurecendo, vai adquirindo autonomia, se libertando da heteronomia. Para alcançar a autonomia, é necessário exercício racional. Muitas pessoas envelhecem, mas não conseguem atingir essa autonomia em suas condutas. Para isso é preciso formar o sujeito moral autônomo. Não se trata, porém, de individualismo, mas de assumir uma postura crítica diante das regras impostas pelo meio social.

A segunda coisa importante que podemos destacar de Alegoria da caverna de Platão é o que vamos chamar de dualismo material x espiritual. Em outras palavras: a essência das coisas não está necessariamente no que vemos (que podem ser apenas sombras da realidade). Seremos verdadeiramente livres quando conseguirmos ver além daquilo que pode ser captado pelos nossos sentidos (o que vemos, tocamos, ouvimos, etc.). Somente atingiremos o grau máximo das nossas vidas quando formos além das conclusões dadas pelos sentidos e usarmos o que temos de mais poderoso para entender a realidade: nossa capacidade racional! Podemos nos libertar da caverna onde reinam as trevas e rumar em direção à luz do conhecimento. Existe em Platão, então, uma relação entre o que vemos (a realidade material, palpável) e o mundo do conhecimento (o mundo das ideias, do saber). Conheceremos de fato quando deixarmos o conhecimento nos guiar em meio às trevas até o mundo onde as ideias reinam e resplandecem.

Sei que tudo isso começa a parecer complicado de mais, mas deixe-me dar um exemplo. Imagine uma criança com 5 anos de idade que cresceu no interior em um país chamado “das maravilhas”. Vamos chamar esta menininha de Alice. Imagine que um dia o pai de Alice entre em casa no final de dia e faça uma promessa: “no final do ano vamos para a praia! Vai ser ótimo, precisamos descansar e vamos relaxar bastante”. É obvio que Alice nunca viu o mar (e é obvio também que ela não tem internet, ipad, computador, nem TV, afinal de contas ela mora no país “das maravilhas”!).

Em suas conversas com os adultos, Alice tenta entender, com a imaginação de uma criança de 5 anos, o que seja o mar. Mas como não tem nada para comparar ela fica escrava das ideias que já possui (um rio enorme, um saleiro, bastante areia...). Mas nada disso não chega nem perto de descrever o que é o mar... Alice é como os prisioneiros acorrentados e voltados para a parede. O dia que ela puder correr na praia ela não apenas será livre para brincar à vontade no mar, mas também será livre das falsas impressões.

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