Política colonial portuguesa para a ocupação de Moçambique
Por: edsonsaidexavier • 27/10/2017 • Trabalho acadêmico • 2.392 Palavras (10 Páginas) • 426 Visualizações
Índice
Introdução 3
Presença Colonial Portuguesa: Séculos XIX-XX 4
Política colonial portuguesa para a ocupação de Moçambique 4
Prazos 4
Surgimento dos Prazos 4
Actividade dos Prazeiros 5
Os A-Chicundas – actividades 5
Colapso dos Prazos 6
Resistência do Povo Moçambicano à Ocupação Efectiva: 1895-1920 6
Sul de Moçambique 6
Centro de Moçambique 7
Norte de Moçambique 7
A Luta pela Independência em Moçambique 7
A Revolução Portuguesa – 25 de Abril de 1974 8
Conclusão 10
Bibliografia 11
Introdução
O presente trabalho tem como tema “ As Colónias Portuguesas: o caso de Moçambique”, iremos falar da presença colonial portuguesa, a política colonial portuguesa a ocupação de Moçambique, os prazos, a resistência do povo moçambicano à ocupação efectiva: 1895-1920, a luta pela independência em Moçambique e por último a revolução portuguesa – 25 de Abril de 1974.
O tema é muito importante e permite nos conhecer uma parte da história do nosso país no diz respeito as colónias portuguesas, a ocupação das colónias portuguesas em Moçambique, os movimentos de libertação que fizeram com que Moçambique deixasse de ser uma província ultramarina de Portugal.
Para a realização do trabalho o grupo optou por usar a pesquisa bibliográfica e consultas na Internet que constam na bibliografia.
Presença Colonial Portuguesa: Séculos XIX-XX
Política colonial portuguesa para a ocupação de Moçambique
Portugal entrou com algumas dificuldades na ocupação, administração e exploração de um território tão vasto como Moçambique. Por isso, no fina do século XIX, a penetração colonial, na maior parte do nosso país, foi feita através de companhias, as quais ocupavam certa de (dois terços) de Moçambique. Assim, em 1891, Portugal deu a capitalistas portuguesas e estrangeiros (franceses e ingleses) as regiões compreendidas entre-os-rios Zambeze e Save, resultando na companhia de Moçambique, e, em 1892, deu a outros capitalistas portugueses e britânicos as regiões de Niassa e Cabo Delgado, formando a Companhia do Niassa, e fundou-se a companhia concessionária da Zambézia, que arrendava prazos na Zambézia e em Tete.[pic 1]
Ficavam sob controlo directo de Portugal somente os territórios da actual província de Nampula e o Sul do rio Save, bem como parte de Tete e da Zambézia, regiões que constituíam uma especial reserva de mão-de-obra para as minas da África do Sul.
Prazos
Surgimento dos Prazos
Portugal, querendo garantir e defender as rotas comerciais e uma livre circulação dos produtos de troca o ouro, marfim, tecidos, colares de missangas, armas de fogo, munições e bebidas alcoólicas para o interior; e para ocupar a nossa terra duma maneira mais organizada, para melhor explorar as nossas riquezas, enviou para Moçambique grupos de Portugueses e cristãos de Goa que se fixaram no vale Zambeze. Foi neste contexto de penetração portuguesa no vale do Zambeze, a partir de 1530, que nasceram os Prazos.
Contudo, o termo Prazo só surge no século XVII, quando os Portugueses que ali se encontravam começaram a receber grandes extensões de terras ao longo do Zambeze dadas pelo vice-rei da Índia (em nome do rei de Portugal) por um prazo de tempo, que podia ser duas em duas gerações ou de três em três gerações. Portanto os Prazos eram terras doadas, conquistadas, compradas ou simplesmente cedias no vale do Zambeze pela Coroa portuguesa. Os seus donos eram chamados Prazeiros e normalmente eram mercadores, ex. – Soldados, desertores, fugitivos, assassinos, prisioneiros que cumpriam penas de degredo, revolucionários, ou opositores políticos exilados.
Os Prazos ocupavam o Centro de Moçambique, ao longo do vale do Zambeze, nas actuais provinciais de Tete e Zambézia (entre Quelimane e Zumbo).
Actividade dos Prazeiros
Os prazeiros viviam do trabalho dos camponeses e do comércio de marfim e escravos. Os camponeses dos prazos era obrigados a entregar ao prazeiro uma boa parte das suas colheitas. Para obter os escravos que comercializavam, os prazeiros eram promotores de ataques as aldeias vizinhas com o seu exército de cativos guerreiros: os A-chicundas. Os escravos eram, de seguida, vendidos aos comerciantes Portugueses em Quelimane e na Ilha de Moçambique, de onde partiam para ir trabalhar nas grandes plantações de cana – de – açúcar, café, cacau e nas minas de ouro nas ilhas de oceano Índico (Mascarenhas, Zanzibar), no Golfo Pérsico e no Brasil.
A volta dos prazeiros, encontravam – se os chuangas, inspectores que residiam junto dos mambos e fumos, e davam noticias irregulares aos prazeiros. Existiam também nos prazos algumas crença e convicções tais como muári, beberagem que se acreditava poder mostrar a culpabilidade de alguém num determinado delito ou numa acusação de feitiçaria, e, como consequência desta crença surgiram os choriros, rituais do caos pela morte de um prazeiro.
Contudo, no séc. XVII, em função das contradições entre a classe dominante e o campesinato, o peso político crescente dos prazeiros e as contradições dentro da classe dominante, do Mwenemutapa reinante, Changamira Dombo, mandou fechar as minas do estado e, em 1693, presidiu a uma guerra que, em dois anos, expulsou os Portugueses do planalto do Zimbabwe, chegando assim o fim do período áureo.
Os A-Chicundas – actividades
Os A-Chicundas eram os exércitos dos Prazos e tinham como Principais actividades: Proteger as fronteiras dos estados ou Prazos contra as ameaças externas; sufocar revoltas internas; atacar os estados vizinhos para a obtenção de escravos; capturar, a nível interno, escravos para vender.
Colapso dos Prazos
Dentre vários factores que ditaram o colapso dos prazos, sublinhamos alguns: perante a tamanha procura de escravos, os proprietários começaram a vender os camponeses, de quem dependia agricultura, e ainda, exportar os próprios A-chicundas, militares cativos de quem dependia a protecção dos prazos. Estes, em fuga, organizaram – se em bandos predatórios e atacaram os prazos, destruindo as redes comerciais do sertão.
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