O Estado Novo e a Igreja
Por: Manoel Dantas • 6/2/2021 • Trabalho acadêmico • 1.480 Palavras (6 Páginas) • 194 Visualizações
Igreja e Estado Novo
O trabalho foi desenvolvido a partir de dois artigos sendo um de Paulo julião da Silva. Possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Fundação de Ensino Superior de Olinda (FUNESO-2004), Especialização em Ensino de História das Artes e das Religiões pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE-2006), Mestrado em História Social da Cultura Regional pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE-2010) e Doutorado em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-2016).
Riolando Azzi, Possui graduação em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia(1977), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(1980) e doutorado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(1989). Atualmente é professor titular do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. O mesmo possui vários artigos abordando a religião católica no Brasi.
A Igreja e o Estado Novo
O Estado novo iniciou em Novembro de 1937 e o inicio do Estado novo se deu a partir de um Golpe que aconteceu em nosso país, após a divulgação do plano cohen. Só fazendo uma rápida lembrança o plano cohen foi um documento que o governo Vargas apresentou a nação sobre uma suposta revolução comunista que estava sendo conspirada aqui no Brasil.
Mas o Plano cohen era um documento forjado, criado pelos integralistas e que havia sido utilizado pelo governo Vargas para criar um estado de pânico e a partir desse estado de pânico tomar partido de todas as ações que levariam Vargas a continuar no poder e a anular a constituição de 1934, as eleições de 1938, também que seria anulada a parti do golpe.
Esse Golpe de Estado que deu inicio ao estado novo ele aconteceu principalmente por conta do temor de Getúlio Vargas pelo retorno da oligarquia paulista no poder do nosso país. Nós temos que lembrar que nas eleições de 1938 nós tínhamos três políticos postulantes a disputa para o cargo de presidente que eram armando sales, José Américo e Plínio Salgado e o Armando Sales era a grande ameaça do ponto de vista de Getúlio Vargas, porque ele se apoiava nos grupos que representavam a antiga oligarquia paulista que controlava toda a política do Brasil durante o período da primeira república.
Depois do golpe, então tivemos o inicio do Estado novo que se estendeu de 1937 a 1945 nesse período Getulio Vargas governou o Brasil de forma centralizadora e autoritária, impondo uma censura muito forte em nosso país, criou uma extensa propaganda governamental que criava uma imagem positiva do governo a partir do destaque das obras, das ações que foram feitas por Getúlio Vargas durante esse período.
As primeiras medidas tomadas por Getúlio Vargas a partir do Golpe do estado novo foi:
- decretar o fechamento do congresso nacional
- impôs a nação, ele outorgou uma nova constituição que era a constituição de 1937 que vinha para substituir a de 1934.
Lembrando que a constituição de 1937 foi considerada pelos historiadores uma constituição totalmente autoritária. A maior prova disso é que ele governou durante todo esse período através de decretos leis.
Mas vale lembrar que Getulio Vargas não conseguiu isso sozinho ele teve alguns apoios que foram essenciais para ele se manter no poder durante 15 anos ininterruptos como por exemplo o apoio do exército e a burguesia industrial da época ou seja eles se uniram dando suporte a Getúlio Vargas para que ele se mantivesse no poder. Mas tarde é possível ver outra instituição que entra em cena para dá suporte a Getúlio Vargas através de um jogo de interesses mútuos . Essa instituição é a igreja católica.
A igreja no antigo regime (antecedentes de 1930)
Durante o antigo regime, a Igreja era a instância geradora de valores, tanto para o Estado como para a sociedade. A Constituição brasileira de 1824 manteve o regime de união, conferindo ao catolicismo o status de religião do Estado. No entanto, nem sempre, tal posição não se traduziu em prestígio para a instituição eclesiástica. A Igreja era considerada mero serviço público, setor subalterno da burocracia estatal. Esta transformação da religião em serviço do Estado veio a gerar situações paradoxais, dentre elas, o caráter fortemente laicizado do clero português. Os clérigos eram funcionários encarregados de ministrar os sacramentos, uma corporação de servidores do Rei para negócios eclesiásticos.
No entanto, a partir de 1870, a iniciativa da sociedade civil escapa à Igreja. Após a questão religiosa, esta não sentiu mais no Estado uma instituição apta a apoiá-la em sua missão. Enfraquecida, não teve como constituir um novo pacto com o Estado republicano. Em 1891, o Estado impôs a separação. Foi um grande trauma que a colocou na defensiva. O Padre Julio Maria pregou nos primeiros anos da República a aliança entre a Igreja e o povo, substituindo sua tradicional aliança com o Estado. Assim ficou marcado o início da redescoberta do valor teórico do catolicismo , o que não ocorreu nas primeiras décadas da República. A Igreja permaneceu ancorada em sua aliança com as oligarquias conservadoras, mediante a qual exerceu sua hegemonia sobre as massas rurais.
A partir daí surge a pergunta .
Qual era o papel da Igreja católica durante o Estado Novo?
Bem ... Os homens que fizeram a república não tinham afinidade com a Igreja. Nos anos 20, a partir sobretudo da presidência de Arthur Bernardes, houve uma certa aproximação entre ela e o Estado. Getúlio com seu faro politico, percebeu que a igreja seria um trunfo importante de apoio social, e agiu rapidamente nesse sentido. Não chegou a oficializar a religião católica , mas na prática houve uma opção por ela. Uma das cerimônias mais expressivas desse encontro foi a inauguração da estátua do corcovado, com a presença do maior representante do vaticano no brasil, o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro. Sebastião de Leme.
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