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Modos de Intervir na Escola

Por:   •  29/2/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.553 Palavras (7 Páginas)  •  250 Visualizações

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Modos de intervir na escola

Em nosso movimento anterior, em modos de olhar a escola, onde trabalhamos com a escola José Calil Ahouage, abordando a temática das pichações e grafites no espaço físico da escola, algo nos chamou a atenção: a quantidade dessas pichações que faziam referência ao consumo de drogas ou violência. Então, em modos de intervir, resolvemos investir nessa pauta:  Como as escolas trabalham essa questão das drogas e violência entre os alunos? Que projetos são desenvolvidos afim de conscientizar esses jovens?

Quando se trata do contexto da Violência e das Drogas, dentro do ambiente escolar, notamos uma forte preocupação, quer seja de indivíduos ligados a esse ambiente, quer seja de Instituiçoes complementares a ele, enfim, a soma de pessoas e políticas públicas que promovem uma forma de tentar sanar e/ou amenizar aquele cenário alarmante.

        Frente a essa situação, podemos inferir um conjunto de causas/ efeitos que contribuíram para o surgimento desses dois principais fatores nas escolas.

        Um estudo feito pela Unesco, intitulado: ‘ Escolas Inovadoras- experiências bem sucedidas em escolas públicas’, sob a organização de Miriam Abramovay, nos deixa claro que a grande preocupação do poder público, nos dias atuais, é justamente esse aspecto da violência e Drogas que é uma presença maciça nesse espaço que nos perpassa tantos anos de nossas vidas.

        O texto citado cita 14 exemplos de escolas inovadoras da América Latina, em que propostas para esses problemas identificados, conseguiram junto a iniciativas que deram certo, resolver esses impasses.

        O fator violência, para os formuladores do texto, pode ser visto na escola, como a um não pertencimento desse ambiente, a uma desestruturação das relações internas , quebra de regras de convivência, etc.

        Por isso notamos muitas pessoas associar isto a ‘um espaço inseguro e pouco confiável para o convívio social.

        Um viés interessante e inaudito a se discutir é a interação que essas escolas inovadoras busca entre a Escola, a Família e a Comunidade.

        Compartilhamos do ideário idêntico, em que um bom convívio entre essas três instâncias só tende a somar, a agregar iniciativas, prevenções, acompanhamentos em torno da figura desse aluno, que está imerso nesse local onde se tem várias influências que corroboram para seu sucesso ou para seu fracasso.

        Nem sempre o contexto em que se enquadra o aluno e a escola, é uma influência positiva para ambos, somados, como foi dito antes, a fatores intrínsecos no interior desse ambiente, que corrompem esse desenvolvimento para o aluno.

            Resolvemos partir para dois cenários, duas escolas distintas,Escola Estadual Mercedes Nery e Escola Municipal Santa Cândida,a primeira situada no bairro Santa Terezinha enquanto a segunda na comunidade do bairro Santa Cândida. As duas escolas estão envolvidas em um mesmo projeto, que visa a concientização das crianças sobre  as drogas, o projeto é desenvolvido pela policia militar nas escolas que fazem adesão, se chama PROERD ( Programa Educacional de Resistência as Drogas).

Nossa intervenção foi realizada com base na visita que fizemos ao batalhão da policia militar, no qual o sargento Fabiano, um dos instrutores do projeto, e que atua nas escolas citadas, nos forneceu uma entrevista:

        1) QUANDO COMEÇOU O PROJETO?

        A data precisa é 2003. A idealizadora local é a Sargento Mayra e minha assistência (Sargento Fabiano). Sabemos que o projeto tem sua origem nos EUA, chegando ao Rio de Janeiro  e São Paulo e, posteriormente, a Minas Gerais.

Na cidade de Juiz de Fora, o projeto chegou a aproximadamente 10 anos e nas escolas escolhidas o projeto esta sendo desenvolvido a cerca de 6, 7 anos.

        2)  QUAL O PÚBLICO ALVO DO PROJETO E OS OBJETIVOS DO  MESMO?

        O período do projeto abarca um semestre por escola. Uma vez por semana, uma hora em cada encontro. O Publico- alvo  do projeto trata-se  de alunos até seus 11 anos de idade, em decorrência dessa faixa etária estar na fase de transição entre infância e adolescência, onde na maioria das vezes a criança perde a referência de seus pais e passa-se a confiar em um amigo(a). E há estudos comprovados nesse aspecto. Querem atingir estudantes, informações quanto ás principais drogas, pressões que podem sofrer, as maneiras de estar no controle, forçar os laços de amizade, etc. No projeto, os alunos aprendem de maneira lúdica os males do álcool, das drogas e do cigarro, e a resistir a tentação diante dessas drogas, pois quando mais cedo ensinarmos melhor,pois muitos deles já nascem com o tráfico dentro de casa ou em sua vizinhança.

        Esse ideário durou até 2013. Com a nova capacitação oferecida em Dezembro/2013, e com a influência do novo movimento de se pensar o projeto, tem-se um novo viés como foco para 2014 em diante. Um novo Curriculum é pautado então para o próximo ano.

        Com o foco antes nas drogas e tudo que ela acarreta, somado a medida de prevenção pelo órgão corporativo, pensou-se em alcançar agora a questão do Bulling. Promover nos alunos um aumento de sua auto-estima, e também lhes mostrar escolhas negativas que podem fazer na vida. Vídeos são úteis agora para resumir o q são as drogas e com isso ganham tempo, para focar no viés escolha/consequência. E no final do projeto fazemos uma formatura, com uma festa, no qual entregamos um certificado de participante do projeto ao aluno.

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