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Perspectivas Da Revolução Inglesa

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Por:   •  14/4/2014  •  2.637 Palavras (11 Páginas)  •  1.412 Visualizações

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FICHAMENTO

LIVRO: A Revolução Inglesa.

AUTOR: José Jobson de Andrade Arruda.

CONCEITO DE REVOLUÇÃO INGLESA

Ocorrida no século XVII, na Inglaterra, resultado do desdobramento das conseqüências da Revolução Puritana ocorrida em 1640 e da Revolução Gloriosa em 1688, a Revolução Inglesa que se processou paralelamente ao decurso das duas anteriores, é reconhecida pela historiografia científica como a primeira revolução burguesa da civilização ocidental, tendo se antecipado 150 anos à Revolução Americana e a Revolução Francesa. Foi uma revolução de compromisso social entre a nobreza e a burguesia; criou condições para a implantação do capitalismo pleno, destravando as forças produtivas capitalistas, eliminando drasticamente o antigo modelo produtivo artesanal na medida em que facilitou o avanço dos cercamentos das terras de forma a possibilitar a consolidação de uma reforma agrária; constituiu o tripé Banco da Inglaterra – Governador do Tesouro – Primeiro Ministro, permitindo assim a conquista dos mercados mundiais e a consolidaçãomundiais e a consolidaçuista dos mercadordas terras de forma a possibilitar a consolidaçamente o antigo modelo produtivo artes do capitalismo.

ESTRUTURA ECONÔMICA

Entre os séculos XVI e XVIII acelerou-se o processo de transição do feudalismo ao capitalismo. Foi uma fase em que o capital acumulado pelo mercantilismo deu origem a uma burguesia rica que via no sistema feudal um entrave para seus negócios. Com os cercamentos, a terra passou a ser um ótimo investimento, tanto para compra como para a produção agrícola e pecuária, em especial para criação de ovinos e produção de lã.

A compra de terras, a expulsão dos camponeses do meio rural pelos cercamentos e os arrendamentos resultaram numa grande concentração populacional nos espaços urbanos das grandes cidades. O camponês que insistia na agricultura de subsistência, onde produzia quase tudo para suas necessidades, era visto como um entrave para o desenvolvimento da produção e comércio capitalista. A urgente necessidade de expansão do capitalismo gerou um processo de privatização da terra. Sem ter aonde produzir seus sustentos, camponeses e pobres urbanos se vêem obrigados a buscar emprego, tornando-se operários que fornecem mão de obra para o capitalismo em troca de alguma forma de pagamento.

A BASE INDUSTRIAL

A força industrial inglesa no século XVI está alicerçada na indústria têxtil, extração mineral, construção naval e trabalho de artesões. No final da Idade Média a indústria inglesa apresentava uma lenta mas constante evolução, porém, com a recessão agrícola do século XIV e XV, a difusão da máquina hidráulica, os altos salários impostos pelas corporações forçaram um deslocamento das indústrias para as zonas rurais, onde havia mão de obra mais barata. Produzindo tecidos de qualidade inferior e de menor custo atendiam o mercado interno em suas limitações e buscavam exportações para escoar seus excedentes.

As formas de organização variavam de região para região. O avançado e o arcaico dividiam o mesmo espaço. Nas regiões de maior concentração industrial predominou três formas básicas de organização social de produtos:

O artesão de uma forma “unicelular”, com sua família, desenvolvia todas as etapas do

processo produtivo de seus produtos que comercializava com os comerciantes de quem muitas vezes comprava matéria prima para futuras produções, era independente.

O mestre manufatureiro atendia as necessidades de expansão dos mercados. Era proprietário dos meios de produção, porém, utilizava mão de obra assalariada. Era um pequeno empresário. Embora sendo patrão praticava uma relação quase de “ empresa familiar” para com seus funcionários. Na maioria das vezes fornecia alojamento e alimentação a seus funcionários. Com o passar do tempo, essa classe empresarial transformou-se em capitalistas maquinofatureiros ,

Mantendo seu capital essencialmente (mercantil) comercial, porém, num segundo momento, passam a investir na produção. Contratam trabalhadores assalariados e desenvolvem todas as etapas do processo produtivo-comercial.

Por fim, o capital mercantil domina a produção de cima para baixo, tanto nas operações ainda arcaicas, quanto nas mais sofisticadas.

A BASE MERCANTIL

No final da Idade Média, sob uma economia estática, o comércio interno inglês foi gradativamente ampliado. Até meados do século XVI as exportações eram basicamente de matérias primas, cereais, madeira, metais e couro, porém, esta estrutura mercantil sofreu uma transformação radical na segunda metade do século. A exportação de alimentos teve um declínio considerável e os tecidos se tornaram o principal produto de exportação inglês.

Com taxas de exportação sobre a lã crua muito onerosa, o comércio interno tornou-se mais competitivo e assim na segunda metade do século XVI o comércio inglês exportava cerca de dois terços de sua

produção para a Antuérpia e o restante para a França e Península Ibérica.

Toda esta expansão teve a fundamental colaboração das “Companhias Privilegiadas” (Merchant Adventurers – 1946 / Companhia de Moscóvia – 1554 / Companhia do Báltico – 1579 / Companhia da Turquia – 1581 / Companhia das Índias – 1600), criadas para monopolizar as relações comerciais no exterior.

Na base desta política mercantil estava o Estado Inglês, uma monarquia centralizada e forte que buscava os mercados externos, dando início ao processo de colonizações inglesas e a um verdadeiro assalto ao mercado mundial, em especial a Espanha, através da concessão de “Cartas de Corso” que legitimava a pirataria inglesa em todos os mares. A venda de privilégios também foi uma fonte importante de lucros para o Estado. Os monopólios industriais e comerciais privilegiavam uma pequena parcela da sociedade. Uma larga parcela da população, a margem destas atividades, era espoliada com preços abusivos de produtos tais como: sabão, alume, cerveja e sal.

Embora as companhias privilegiadas tivessem preferência nos mercados de expansão o novo comércio com as colônias tinha crescido fora das restrições destas.

ESTRUTURA SOCIAL

Definir o caráter da sociedade da época moderna é tarefa bastante complexa. Considerando-se o caráter profundamente agrário da sociedade as camadas rurais se dividiam em categorias: a aristocracia, os yeomen

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