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O Expressionismo na Alemanha no Século XX

Por:   •  23/11/2017  •  Artigo  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  624 Visualizações

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O expressionismo na Alemanha no século XX

O presente trabalho abordará a arte expressionista na Alemanha no século XX. Mas especificamente no período antecedente a Primeira Guerra Mundial até o final da Segunda Guerra Mundial. Relacionando a arte expressionista com a política e a economia da Alemanha na época. E como o contexto político interferiu na compreensão da arte moderna.

Em meados no século XIX o território da atual Alemanha estava em processo de unificação. A Prússia com um grande território possuiu ampla participação nesse processo, com influência cultural e econômica. Após a centralização dos reinos Guilherme I foi coroado o primeiro kaiser do Império. O predomino da Prússia no desenvolvimento da unificação da Alemanha teve sérias consequências cultural para a sociedade alemã. Se formou uma forte tradição militar de comando e obediência, passando por diversas gerações. Essa tradição militar vai ser ainda mais evidente com a posse no Hitler no comando da Alemanha e a ascensão do partido nazista.

No reinado de Guilherme II inaugurou-se uma fase expansionista, a fim de conquistar novos mercados para a economia alemã. Essa fase ficou conhecida como Weltpolitik e teve grande apoio do partido de direita. Acreditava-se que o povo alemão era o mais virtuoso, dotados dos melhores homens e de cultura superior. Essa cresça de superioridade lhe davam o direito de aumentar seu território. A Alemanha no período do Segundo Império teve uma modernização industrial acelerada, porém a política não se modernizou na mesma velocidade. O país continuava a ser semifeudal com políticas autoritárias. Embora a Alemanha estivesse na frente da maioria dos países europeus em questão de industrialização ainda era um país predominantemente agrário e rural. Com características reacionárias e avessa a mudanças radicas.

No final do século XIX a Alemanha começava a sentir transformações nos meios culturais. Uma nova corrente artística, influenciada pelo movimento pré-moderno que corria pela Europa, vem para contrapor o Romantismo. Essa nova corrente denominada de Impressionismo manifesta-se através principalmente da pintura, literatura e música. A arte romântica passa a ser definitivamente uma linguagem da monarquia alemã do Segundo Império. As novas experimentações passavam a ser revolucionária e cosmopolita. Isso porque o Impressionismo deu a libertação das artes plásticas das amarras românticas. A arte descobriu a luz, cor com expressão da linguagem, fuga do perfeito e, principalmente, o movimento livre do artista para criação.

Percorria na Europa do século XIX a ideologia positivista. Uma ideologia que nasceu na França e tem como principais pensadores Augusto Comte e John Stuart Mill. O positivismo afirma-se como uma corrente que defende o conhecimento científico nas explicações do comportamento humano. Junto com essa ideologia positivista estava o Impressionismo como corrente artística. O impressionismo trazia em seu conceito uma impressão do mundo calmo, com uma certa leveza e um sensível edonismo. Ignorando os problemas que agitavam a Europa no período.

O final do século XIX e início do século XX foi marcado por uma ideia artística denominada Expressionismo. Não é possível posicionar uma definição para o Expressionismo, pois, essa corrente artística se manifestas de diversas maneiras, dependendo do local o do artista e suas influências. No livro As vanguardas artísticas, de Mario de Micheli é afirmado que o Expressionismo é uma arte de oposição. O Expressionismo nasce sob uma forte base de crítica ao positivismo. Ele é o oposto do positivismo. Com isso também é antiimpressionismo e antinaturalismo, apesar de ter algumas características dessas duas correntes artísticas. O artista impressionista tem uma visão de arte que vem do interior, extremamente diferente do artista impressionista que olha para o exterior. Para o expressionista a realidade era algo que vem de dentro da qual se devia viver. A ideologia Expressionista negava por completo o positivismo e sua forma de enxergar o mundo. Para os seguidores dessa corrente o mundo era visto da forma real, onde as perturbações da época eram retratadas através de pinturas, literaturas, músicas e outras manifestações artísticas.

No começo do século XX embora esse movimento não possuísse características políticas, eram abordados pelos artistas as questões sociais e humanas. Que reforçava a denominação de arte de oposição. Apesar de não possuir nenhuma ideologia política definida, a maioria dos artistas expressionistas tendiam para uma ideologia de esquerda ou até mesmo para as ideias socialistas.

O fenômeno do expressionismo se manifestou com mais intensidade na Alemanha. Isso porque o regime imperialista, militar e feudal se opunha a acelerada modernização acentuando contradições políticas e sociais. O pensamento alemão, tanto dos junker, do pequeno burguês, os militares e até algumas camadas populares era de uma Alemanha invencível. Onde os homens e a cultura alemã eram superiores do restante do mundo. Esse pensamento de superioridade fez com que a Alemanha, cegada por um sonho de glória e de domínio de território, avançasse para a Primeira Guerra Mundial. Vendo o rumo que a Alemanha estava seguindo os artistas do período deixaram o movimento naturalista/impressionista para criar obras de artes expressionistas. Denunciando os costumes e atos políticos que estavam sendo praticados no império de Guilherme.

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