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Os Padres E A Teologia Da Ilustração: Pernambuco 1817

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Por:   •  15/7/2014  •  441 Palavras (2 Páginas)  •  590 Visualizações

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No dia 08 de Abril aconteceu a aula inaugural do curso de história no auditório, contando com a presença dos coordenadores do curso, conjuntamente com a presença do professor Antônio Jorge Siqueira e a professora Ângela Godói.

O evento além de inaugurar oficialmente o início das atividades, também nos proporcionou a oportunidade de presenciar o lançamento do livro do professor Antônio Jorge, intitulado “Os padres e a teologia da ilustração: Pernambuco 1817” Antes do lançamento do livro, o professor Jorge fez uma palestra sobre a reflexão sobre o uso das palavras.

Primeiramente, ele começou a explanação falando dos aspectos relevantes ao ato de contar história e nos passa a idéia que narrar pode ser contar mágoas ou lembrar de algo e narrativa é onde ocorre o ato de compartilhar, pois, em uma narrativa, o narrador não narra para si e se reinventa na narrativa pelo fato de criar uma trama, uma intriga ou um enredo, sendo assim não existe “a” história, e sim, histórias. De outra perspectiva narrar também é a terapêutica do esquecimento, pois, se pratica a narrativa para evitar o esquecimento e o silenciar de algo relatado.

Em seguida o professor fala um pouco sobre o sujeito da narrativa e a arqueologia da história relatando que os gregos chegaram tardiamente na cena da historiografia, citando exemplos anteriores a eles, como por exemplo, os egípcios, mesopotâmios e hebreus, porém, foi com os gregos que surgiu o historiador como figura subjetiva.

No tópico seguinte é abordado o tema do narrador, e o professor utiliza alguns exemplos de Walter Benjamin e nos mostra que a narrativa é uma forma artesanal de comunicação, na qual o narrador adentra na narrativa para, em seguida, sair, deixando assim a sua marca característica.

Para concluir sua explanação Jorge recorreu ao tempo, dizendo que ele é a categoria axial da história e nos falou um pouco sobre santo Agostinho, pois, ele trabalhava o tempo de forma diferente, utilizando a óptica da interioridade:

“O tempo está entre nós. Ele é o nosso hóspede. Nós dizemos o tempo.” (Agostinho, Confissões, capítulo XI).

Assim, o tempo existe nas palavras, no cantar, nós fazemos o tempo, sendo assim, para narrar devem existir questões pressupostas e devemos aprender a colocar essas questões e respondê-las. Se não conseguirmos nos expressar, não existiremos para isso devemos nos pronunciar como linguagem, fazermos uso da palavra para que não sejamos animalizados, assim como acontece na figura de Fabião na obra de Graciliano Ramos.

Após a apresentação do professor Jorge, a professora Ângela Godói fez uso da palavra para comentar e fazer críticas sobre a obra “Os padres e a teologia da ilustração: Pernambuco 1817” do palestrante, e em seguida o encerramento do evento.

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