TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

OS REIS ABSOLUTISTAS E A INFLUÊNCIA DO ANTIGO REGIME

Exames: OS REIS ABSOLUTISTAS E A INFLUÊNCIA DO ANTIGO REGIME. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/3/2014  •  1.717 Palavras (7 Páginas)  •  442 Visualizações

Página 1 de 7

INTRODUÇÃO

Após a formação dos Estados Modernos o rei passou a possuir a concentração dos poderes sobre si e tornou-se o símbolo máximo desse poderio através dos tempose em sua pessoa passa a refletir o corpo social.

A expansão ultramarina europeia,empreendida pelos portugueses ao longo do século XV, possibilitou asuperação das limitações da economia comercial do continente europeu. Aárea de atuação econômica doseuropeus foi nesse períodotransformada e ampliada em uma dimensão maior que aquela de seucontinente de origem. Essa expansão possibilitou aos reinos absolutistas auferir ganhos de capital para manutenção de seu padrão e entesouramento de riquezas, através da guarda dos metais preciosos advindos das colônias, especialmente das Américas.

A criação e manutenção da figura real com todo o poder que lhe foi confiado necessitou de uma representação simbólica perante a sociedade. Esta representação foi marcante no caso do rei Luís XIV, que extrapolou as fronteiras da Europa e influenciou vários reinos, inclusive as colônias que se implantarm no novo continente.

2 DESENVOLVIMENTO

A constituição do Estado Moderno decorrente da desestruturação do sistema feudalista promoveu a concentração do poder nas mãos de uma só pessoa: o rei, que até então governava o território, porém com o poder político fragmentado entre os feudos.

A manutenção do novo Estado requeriariqueza e a obtenção desta no mercado interno não era possível e a solução seria a conquista de novas colônias para exploração.A necessidade de expansão territorial e marítima, obtendo novos mercados de produtos comercializáveis levou os estados Europeus Ocidentais a empreenderem buscas por novas rotas de navegação que os levassem a novas terras. Essas conquistas aconteceram através de processos violentos e humilhantes para os povos conquistados e submetidos à supremacia europeia. Instalou-se nos novos territórios o sistema de exploração colonialista que tendo se iniciado por volta do Século XV perdurou até o século XIX e, em muitos casos, as colônias, mesmo independentes permaneceram sob o domínio dos Estados Europeus.

A manutenção da ordem social interna dos Estados Nacionais, por meio da sujeição das forças sociais, do pobre ao nobre, foi uma das primeiras providências da monarquia absolutista, a seguir um novo papel, o estímulo à expansão comercial. Os mais importantes centros comerciais competiam entre si pelas rotas mercantis, uma vez que as reservas de ouro que a Europa dispunha eram minúsculas e havia necessidade de ampliá-las, diante da precariedade dos mercados continentais, gerando a carência de apoio externo que promoveria a acumulação de capitais.

O processo de expansão territorial e comercial além-mar proporcionou ao estado nacional centralizado estabelecer uma política econômica que tornou-se conhecida como mercantilismo, e essa diretriz da economia influenciou toda Europa, assim como as colônias estabelecidas e as que foram conquistadas em seguida.

Com a formação dos Estados Modernos o rei passou a possuir a concentração dos poderes sobre si e tornou-se o símbolo máximo desse poderio através dos tempos e sua pessoa passou a refletiro corpo social. Esse poder tem repercussão em toda Europa e nas colônias. O próprio Monarca buscava sua representação simbólica de forma que sua grandeza e influência extrapolassem as fronteiras de seu reino.

O mais famoso representante dentre os Estados Modernos foi a França, que até hoje serve como exemplo do Absolutismo e teve como seu mais notório Monarca Luiz XIV, o Rei-Sol, cuja poder político extrapolou seu reino e ficou conhecido em todos os Estados Europeus e no resto do mundo. A construção da imagem pública do rei Luiz XIV foi aceita pelas diversas camadas sociais. O processo de propaganda para a chegada desse rei iniciou antes mesmo de seu nascimento, isso ocorrendo graças à impossibilidade de procriar do casal Ana da Áustria e do rei Luiz XIII e quando tal fato ocorreu foi considerado uma dádiva de DEUS. O marketing real não se limitou a seu nascimento. O rei Luiz XIV envidou esforços para construir sua imagem de grande rei, com a óbvia pretensão de dominar seus súditos por meio da literatura, das artes, da poesia e dos rituais.A Sociedade da Corte estabeleceu-se como um grande palco onde todos os membros representavam seus papeis e atuavam de conformidade com o simbolismo e ritual régios. As figuras dos personagens se confundiam com a realidade, é como se estivessem todo o tempo atuando, representando uma situação de poder e convencimento. A imagem pública de Luiz XIV pode ser analisada através de imagens individuais, como pinturas, medalhas e gravuras.

Burke demonstra muito bem a relação entre arte e poderatravés do “Estado deteatro”, metáfora conhecida nãosomente pelos antropólogos contemporâneos, mas também por Luís e parte de uma peça de teatro a serem ensaiados e bemrepresentados, com aintenção óbvia de impactar a plateia.As representações do soberano iam além das representações que ele próprio fazia de si mesmo, por vezes objetos inanimados,porém repletos de significado, o representavam,tais como medalhas, tapeçarias, estátuas e pinturas,analisando osusos da arte na manutenção e consolidação do poder. Luís XIV era visto como patrono das artes e das ciências, havendo intermediários até os artistas e escritores, de um modo simples, o sistema fora criado para glorificar a imagem do soberano, e isto moveria toda a máquina de fabricação da imagem real.

O rei Luiz XIV teve suas másqualidades como a vaidade, a ambição, a falta de escrúpulos morais e religiosos e a tirania, divulgadas por seus inimigos numa imprensa alternativa. No clímax de seu reinado a França tinha aparência de uma festa única diante de uma Europa admirada e desejosa de imitar sua riqueza e brilho cultural.

Outra situação em que a representatividade real busca contribuir para o engrandecimento político da corte aconteceu no Brasil. Através dos trabalhos artísticos de Debret, tanto D. João VI, como D. Pedro I foram retratados e expostos àsociedade ressaltando a monarquia e contribuindo para o entendimento dos eventos políticos da época.

A vinda de Debret ao Brasil ocorreu em 1816 como participante da Missão Artística Francesa, cuja finalidade seria a fundação de uma Escola de Ciências, Artes e Ofícios. Enquanto tal escola não era fundada os artistas trabalharam nas decorações festivas da cidade do Rio de Janeiro.

AViagem

...

Baixar como (para membros premium)  txt (11.5 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com