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O desenvolvimento e a evolução do Renascimento

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Por:   •  21/9/2013  •  Relatório de pesquisa  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  484 Visualizações

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Nicolau Sevcenko, nascido em São Vicente (São Paulo) em 1952, formou-se em história na Universidade de São Paulo. Lecionou na PUC de São Paulo e na Unicamp. Atualmente é professor livre-docente do Departamento de História da FFLCH da Universidade de São Paulo, membro honorário do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Londres e membro do conselho editorial da revista Travessia, publicada pelo Centro de Estudos de Cultura Latino-Americana do King's College de Londres.

O RENASCIMENTO

(Os humanistas: uma nova visão do mundo, A criação das línguas nacionais, A cultura renascentista na Itália).

O Auto deixa claro que a transição do feudalismo para o capitalismo, ora chamado de Renascimento, não se deve analisar sobre a ótica das transformações econômicas e sim da intelectual e cultural. O Renascimento apresentou importantes respostas numa tentativa de compreender o homem e o próprio universo, não deixando de esquecer a crise do sistema feudal. O Renascimento tem como principal referencia o humanismo e procura definir o novo papel do homem no universo.

O Renascimento de acordo dom o autor significou uma ruptura com o mundo feudal e que essas transformações já vinham ocorrendo desde o século XII, quando temas como o individualismo e racionalismo faziam parte das preocupações de pensadores da época, vale lembrar que o empirismo, já era objeto de discussão do meio acadêmico de paris e Oxford no século XIII, por intelectuais como Roger Bacon, por exemplo.

O que inicialmente era dito como um grupo intelectual nas universidades que tinham novas concepções e visões de mundo, o termo humanista passa a ser aplicado para todos aqueles indivíduos que expressavam algum tipo de crítica aos valores sócias, as tradições culturais, aos comportamentos dos moldes das sociedades medievais.

Tal ruptura e mudança de paradigmas pode ser observados também expressos nas artes, na arquitetura, na literatura. O renascimento consegue mudar toda a forma de se pensar sobre sociedade, sobre artes, e principalmente sobre o homem. O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época.

A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas, ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo.

Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI.

Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga.

A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e ideias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. Quase todos os países da Europa Ocidental passaram pelo processo de fortalecimento do poder central nos fins da Idade Média e início dos Tempos Modernos. Tal é o caso de Portugal, Espanha, Inglaterra e França. Nestes países, a tendência à centralização deu-se no plano nacional, isto é, as fronteiras do Estado tenderam a coincidir com os limites culturais da nação. Itália e Alemanha igualmente tendem para a centralização do poder; só que na Itália, ao invés de um único Estado, correspondente aos limites da nação, houve a formação de numerosas unidades políticas, todas elas soberanas (isto é, independentes). Na Alemanha, as tendências se inclinaram de um lado para o Estado do tipo

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