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O RELATÓRIO DE LEITURA HISTÓRIA DO BRASIL

Por:   •  12/10/2022  •  Artigo  •  1.458 Palavras (6 Páginas)  •  165 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

ATIVIDADE II – RELATÓRIO DE LEITURA HISTÓRIA DO BRASIL III

COMPONENTES DO GRUPO (C) – Matheus Pereira da Silva, Maria Fernanda Parnaíba Rolim e Vitória Moreira Rolim.

CAPÍTULO DO TEXTO PARA LEITURA – O Diálogo Convergente: Políticos e historiadores no início da República.

RESUMO DO TEXTO

O presente texto “O Diálogo Convergente: Políticos e historiadores no início da República” traz uma análise da historiografia brasileira no século XIX e XX, exibindo os diálogos díspares que penetram o movimento de passagem do Império à República. Ao longo do texto é apresentado um levantamento bibliográfico da historiografia, na qual, ela busca compreender a vivência dos grupos de determinado tempo.

No século XIX, a historiografia foi definida como gênero literário, para logo depois ser promovida para nível de conhecimento científico. Todavia, de acordo com Janotti (1998, p. 120) E. P. Thompson, Eric Hobsbawm e Raymond Wiliams reafirmam a permanência da dialética marxista. “Constituindo-se a História em referencial teórico obrigatório para a organização de qualquer tipo de pensamento social, o discurso historiográfico dificilmente deixará de se ligar às formas literárias (...)”, ou seja, uma interdisciplinaridade da História.

Segundo Janotti (1998) parafraseando Michel de Certeau, em sua tese de lugar social, o ambiente desempenha forte ação sobre o indivíduo, o que acarreta refletindo no resultado final do seu produto. Assim como, as produções desenvolvidas no Brasil, em momento algum, escaparam a essa ordem, salientando a parcialidade de diversos autores no que se refere a seu posicionamento social e político.

A historiografia brasileira mostra-se no século XIX comprometida intimamente com a criação de uma identidade nacional. Como também, no livro de Antonio  Candido, a literatura brasileira tem função importante nessa etapa autônoma de procura sobre um imaginário nacional. Alguns exemplos citados no texto desse pendor é a Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a obra de Francisco Adolfo de

Varnhagen, História geral do Brasil em que busca enaltecer unicamente uma classe socialmente dominante do país – a elite intelectual do país e abrigo monarquista, tudo isso integrado aos interesses de uma construção da memória e da História da nação.

A luta pela afirmação da cultura nacional, situada na década de 1870, mesmo sendo bastante conectada às culturas portuguesa e francesa, previamente explorava uma veracidade patriótica brasileira. Portanto, surgia a carência de se compreender tudo o que estava processando-se. Importante lembrar, que, sobre os inícios da República, cristalizou-se na historiografia uma imagem de que o novo regime decorreu em completo clima de paz e consenso, de acordo com o texto, a construção dessa versão se deu pelos próprios contemporâneos. As manifestações historiográficas em relação ao estabelecimento de uma memória nacional voltaram-se a exaltar o discurso idealizado através de grupos políticos republicanos que dispôs e detém como centro o enaltecimento dos grupos reunidos, destacadamente os cafeicultores paulistas.

Podemos observar no texto, a renovação da historiografia através do cunho marxista como a obra de Caio Prado Júnior, que buscava um fundamento nacional. Marco teórico da década de 30, realçando o povo brasileiro, o carecimento de um vínculo nacional perante o atual regime.

Adiante, segundo Janotti (1998) surgem duas novas forças no cenário político: o abolicionismo e o republicanismo, as duas articuladas ao avanço da interferência militar, além também, a força monarquista. Portanto, três projetos de força política. Assim como, a partir das mudanças econômicas a partir da segunda metade do século XIX, surgiam dispares camadas na esfera social, ao fim da escravidão, ascensão da burguesia agrária e trabalhador livre.

Com o início do novo regime, o exército institucionalizou e exerceu o poder até que a burguesia se organizasse. Os primeiros tempos republicanos não foram uma conversão apaziguada, podemos usar como exemplo a Revolução Federalista, ou seja, houve conflitos significativos.

A partir do governo provisório apresentaram-se oposições ideológicas, as diferenças conduziam o embate entre dois projetos: Reformismo Social e a da Mudança Radical, o que os aproximava era a defesa sobre os benefícios dos militares de opinarem acerca das questões políticas. Seguidamente, o insucesso do governo de Deodoro, se deu pela falta de concordância dos militares quanto à organização político-jurídica do Estado. O que acarretou por reproduzir o continuísmo do governo imperial reacionário. Todavia, com sua renúncia, Marechal Floriano Peixoto surge oferecendo esperanças

para conter os politiqueiros, promover a paz militar e suprimir as resistências. Entretanto, similarmente, gozou de um governo representado pelo continuísmo.

A historiografia, sendo assim, despreza as potências monarquistas da época, aspirando destacar a paz nacional e o patriotismo, a fim de finalizar o plano da República. Com isso, se constitui uma contrariedade no entendimento do momento. Por conseguinte, Janotti (1998, p. 131) aborda que nos discursos de historiadores da década de 30, depararam com quatro principais conjuntos de explicações sobre o processo de inserção da República: a dos militares, a dos republicanos paulistas, a dos castilhistas e a dos monarquistas.

Além disso, na reviravolta dos anos 30 a 50, Caio Prado Jr., desmistifica o sujeito São Paulo, substituindo-o agora pelo olhar a partir da história da dominação exercida pelas burguesias agrária e industrial. Adiante, a partir de 1960, começaram a ser publicados volumes sobre a História geral da civilização brasileira, com duas figuras importantes: Sérgio Buarque de Holanda e Boris Fausto, sem homogeneidade, diferentes vertentes críticas.

Em suma, tanto os contemporâneos como a maioria dos historiadores e pesquisadores tendem a ver o advento da República como uma fatalidade histórica, o que, segundo Janotti (1998, p. 143) “Nos últimos dez anos, a produção historiográfica brasileira vem procurando se libertar das determinações fatalistas (...)”.

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