O NOVO MODO DE FAZER HISTORIA
Por: tatah20 • 20/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.741 Palavras (7 Páginas) • 258 Visualizações
NOVO MODO DE FAZER HISTÓRIA
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Interdisciplinar.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO ..........................................................................................................6
REFERÊNCIAS 8
1 INTRODUÇÃO
Com base no artigo “O Fim do mundo antigo: uma discussão historiográfica”, do autor Gilvan Ventura da Silva, que parte de uma analise sobre as transformações observadas no conhecimento histórico a partir do século XVIII. A partir das analises do autor da para observar que os historiadores usam várias formas de interpretações no uso do seu fazer histórico ao analisar a historia em suas diversas dimensões: narrativas, descritiva, interpretativa, em fim, um novo olhar acerca de um determinado tema, um fato, um acontecimento. Isso nos faz entender que os historiadores mais tradicionais deveriam sair de uma postura simplista, mecânica, pouco reflexiva, apenas narrativa e descrita, para uma postura critica, analítica, interpretativa de fatos e fenômenos sociais, culturais, não que não tenham importância m as que outros fatores que pudessem alicerçar uma analise critica, exaustiva e reflexiva de um conteúdo, de um fato, como foi a queda do império romano. O papel da historiografia em muito contribui para os avanços em fazer historia, já que ela denota a arte e ou técnica de escrever historia, ou então refere-se a um conjunto das obras e métodos históricos de uma determinada época. A obra que Gilvan Ventura acaba sendo uma crítica ao modo de se fazer história e a forma de se ter um olhar diferente para interpretar fatos e acontecimentos históricos.
2 DESENVOLVIMENTO
Há várias maneiras de se contar um período da história humana, como no caso o fim do mundo antigo, contando o declínio do império romano. Existe-se várias formas de descrever ou fazer história, historia utiliza-se linguagens, discursos e termos para descrever tal fato ou realidade. Uma forma de interligar a História e Linguagem é pelo fato de existir comunicação e uma linguagem, não sendo somente uma representação precisa e imediata dos seres, objetos e conceitos, pela linguagem que se apreendem os elementos da realidade, sendo assim o historiador usa varias formas de linguagem para explicar como o que ocorreu numa determinada época, numa determinada sociedade, que através da linguagem que pode ser através da língua (signos linguísticos) de um povo, de uma obra de arte, de um artefato, de um docume nto oficial, de uma vestimenta, uma musica, uma pintura, e assim por diante, assim temos múltiplas linguagens a disposição dos historiadores. O texto a seguir refere-se a formação discursiva e ideologia presente no texto: “Em primeiro lugar, que todas as formações discursivas que emergem em uma dada época provêm de um solo que as possibilita e circunscreve tanto a sua estruturação interna quanto os seus limites. Em segundo lugar que, como definiu magistralmente Georges Lefèbvre (1981: 2), somente podemos propor novas explicações para os fenômenos históricos se conhecermos a historiografia, pois muito embora a escrita da História dependa da exploração de novas fontes ou da leitura de fontes já conhecidas sob uma ótica renovada, ela não depende menos do diálogo com todo um repertório de interpretações pré-existentes”.
Na Linguagem o discurso é manifestado , na voz do enunciador, de alguém que fala, se expressa por meio de uma linguagem, e que acaba revelando sua visão de mundo, seu modo de olhar a realidade. Discurso é todo enunciado pelo qual nos expressamos no dia-a-dia, seja para tratar de assuntos corriqueiros, seja para organizar nossas ideias num texto escrito como o caso da obra do autor. O autor faz a critica pelo falo que todo texto, verbal ou escrito, manifesta-se uma formação discursiva, que acaba dando uma visão ideológica. Sendo assim os termos usados como: queda, declínio e bárbaro nada mais são do que formas ideológicas e discursivas que historiadores acabam usando e são apenas a transmissão do que já se foi dito, como o fim do império romano. . É sobre esse ângulo que ele retrata a historia tradicional , veja: “O século XIX representou, sem sombra de dúvida, um momento de considerável avanço para a estruturação da História enquanto domínio de saber positivo, com a elaboração de técnicas específicas concernentes ao tratamento das fontes históricas (métodos de erudição crítica), publicação de gigantescas coletâneas de documentos, a exemplo do Corpus Inscriptionun Latinarum, de Mommsen, cujo primeiro tomo apareceu em 1863, e da Patrologia Latina e Grega, de Jean-Paul Migne, um pouco posterior, e o surgimento de grandes escolas históricas nacionais européias sob a égide de historiadores como Ranke, Guizot, Thierry, Michelet e outros, os quais gozavam de grande prestígio junto aos meios universitários da época (Cardoso, 1988: 33-4). Contudo, não obstante todas essas inovações de caráter técnico-científico, o trabalho dos historiadores do século XIX se encontrava ainda limitado por algumas concepções produzidas em épocas anteriores que r esistiriam por muito tempo antes de serem definitivamente superadas. Uma delas, talvez a mais evidente, sustentava que a dimensão por excelência do conhecimento histórico era a ação política (Lefèbvre, 1981: 16), só que não mais esta ação tomada na sua manifestação particular tal como a concebia a Filosofia Política do século XVIII, mas inserida agora numa visão processual que lhe conferia um sentido abrangente e a vinculava à História da Humanidade (Arendt, 1988: 93), advindo daí todo o interesse dos historiadores até meados do século XIX pelas vicissitudes dos Estados e Impérios e suas infindáveis quer elas diplomáticas e conflagrações militares”.
Na Grécia Antiga ocorreu a importante passagem da linguagem mito-poética para o discurso filosófico. Sócrates, Platão e Aristóteles tiveram importantes contribuições nesse campo, assim como as obras de Cícero e Santo Agostinho contribuíram na Roma Antiga para a
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