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PERSPECTIVAS DA REVOLUÇÃO INGLESA

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Por:   •  30/5/2013  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  5.219 Visualizações

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PERSPECTIVAS DA REVOLUÇÃO INGLESA

INTRODUÇÃO

Conhecer a forma como diferentes autores analisam um fato histórico é tarefa do historiador. Isso porque cada autor trabalha dentro de uma visão, destacando os pontos que julga serem mais importantes e suprimindo outros que, para ele, não são tão fundamentais.

Essa liberdade ao estudar a história leva o historiador e buscar mais referências, antes de concluir algo sobre um acontecimento histórico. Isso é fascinante e desafiador ao mesmo tempo. Fascinante porque abre ao leitor a oportunidade de conhecer diferentes formas de se analisar o mesmo fato. Desafiador, pois o historiador não pode se conter à primeira fonte que lhe vem às mãos para definir sua posição sobre o fato ocorrido.

Este trabalho tem como objetivo analisar a forma como José Jobson de Andrade Arruda trabalha a Revolução Inglesa, comparando sua visão com a de Myriam Becho Mota e Patrícia Ramos Braick, na obra “História: das cavernas ao terceiro milênio”.

Nosso objetivo é destacar o que ambos os textos tem em comum e a visão de cada autor sobre este período tão importante da história mundial.

DESENVOLVIMENTO

O século XVII marcou a vida Europeia, principalmente a Inglesa, com a primeira Revolução Burguesa da história da Civilização Ocidental: a Revolução Puritana, de 1640 e a Revolução Gloriosa, de 1688. Apesar de serem duas revoluções, separadas por mais de 40 anos uma da outra, ambas fazem parte do mesmo processo revolucionário.

Segundo Arruda, a verdadeira Revolução aconteceu com a Revolução Puritana, entre 1640 e 1649, sendo a Revolução Gloriosa o complemento da primeira.

O autor descreve todo contexto histórico, movido por lutas de interesses pelos diferentes grupos sociais. Mostra também como diferentes historiadores analisaram este período e as linhas de pensamento que defenderam, como a luta de classe, defendida por alguns e os interesses religiosos, defendida por outros.

Nesta análise, o autor mostra como é difícil em alguns momentos chegar à uma conclusão clara dos fatos, uma vez que um mesmo acontecimento pode ser visto de diferentes formas, dependendo de quem o analisa e da linha de pensamento que quer defender.

Arruda deixa claro que a Revolução Inglesa foi motivada por um compromisso social entre a nobreza e a burguesia, que mudaram o antigo sistema de produção artesanal, suprimiu as barreiras para o avanço dos cercamentos de terras e completou a Revolução Agrária. Ainda segundo ele, isso fez com que surgisse o tripé entre o Banco da Inglaterra, O Governador do Tesouro e o Primeiro Ministro. Com isso, houve um avanço do Capitalismo, que é chamada por Arruda de “a grande revolução burguesa da Europa”.

Outro ponto interessante no pensamento de Arruda é que ele afirma que a Revolução Inglesa ajudou a eliminar o atraso econômico e a promover a industrialização, dando assim origem à Revolução Industrial na Inglaterra.

Com isso, ele afirma que tanto a Revolução Inglesa como a Revolução Industrial fazem parte do mesmo processo, sendo impossível entender a Revolução Industrial sem ter como base a Revolução Inglesa. A conclusão a qual Arruda chega é que a Revolução Inglesa foi uma Revolução Social, que mudou a vida dos habitantes do Inglaterra, que lutaram pelos seus direitos e conseguiram mudar os rumos da história do seu povo.

Já Mota e Braick (2005) afirmam que a Revolução teve um caráter social, movido pela religião. A Inglaterra, segundo as autoras, vivia no início do século XVII a “ascensão do nacionalismo, que se identificava com a causa protestante” (página 109). Do ponto de vista social, afirmam que os conflitos armados contra a Espanha, que tentara invadir as Ilhas Britânicas haviam forçado o governo a solicitar “empréstimos do parlamento e recorrer à medidas como a venda dos bens da coroa e a concessão e venda de monopólios comerciais e industriais”. Isso tudo, aliado ao aumento de impostos fez com que a crise se agravasse.

Houve também a tentativa de Jaime I de fugir do controle financeiro do Parlamento, impondo medidas como o monopólio real sobre as indústrias de tecidos. Os conflitos se agravaram com a subida ao trono de Carlos I, que foi obrigado a assinar a Petição de Direitos, que o proibia de convocar o exército e adotar medidas econômicas sem a aprovação do Parlamento.

Cobranças de impostos sobre um povo já com sérios problemas, aliado aos interesses religiosos divergentes entre as classes sociais, acabaram levando à Revolução.

“As

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