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Multidões em cena: Propaganda política no varguismo e no peronismo

Por:   •  28/10/2018  •  Resenha  •  633 Palavras (3 Páginas)  •  252 Visualizações

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Universidade de Sáo Paulo- FFLCH

Profa. Gabriela Pellegrini

Aluno: Máxime Ndecky| 9029123

Turma: Noturna

Multidões em cena: propaganda política no varguismo e no peronismo (Capelato, Maria Helena Rolim)

No texto, segundo a autora, o tema principal é compara um estudo entre o varguismo e o peronismo no que diz respeito ao significado da propaganda política que é imaginada e posta em prática, tanto pelo Estado Novo do período de 1937 como pelo Peronismo (1945-1955). De acordo com a autora, tanto o varguismo tanto o peronismo se basearam nos métodos de propaganda nazista e fascista, que foram adaptados para a realidade histórica do Brasil e da Argentina. Para ela, naquele período, estes países têm necessidades de projetar-se enquanto Estado-Nação, e assim, nada mais adequado do que se inspira nas nações consideradas civilizadas e, portanto, a inter-relação de ideias que havia no período do entre-guerras nos países que adotaram políticas antiliberais.

Na Argentina, segundo a autora, Perón usou estes mecanismos fascistas e nazistas para controlar e dirigir as massas. Segundo ela, é fundamental ver o fato de a propaganda nazista ter se inspirado no sucesso da propaganda comercial norte-americana. Tecnologia e ideias de comunicação circulavam na época com grande velocidade. A forma das mensagens, o seu conteúdo vieram da Europa para o Brasil e para Argentina, porém a autora argumenta que foram reproduzidas com um novo significado, se adaptando as circunstâncias históricas e características culturais do Brasil e da Argentina.

Para a autora, é fundamental notar os semelhantes momentos históricos em que foram espalhadas as propagandas em um e outro país. Com isso, a autora relata que o Vargas consolida o seu poder na época de entre guerras, quando do efeito da Revolução Russa, das consequências da Primeira Guerra Mundial, da crise econômica de 1929 e do questionamento do liberalismo. Porem, no caso da Argentina, Perón toma poder no fim da Segunda Guerra Mundial com a vitória dos aliados. Sendo assim, quase dez anos separa a tomada de poder de Vargas e Perón. Ambos tentaram canalizar as massas em direção ao projeto autoritário.

Além do mais, a autora argumenta que Vargas chegou ao poder por meio de um golpe de Estado e Perón se tornou um dos presidentes mais populares da Argentina, por meio de eleições. Sendo assim, de acordo com a autora, embora a propaganda política argentina tenha sido organizada através das regras do sistema democrático, a pretensão de conquistar as massas foi a mesma tanto no varguismo quanto no peronismo. Tendo em mente que ambas os países tem a mesma inspiração na propaganda nazi-fascista, também existem analogias, relata a autora, em como os dois presidentes procuravam apresentar as sociedades.

Assim, as duas sociedades eram tidas como homogêneas, unidas e harmônicas, negando os conflitos e a pluralidade da vida social. Sendo assim, estas representações exigiam uma ação decisiva contra qualquer conflito ou manifestação da oposição, transformando a propaganda política em um instrumento eficaz para aqueles regimes de caráter autoritário. Sendo assim, sucedeu nas no âmbito das duas sociedades um controle exaustivo dos meios de comunicação com o objetivo de conduzir a participação das massas na direção imposta pelos dois presidentes. A autora ainda argumenta que os dois presidentes procuravam através dos símbolos definir aliados e inimigos, muitas vezes utilizando-se de imagens religiosas.

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