O Reino Do Congo

O Reino do Congo

No seculo XIII, todas as tribos e todas os clãs, do grupo Kikongo se reuniram a volta de um chefe chamado Wene ou Nini ya Lukeni e formaram o reino do congo. O reino do Congo tinha a sua capital em M’Banza Congo, que depois chamou-se são salvador e que hoje volta a chamar-se M’Banza Congo.

Localização Geográfica

O reino do Congo, era um reino muito grande:

Ao norte era limitado pelo rio Ogoué, no Gabão

Ao Sul era limitado pelo rio Kwanza

O Este era limitado pelo rio Kuango, afluente do Zaire.

A Oeste era banhado pelo oceano Atlântico.

Actividades do Reino

O principal trabalho do povo conguês era a agricultura. Cultivava-se cereais, sorgo, massangano, etc. os instrumentos de trabalho mais utilizados eram a enxada de ferro e os machados também de ferro.

A agricultura era feita em grandes terrenos, quando as lavras ficavam cansadas e já não davam cereais, os agricultores mudavam para os terrenos de reserva.

Homens e mulheres trabalhavam na agricultura, mas as mulheres e que faziam o trabalho principal.

Nas casas ricas trabalhava muita gente: as mulheres, os primos, sobrinhos e filhos do dono da casa e os seus escravos. Assim havia três instituições originados pelas relacções de produção: a Poligamia (as mulheres do dono da casa): a Família extensa (os primos, sobrinhos, etc.) e a Escravidão (prisioneiros de guerra que trabalhavam a força).

O Comércio

A economia do Congo era muito rica. Produzia-se muito, tanto na agricultura como no artesanato. Havia sempre produto que sobrava, que era o produto excedente.

Como havia muito produto excedente, principalmente nas casas ricas, podia-se fazer comércio. O produto excedente trocava-se por outros produtos que não havia na região.

O rio Zaire e a costa do oceano eram onde se fazia mais comércio. Para isso havia grandes barcos, a vela, que podiam levar muita gente. Por terra também se fazia comércio com os países vizinhos.

A Moeda

No Congo havia moeda, mas não era como a moeda de hoje. A moeda congolesa eram as conchas do mar chamadas Nzimbo ou Ndjimbo.

O Nzimbo era apanhado na ilha de Luanda e depois escolhido: grandes, médios, e pequenos. Cada um tinha o seu valor. Nzimbo pagava todas as coisas no reino do Congo e mesmos nos vizinhos. Pagava até aos soldados e os funcionários daquele tempo. O rei do Congo era o proprietário da ilha de Luanda, onde se tirava o Nzimbo.

A Propriedade

A propriedade das terras, dos rios, dos palmares, das florestas, era comunitária. Mas havia também outras riquezas que não eram comunitárias. As minas e o peixe-porco pescado no Zaire pertenciam só ao rei.

Embora as terras fossem de propriedades comunitárias, cada homem livre com a sua família recebia uma lavra. O mantimento e todo o que fosse produzido nessa lavra pertenciam ao homem e não a comunidade. Por isso, se a propriedade dos Maios de produção era comunitária, o trabalho e o produto final era da conta do chefe da família, ou seja a exploração era individual.

As lavras e outros bens não passavam de pais para filhos por morte dos pais. Que herdava era o irmão ou o sobrinho do finado (direito Matrilinear)

As Classes Sociais

A sociedade congolesa ou conguesa estava dividida em duas grandes classes antagónicas, o Povo e a Aristocracia .

O povo vivia na comunidade aldeã (sanzala ou mbanza) e era o povo que defendia sempre a propriedade comunitária. Toda gente do povo trabalhava, uns trabalhavam na sua própria casa, outros trabalhavam na casa do seu parente rico ou na casa do aristocrata que mandava na região, outros eram artesãos, fazendo trabalho de ferro, madeira, extraindo óleo de palma, etc. alguns eram também soldados ou policias e estavam ao serviço do aristocrata da região.

Os aristocratas chamavam-se Manis. Os Manis eram chefes da administração da província e dos distritos do reino. Todos os lugares de comando estavam tomados pelos Manis: comando