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Os motivos das dificuldades na conquista do império turco

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Por:   •  15/10/2014  •  Artigo  •  783 Palavras (4 Páginas)  •  261 Visualizações

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Por que o Reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra os seus sucessores após a morte deste

Consideradas as dificuldades que se apresentam ao resguardo de um Estado recentemente conquistado, alguém poderia espantar-se com o fato de que, havendo em poucos anos Alexandre Magno tornando-se senhor da Asiá e morrido pouco depois de-te-la ocupado¬¬—quando parecia lógico que todo aquele povo se rebelasse. Eu afirmo que todos os principados de que se tem registro foram ou são governados de um deste dois modos: ou por um Principe cujo servos, por sua graça e consentimento, ajudam-no, qual ministros, a governar o seu reino, ou por um Principe e pelos representantes de um baronato. Aquele estado governado por um principe e pelos seus servos tem na pessoa deste a autoridade suprema, porquanto em toda a extensão dos seua dominios ninguém mais, além dele, pode ser reconhecido como soberano. As razões da dificuldade em chegar-se á conquista do imperio do turco estão em que, para a facilitaçao desta empresa, não se pode esperar nem pelo apelo dos grandes do seu reino, nem pela sublevação daqueles que o rodeiam. O contrario sucede em reinos governados como o da França: neles, se caires nas graças de algum dos seus baroes, facilmente póderas introduzir-te, porque sempre havera os descontentes e aqueles que almejam por reformas. Assim, consideradas todas essas coisas, a ninguem causara espanto que Alexandre, o Grande, haja contado com tamanha facilidade para impor o seu dominio sobre o Imperio da Asia, e que outros, como Pirro e muitos mais, tenham conhecido tantas dificuldades para conservar o que havia conquistado, fato que não advém da muita ou pouca virtude dos vencedores, mas das diferentes naturezas dos vencidos. A organização dos reinos, podendo o principe centralizar o poder e nomear ministros para o auxiliar na administraçao ou pela fragmentaçao do poder real, dada pela divisao do territorio entre barões.A Turquia se enquadrava no primeiro caso, com o poder centralizado, enquanto que a França no segundo, tendo o rei que respeitar os senhores de terra, os quais tinham estima de seus súditos.

De que modo deve-se governar as cidades ou os principados que, anteriormente á sua ocupaçao, viviam no respeito ás próprias leis

Quando os estados conquistados encontram-se, como foi dito, habituados a viver com as suas proprias leis e em liberdade, há tres modos de impor-lhes o jugo: o primeiro é destruindo-os; um outro,neles o novo principe fixando a sua morada; o terceiro é consentindo em que vivam conforme as suas leis, recolhendo um tributo e criando em seu interior um governo oligarquico que lhes coíba todo amotinamento. Na verdade não a maneira mais seguura de possuir uma provincia que talando-a. Etretanto, quando as cidades ou as provincias estão habituadas a viver sob o mando de um principe e que a linhagem deste desaparece, elas, em parte por terem sido educadas á obediencia, noutra parte ( morto o antigo principe) por não lograrem um acordo na escolha de um novo, mostram a sua inépcia para viver em liberdade.Maquiavel descreve diretamente como se deve proceder na conquista de um estado emancipado, enumerando tres maneiras de proceder: ou destrói-o, ou vai-se morar nele ou mantém-no como está apenas acrescentando tributos aos novos suditos e o mantendo governado por poucos.

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