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Práticas Educativas, Didática e o Ensino de História: Uma Análise Sobre o Processo de Ensino

Por:   •  30/4/2019  •  Resenha  •  1.038 Palavras (5 Páginas)  •  467 Visualizações

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SANTANA, José Rogério; VASCONCELOS, Karla Colares. Práticas educativas, Didática e o ensino de História: uma análise sobre o processo de ensino e aprendizagem nas séries iniciais. In: Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino - ENDIPE, 17., 2014, Fortaleza. Didática e a prática de ensino na relação com a escola. Fortaleza: EdUECE, 2015. p. 3722-3733. Disponível em: Acesso em: 9 abr. 2018.

O presente artigo a ser resenhado apresenta uma análise sobre como as práticas educativas, a Didática e o ensino de História podem ser interligadas para que o processo de ensino-aprendizagem dos alunos seja significativo. Partindo de uma reflexão bibliográfica baseado em diferentes autores que discorrem sobre educação, Didática e História para desenvolver a sua argumentação, José Santana e Karla Vasconcelos delineiam através dos cinco tópicos apresentados no texto como tal consonância pode ocorrer e formas de trabalhar com alunos das séries inicias do Ensino Fundamental a partir de tais ponderações.

Para levar a análise das relações entre práticas educativas, Didática e ensino de História os autores primeiro ponderam sobre cada um desses conceitos. Pautando sua argumentação em José Carlos Libâneo (1995), eles conceituam a educação como sendo um fenômeno social e universal pautado nas relações sociais, políticas, culturais e econômicas da sociedade na qual está inserida. Enquanto a prática educativa seria as ações realizadas dentro deste fenômeno educativo, podendo ser definida como o processo formativo no qual conhecimento acumulado pela sociedade é transmitido. Sendo extremamente importante ao proporcionar que os indivíduos entre em contato com conhecimentos e experiências culturais, assim fazendo com que estes estejam aptos a reconhecer e intervir em seu meio social e fomentar sua personalidade social.

Usando a concepção de Claude Nélisse (1997), os autores exprimem que a prática educativa é um “fazer ordenado”, ou seja, é uma ação planejada realizada após uma reflexão crítica das etapas que serão aplicadas. Além disso, esta pode ocorrer em todos os lugares em que ocorra o ensino-aprendizagem e não apenas na escola como é comumente entendido, mas também em igrejas, centros comunitários, etc. Um exemplo disto apresentado no texto seria a alfabetização de adultos em espaços não escolares feitas por Paulo Freire.

Seguindo novamente as ideias de Libâneo (2005), os autores discorrem que a Didática é a disciplina que investiga o processo de ensino de modo a fazer uma mediação entre os objetivos e os conteúdos a serem ensinados, auxiliando assim para que aja uma aprendizagem significativa por parte dos alunos. Desse modo, a Didática ajuda o educador a como direcionar suas práticas educativas da melhor forma possível, dando-lhe suporte dentro do contexto educacional.

Para entender o trabalho do professor de História os autores procuram discorrer sobre o seu papel como historiador da educação, para isso é considerado a História como é vista atualmente, partindo da designação da Escola do Annales em que se entende a História é uma ciência em construção, portanto aberta a novas perspectivas. Essa visão ajudou a estruturar diversas correntes de pesquisa, porém no texto é dado ênfase na História Cultural onde há a memória, o imaginário social e o reconhecimento dos usos políticos do passado pelo presente tornam-se parte relevante do pensamento histórico.

Seguindo o pensamento de Jacques Le Goff e Pierre Nora (1997) de que a História é realizada em conformidade com as necessidades do presente e o de Hans Belting (2012) de que qualquer história é importante e por isso parte de uma história coletiva, os autores propõem um método de ensino da História para as séries iniciais do Ensino Fundamental onde se baseiam nas relações mais próximas estabelecidas pelas crianças até as mais distantes, desse modo partindo de objetos mais concretos como a família até chegar na compreensão dos mais abstratos com das relações mundiais. Uma atividade sugerida em que isso poderia ser posto em prática é estimular com as crianças a contar histórias e narrar fatos.

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