O Ensino e a Pesquisa em História, Também é Fruto de Seu Tempo
Por: anamariajoao • 14/11/2016 • Trabalho acadêmico • 7.358 Palavras (30 Páginas) • 257 Visualizações
Relatório das atividades desenvolvidas na disciplina de Estágio Curricular obrigatório.
# Leitura de artigos -> Reflexão da análise dos textos. #
O ensino e a pesquisa em História, também é fruto de seu tempo.
Introdução
Os artigos se referem ao ensino de história e sua importância para o ensino aprendizagem, que se encontram atualmente em um espaço de polêmicas e reformulação para responder as expectativas dos adolescentes, às metodologias para o ensino de história vem procurando em primeira instância despertar a criatividade do professor para fisgar a atenção do leitor e de uni - lás numa perspectiva formativa em todos os níveis de ensino para a produção do conhecimento histórico, pedagogicamente inserida na formação do próprio historiador, capacitando - o como componentes indissociáveis para o exercício da pesquisa e do magistério.
Desenvolvimento
Sabendo que a história é produto de um tempo entendemos que sempre haverá centralização de poder na criação historiográfica, pois que, partindo dessa premissa é correto afirmar que a história assim como o homem é fruto de seu tempo. Considerando o exposto o historiador vai relatar recortar, produzir de acordo com a mentalidade, os valores de sua época.
Há autores que argumentam que na atualidade, o ensino de História tenta estender – se ainda quando a escola não atende e reflete as demandas da sociedade. Buscando a superação de o ensino tradicional os profissionais reverem seus pressupostos teóricos – metodológicos nos quais ocorreram modificações na forma de pensar, fazer e escrever a história com as mudanças propostas, pela escola dos Annales. Esses pressupostos nortearam o sentido da história, tanto como ciência quanto disciplina cientificamente e nas concepções positivistas. Construir o passado tal como fora, revelando heróis efemeridades e fatos marcantes, seria, portanto o papel fundamental da História. No período republicano continuou com a mesma vertente, assim o currículo escolar obedecia a uma linha definidora tanto na sua aplicação quanto na sua elaboração. Mas nas décadas de 60 e 70, surgem os movimentos como os Annales reivindicando uma nova percepção de fazer e pensar história. Mudanças na concepção, nos sujeitos, nas fontes, nas abordagens e, em especial nas práticas pedagógicas. Através da história do cotidiano, das mentalidades, da sexualidade, etc. a história então passou a contemplar a micro esfera inserindo o sujeito (povo), a interdisciplinaridade (diálogo com outras disciplinas), valorização de fontes documentais (fotos, literatura, jornais, etc.).
Os autores e teóricos da historiografia advertem que apesar de tantas mudanças, ainda penduram velhos resquícios da história positivistas, tanto na prática do educador quanto na produção da mesma. Mais salienta que o professor compromissado com seu papel de educadores com as novas propostas de ensino tem melhorado a sua metodologia. Informam para descobrir ideologias dominantes, se comprometendo a propiciar a liberdade e autonomia do educando.
[...] reconhecimento de que ensinar História é também ensinar seu método e, portanto, aceitar a idéia de que o conteúdo não pode ser tratado de forma isolada. Deve-se menos ensinar quantidades e mais ensinar a pensar historicamente. [...] Compreensão de que alunos e professores são sujeitos da história [...] assim, as propostas têm procurado viabilizar a compreensão da História, enquanto movimento social e enquanto memória, enquanto discurso construído sobre o passado e o presente. [...] assim como, viabilizar o uso de fontes variadas e múltiplas [...] incorporando também outros documentos, não na condição de recursos, mas na dupla condição de sujeito e de objeto do conhecimento histórico. (NADAI, 1993, p. 160)
Com as profundas mudanças que o ensino de História sofreu no Brasil com o fim da ditadura militar em 1895, os processos de renovação começou bem antes em todos os níveis de ensino, já se desenvolvendo as rupturas com o positivismo expresso na história factual e elitista, nas universidades e nos cursos de pós-graduação incorporando inovações metodológicas e temáticas na área de formação de professores de níveis básicos. Portanto não separa a formação pedagógica do professor da formação científica do historiador, mas permitindo o desenvolvimento da capacidade em todos os níveis de conhecimento histórico e condicione sua pedagogia.
Conclusão:
É preciso que preserve o núcleo profissional e cientifico que dá identidade a área de história, permitindo um ensino de história efetivamente inovador, e de fato resistir para garantir o espaço para o pensamento reflexivo e criar um ambiente comum que supere a diferenciação artificial entre os níveis de formação. À consolidação da perspectiva unificada de formação do profissional de história segundo alguns autores deve estar inserida na própria formação universitária do professor,
Textos dos PCNS
O objetivo da disciplina de História é o estudo do homem em sociedade. De acordo com os PCNS – o objetivo principal do ensino da História é a constituição da noção de identidade. Assim, é nessa área que serão relacionados os aspectos da identidade individual, social e coletiva, em nível regional e nacional.
Com base nesse objetivo, vamos relacionar a História com os aspectos sociais, econômicos, políticos, educacionais e culturais.
A lei de Diretrizes e Base96 ao considerar o Ensino Médio como a última fase da Educação básica, teve o propósito de possibilitar a ampliação e o aprofundamento de conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, preocupando-se em capacitar os alunos para novas aprendizagens. Enfatiza que o essencial é o que os alunos “aprendam a aprender”, sejam autônomos, críticos e tenham flexibilidade de pensamento.
As Diretrizes e Parâmetros Curriculares, decorrentes dessa Lei, deram às escolas autonomia para a definição de sua organização curricular.
No entanto, com entendimento equivocado do que seja organização curricular está atrelada a grades curriculares e à listagem rígida de conteúdos a serem desenvolvidos pelos diferentes componentes curriculares, de cada série. Isso, associado à idéia de que uma das funções do Ensino Médio é preparar para o vestibular, faz com que se criem nas escolas “currículos invencíveis” e não se ultrapasse os limites abrangidos pelos conteúdos programáticos. O ideal é que se favoreça a inter-relação entre as áreas dos conhecimentos e dessas com a sociedade, permitindo aos alunos o estabelecimento das mais ricas relações e o entendimento do mundo que os rodeia.
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