PORTFÓLIO DE HISTÓRIA DA ARTE

[pic 1]                                                                  Licenciatura em História

PORTFÓLIO DE HISTÓRIA DA ARTE

Paulo Jefte de Moura Sobrinho

2018

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        ANALISE ICONOGRÁFICA

Obra

Título:  O rapto de Helena (Batalha naval)

Artista: Jacopo Tintoretto

Ano: 1578 - 1579

Técnica: Óleo sobre tela

Dimensões: 186x307 cm

Localização da Obra: Madrid; Museu do Prado

País: Espanha.

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Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-6cZ3_FPBtMI/T00K5-IBLXI/AAAAAAAAP68/Xy5RPgGVLTg/s1600/ticiano.jpg

Jacopo Tinttoreto – Biografia

Jacopo Comin (conhecido como Tintoretto), nasceu na cidade de veneza (Itália) em 29 de setembro de 1518. Tintoretto foi um importante pintor da fase final do Renascimento Italiano (segunda metade do século XVI). Foi um dos grandes representantes da escola veneziana de pintura renascentista. É considerado também um dos precursores do Barroco.

Durante a sua vida fez várias pinturas no palácio do Duque de Veneza, pintou o teto e paredes da escola São Marcos, decorou a escola da igreja de São Roque. Suas principais obras foram: 

- São Marcos libertando o escravo (1548)

- O Lavatório (1550)

- Vênus, Vulcano e Marte (1555)

- São Jorge lutando contra o dragão (1560)

- A adoração do bezerro de ouro, o Juízo Final (1562)

- Glorificação de São Roque (1564)

- Alegorias (1577)

- O paraíso (1579)

- A origem da Via Láctea (1582)

- A Última Ceia (1594)

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Auto retrato de Jacopo Tintoretto

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/Jacopo_Tintoretto_031-2.jpg

Análise Iconográfica da obra O rapto de Helena (Batalha naval)

A marcha de Helena de Esparta a Tróia tem duas fontes literárias até certo ponto opostas. Homero, na Ilíada , mostra a relutância de Helena em abandonar Menelau e sugere seu sequestro por Paris; Dictys Cretensis, em sua Ephemeris belli troiani(Século 4 aC), no entanto, mostra Helena apaixonada marchando por vontade própria. Ambas as versões encontraram acomodação na pintura italiana do século XVI. marcha voluntária foi representada por Giulio Romano na Sala di Troia do Palazzo Ducale em Mantua em 1538-1539, enquanto que o rapto foi capturado por Rafael em legal para Palazzo Capodiferro (hoje Palazzo Spada) em Roma, gravada por Marcoantonio Raimondi, e reproduzido em um desenho de Schiavone. Tintoretto seguiu Schiavone e Raimondi para colocar a cena no momento em que Helena é levada a um navio enquanto no chão um combate sangrento é travado. Distanciou-se, no entanto, deles, definindo o episódio como uma batalha entre turcos e cristãos, encorajada pela proliferação de imagens dessa natureza após a batalha de Lepanto (1571).

A obra é datada de 1580 e é ciclo contemporânea Gonzaga (1579-1580) e imediatamente antes da Sala Terrena da Scuola di San Rocco em Veneza, realizada entre 1582 e 1587, o que explica algumas de suas figuras reaparecer nestes conjuntos. Em relação ao projeto de lei, a violação de Helena apresenta um forte contraste entre o primeiro plano com chiaroscuro acentuado e um fundo fortemente iluminado, onde os números perder corporeidade para se tornar arabescos, recurso reaparece em pinturas da Sala Terrena de San Rocco como Worship dos magos.

Tintoretto concebeu uma composição extraordinariamente dinâmica graças ao uso da cor e do claro-escuro em combinação com as atitudes dos personagens. Destaca o contraste entre o desamparo de Helena, com o rosto suplicante e os olhos lacrimejantes prestes a derramar lágrimas, e a violência viril dos captores. O fato de a relação entre os diferentes personagens ser a principal preocupação do pintor é corroborar que apenas no final incluía os navios com seus mastros, claramente sobrepostos nas figuras.

Como nos trabalhos contemporâneos, Tintoretto usou uma preparação escura na qual ele desenhava com branco os contornos de algumas figuras, como a de Helena, inicialmente nua. Pequenos pentimentos também são detectados ,localizando os mais significativos em face da própria Helena, que originalmente olhava para a direita.

O rapto de Helena vem da coleção Gonzaga e provavelmente tomar cuidado Vincenzo I Gonzaga (duque de Mantua 1587-1612), que pagou um Tintoretto subsídio mensal entre 1590 e 1593. Vincenzo teria comprado esta pintura, feita anos antes pelo pintor , provavelmente por causa de seu cenário, devido aos constantes confrontos com os turcos. coleção Gonzaga passada para Charles I da Inglaterra, em que o inventário foi listado como o estupro de Hellen por idade Tintaret.Após sua morte, foi comprado por John Jackson em outubro de 1651, e pouco depois pelo embaixador espanhol, Alonso de Cárdenas, pelo primeiro-ministro Luis de Haro, que o entregou a Felipe IV. É mencionado no inventário de 1666 do Alcazar de Madri. Ele entrou no Museu do Prado em 1819 (extraído de Falomir, M. in: Obras-primas italianas, da corte real da Espanha, Museo del Prado, 2014, página 82).