O Império Brasileiro: Panorama Político
Por: pietraporpino • 27/8/2018 • Resenha • 2.409 Palavras (10 Páginas) • 388 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA[pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROFª. DRª SOLANGE PEREIRA DA ROCHA ADRIANO CASIMIRO DE LIRA
PIÊTRA GERMANA CARVALHO DE ANDRADE PORPINO
ESTUDO DIRIGIDO
- Identificar as palavras desconhecidas e buscar seus significados.
Bernardas (p. 205): Não encontrei.
Perfidia (p. 214): Ação ou qualidade do que é enganador ou traiçoeiro.
Perjuros (p. 214): Aquele que falha em seu próprio julgamento. Aquele que comete perjúrio ou que jura falsamente.
Camarilha (p. 216): grupo de pessoas que convivem com uma autoridade ou personalidade importante e procuram influir direta ou indiretamente sobre suas decisões.
Açambarcadores: monopolizadores.
Oficialato: Cargo, dignidade de oficial das forças armadas. Oficialato é a denominação dada aos militares que ocupam um posto/patente. Na carreira militar, o Oficialato se inicia no posto de segundo-tenente
Amalgamava: Fazer amálgama, unir de modo a formar algo homogêneo.
- Destacar as principais ideias presentes no texto.
Basile defende que a vinda da Corte para o Brasil foi um elemento que motivou o processo de independência. Caracteriza o governo joanino como um absolutismo ilustrado com aspirações imperialistas na América do Sul. A Revolução Vintista também é vista como um elemento que contribui para o processo de independência. O Brasil é apresentado como um território de diversos embates, principalmente das províncias do Norte e Nordeste. É presente a ideia de uma falta de sentimento de identidade nacional no país. O primeiro reinado é palco de diversos embates de grupos políticos e de uma crise financeira intensa. Houve uma crescente insatisfação em relação a Dom Pedro, essa insatisfação se fortalecia por um antilusitanismo que erra
corrente na população brasileira. O sete de abril foi encarado como um momento de ruptura. As reformas liberais e o incremento do aparelho repressivo do Estado deram-se paralelamente. O movimento Farroupilha tem caráter elitista.
- Elaborar uma breve síntese do capítulo.
O texto inicia fazendo uma breve apresentação da vinda da corte portuguesa para o Brasil. Além da motivação tradicional que leva a este acontecimento, a invasão de Portugal por tropas napoleônicas, o autor adiciona outro fator que estimulou a vinda da Corte: “[...] um projeto reformista ilustrado de constituição no Brasil de um poderoso Império Luso-Brasileiro.” (BASILE, 1990, p. 188) Em seguida, Basile discute alguns dos efeitos da vinda da Corte para o Brasil. A transformação do Rio de Janeiro em cidade, o inchaço dessa cidade e problemas relativos à urbanização, a instalação de instituições político-administrativas e cientifico culturais, abertura de portos, medidas para desenvolvimento industrial do país e privilégios concedidos ao comercio com a Inglaterra são algumas das transformações ocorridas. O autor faz uma breve analise do governo joanino no Brasil discutindo o que Alan Manchester denomina a “preeminência inglesa no Brasil”. Além da política em relação a Inglaterra, Basile apresenta a política agressiva de D. João com as outras regiões da América do Sul. A Guiana Francesa é invadida em 1808 e o Montevidéu é conquistado em 1817, com a anexação da Província Cisplatina ao Brasil em 1821. Nas questões internas do Brasil, D. João articula-se com as elites locais, sobretudo as elites do Centro-Sul do Brasil. As demais regiões, principalmente o Nordeste, tinham uma relação conflituosa com a Coroa. Essa insatisfação é observada em momentos como na Revolta de Pernambuco em 1817.
Enquanto a Corte se estabelecia no Brasil, Portugal sofria uma séria crise. O descontentamento da burguesia, nobreza e camadas populares culminou na revolução vintista. O objetivo desse movimento era estabelecer um governo liberal em Portugal e subrdinar a Coroa ao Poder Legislativo. Com isso, esperava-se recuperar a economia do País e melhorar a situação da população. Para que isso se desenvolvesse, os revolucionários pediam o retorno da Corte à Portugal e o restabelecimento dos vínculos coloniais com o Brasil. D. João atende a esse chamado e retorna a Portugal, deixando seu filho, D. Pedro, na condição de regente.
A regência de dom Pedro inicia com dificuldades marcadas pela crise financeira que
decorre do desfalque dado pela família real no Banco do Brasil e pelo levante de tropas portuguesas. Em paralelo, a constituinte de Portugal se desenha com participação tímida
de deputados brasileiros. No texto, dentre outras medidas referentes ao Brasil, está a decisão pelo retorno de D. Pedro a Portugal. Essa notícia não é bem recebida no Brasil e logo uma campanha pelo fico é articulada para que o príncipe regente permaneça no país. Havia uma ideia de que a partida de D. Pedro levaria a ana rquia e a independência e isso não era interessante para parcela da população. No dia 09 de janeiro de 1822 o príncipe decide permanecer no Brasil.
Após o fico algumas as tropas portuguesas que residiam no Brasil se revoltam mas são contidas e algum tempo depois, expulsas de volta para Portugal. A Corte demonstra insatisfação em relação à atitude de D. Pedro, essa insatisfação só cresce quando se recebe a noticia de que o príncipe convoca uma Assembleia Geral Constituinte e Legislativa no país. Dois grupo divergentes aparecem nesse momento no contexto político brasileiro. O primeiro mais moderado defendia uma monarquia centralizada com predomínio do Executivo sobre o Legislativo. O segundo era mais radical e almejava uma monarquia menos centralizada com predomínio do Legislativo sobre o Executivo. No embate entre esse dois grupos na definição do caráter das eleições, o moderado saiu vencedor e as eleições indiretas foram estabelecidas.
Em agosto de 1822, dois manifestos representam a quase formalidade da ruptura em relação a Portugal: O “Manifesto aos Povos deste Reino” e o “Manifesto aos Governos e Nações Amigas”. Embora se aponte para a independência do território brasileiro, observa-se uma preocupação em mostrar que não há uma vontade de romper plenamente com Portugal. Em 7 de setembro de 1822 ocorre o famoso episódio em que dom Pedro grita “Independência ou morte” as margens do Ipiranga. A adesão das províncias não é pacifica e se dá de forma gradual. Houveram conflitos nas regiões do Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Ceara, Bahia e Pernambuco.
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