Paris
Tese: Paris. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: BETERRABA • 30/8/2014 • Tese • 2.905 Palavras (12 Páginas) • 267 Visualizações
Um dos grande problemas hoje, em Paris, é a desconexão existente entre o Centro, mais histórico e com maior quantidade de serviços, e a periferia, menos densa, usada pelos grandes edifícios de escritórios e por bairros destinados somente a dormitórios, na qual que vive a maior parte da população “não turista” da cidade.
A proposta de Richard Rogers baseia-se em 10 princípios:
1.Promover aocupação densa e uso misto visando a coesão social;
2.Criar proximidade entre as habitações, os locais de trabalho e os espaços públicos;
3.Desenvolver o ambiente urbano para maximizar a flexibilidade e a utilização a longo prazo;
4.Adotar a mobilidade “verde” através da promoção do transporte público, a pé e de bicicleta;
5.Integrar a natureza para criar um ecossistema em equilíbrio;
6.Assegurar eficiência na utilização de recursos através da redução da pegada ecológica e dos resíduos urbanos;
7.Maximizar a produção local de energia e a utilização de energias renováveis;
8.Criar uma economia urbana dinâmica e equilibrada;
9.Introduzir governança estratégica para a implementação de visões na escala metropolitana;
10.Promover uma nova cultura de ecologia urbana comprometida com estilos de vida sustentáveis.
Na lista de propostas, podem ser destacadas as seguintes:
Necessidade de uma cidade compacta, de forma a evitar áreas inabitadas dentro do perímetro urbano. A cidade compacta é mais eficiente em termos de gastos energéticos e de tempo, ao mesmo tempo em que incentiva a proximidade e a diversidade social e de usos;Multicentralidade, através do reforço dos centros existentes e sua conexão pelo sistema de transportes;Criação de novos parques e áreas verdes conectadas por ciclovias e vias de pedestres, reconquistando o lugar perdido para o automóvel;Favorecimento da flexibilidade e da permeabilidade do tecido urbano, evitando as desconectividades existentes especialmente nas áreas periféricas;Coodernação de projetos em diferentes escalas, pensados de forma integrada para maximizar a sinergia entre eles, e criados a partir da contribuição de profissionais, pensadores e cidadãos.
As reformas urbanas de Paris
Idealizada pelo barão Haussmann as reformas urbanas de Paris inspiraram intervenções em várias outras cidades do mundo. O objetivo principal era modernizar Paris que em pleno século XIX mantinha muito de sua estrutura medieval, cujo centro era composto de muitos quarteirões insalubres.
Seu projeto consistia em redesenhar o traçado urbano compondo uma “nova cidade” mais racional organizada e harmônica. Para realizar esta tarefa foram necessárias várias demolições.
O foco principal é a melhoria da circulação, o acesso rápido a toda a cidade como visão estratégica, estabelecendo uma imagem geral de modernidade. Esta mudança de imagem envolve também a questão da insalubridade. Para isso são eliminados bairros considerados degradados, as ruas são arborizadas e recebem sistema de iluminação.
A antiga cidade medieval, com traçado orgânico e ruas estreitas, é cortada por grandes eixos e contornada por um anel viário. São criadas praças com monumentos que servem como ‘cenário’. Essas intervenções regularizam o traçado, não aproveitando o existente.
A haussmanização aliou urbanismo com arquitetura. A cidade de Paris foi pensada como sendo um só monumento em que todas as partes se articulavam. Todas as construções formavam um único monumento urbano interligado por jardins, praças e parques
Paris está implantada sobre o Sena, onde se situam as duas ilhas as quais constituem o centro histórico da cidade: a île de la Cité ao oeste e a île Saint-Louis ao leste. De lá, se estende de forma desigual dum lado e doutro do rio, sendo a superfície ocupada ao norte sobre a margem direita claramente superior (cerca do dobro de área) àquela sobre a margem esquerda ao sul.
Ela é hoje separada do subúrbio pelo bulevar periférico. O bulevar periférico, uma via expressa urbana de 35 quilómetros, constitui uma fronteira artificial entre a cidade e as comunas limítrofes; a sua cobertura gradual permite à Paris melhor ligar-se à sua periferia.34
No exterior do limite do rodoanel, Paris também inclui as zonas onde ficam o heliporto (15º arrondissement) sobretudo as duas zonas arborizadas por Haussmann nas comunas vizinhas antes que fossem anexadas à Paris em 1929: ao oeste, o Bois de Boulogne (846 hectares, 16º arrondissement) e ao leste, o Bois de Vincennes (995 hectares, 12º arrondissement), que trazem o perímetro da cidade a 54,74 quilómetros.
Dum e doutro lado do rio, o relevo apresenta várias formações isoladas de gipsita que formam pequenas colinas.s 4 Na margem direita: Montmartre (131 metros de altitude), com ponto culminante no Cimetière du Calvaire;s 5 Belleville (128,5 metros), com ponto culminante na Rue du Télégraphe; Ménilmontant (108 metros); Buttes-Chaumont (103 metros); Passy (71 metros); e Chaillot (67 metros). Sobre a margem esquerda: Montparnasse (66 metros); Butte-aux-Cailles (63 metros); e Montagne Sainte-Geneviève (61 metros).
A cidade de Paris com 105 km² ocupa o 113º lugar dentre as comunas da França metropolitana em área. Por outro lado, a unidade urbana de Paris, como se diz da própria cidade mais a sua aglomeração urbana periférica, cobre uma superfície de 2723 km²francesas é simbolizado por um
Planejamento urbano
Paris soube elaborar um estilo homogêneo, no qual marcas do passado remoto no traçado de certas ruas convivem lado a lado com uma infraestrutura moderna.
A atual organização da cidade muito deve às obras de Haussmann, O centro de Paris se distingue dos centros de muitas grandes cidades ocidentais por sua alta densidade populacional.Existem desde muito tempo atrás regras estritas de urbanismo, em particular,limites à altura dos imóveis. Atualmente, novos prédios com mais de 37 metros não são autorizados senão sob título excepcional. Em numerosos bairros, o limite de altura é ainda mais estrito.128 A Torre Montparnasse (210 metros) era desde 1973 o mais alto imóvel de Paris e mesmo da França, mas a situação mudou a partir de 2009, com arranha-céus a se multiplicar no bairro de La Défense: a Tour AXA foi renovada e atingiu 231 metros de altura, mas será ultrapassada pela Tour Phare, cuja previsão é de 300 metros,
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