Q REPUBLICA VELHA
Por: Jucabala2903 • 17/12/2021 • Relatório de pesquisa • 978 Palavras (4 Páginas) • 89 Visualizações
A Primeira República no Brasil (1889 - 1930)”
Valores e práticas da cultura escravista não foram eliminados com a substituição da Monarquia pela República no fim do século XIX. Contudo, conseguiu-se delinear a noção de cidadania neste período, mesmo que a escolha de seus representantes se limitasse a apenas homens brasileiros maiores de 21 anos e alfabetizados.
A insatisfação crescente com a Monarquia, fez ser questionada a autoridade do Imperador, dando força às ideias republicanas. A República divergia em 3 tendências, a radical com atuação popular, a moderada com limites da participação da sociedade e a positivista “ditadura republicana” controlada por militares.
O golpe de Estado aconteceu em 15 de novembro de 1889, liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, dando início a Primeira República (1889-1930). Assim Dom Pedro II e a sua família foram depostos e exilados em Portugal.
Deodoro da Fonseca dissolveu as Assembléias Provinciais e as Câmaras Municipais, convocando eleições para o Congresso Nacional Constituinte, promulgando assim em 24 de fevereiro de 1891 a primeira Constituição do Brasil republicano e, elegendo este como presidente e Floriano Peixoto como vice-presidente do Brasil.
A Constituição com características liberais tornou o Brasil uma república federativa e presidencialista, dividida em estados e com autonomia. Separou os poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário, extinguindo o Moderador. O voto prevaleceu somente para cidadãos brasileiros maiores de 21 anos alfabetizados, excluindo soldados, religiosos, mendigos e mulheres. Separou Estado e Igreja.
Com a reforma financeira proposta pelo ministro da fazenda Rui Barbosa em 1890, aumentando o volume de papel moeda e a facilidade de crédito, muitas empresas passaram a ser negociadas em bolsa de valores, aumentando continuamente seu valor. Em decorrência do crescimento desproporcional do preço dessas empresas na bolsa de valores, o setor produtivo entrou em crise, o valor da moeda despencou e a inflação aumentou rapidamente, esvaziando os cofres públicos em socorro a algumas empresas, levando muitas delas à falência e aumentando o desemprego. Essa crise ficou conhecida como Crise do Encilhamento.
A crise do Encilhamento tornou-se uma crise política, fazendo com que Deodoro dissolvesse o congresso a fim de assegurar maiores poderes, desagradando seus opositores, e fazendo com que renunciasse ao cargo em novembro de 1891.
O marechal Floriano Peixoto assumiu a presidência e controlou a inflação recuperando a economia. Floriano enfrentou duas rebeliões, a Revolução Federalista e a Revolta da Armada, em função da centralização política e do comando rigoroso das Forças Armadas. Ambas foram sufocadas com muita violência.
A instabilidade dos dois governos, fizeram com que as oligarquias estaduais passassem a determinar os rumos da política nacional.
O controle do governo pelas oligarquias era garantido por meio dos governadores, que formavam alianças entre o governo federal e os governos estaduais, oferecendo favores políticos e não intervindo nas disputas locais, elegendo deputados e senadores que apoiassem o presidente da república.
Nas eleições, como os coronéis estavam no topo da hierarquia política local, e não existia o sigilo do voto, estes conseguiam os votos do eleitorado por meio de violência ou troca de favores, sendo conhecido como voto de cabresto.
Como o Brasil era um país tipicamente agrário no início da república, enfrentou alguns movimentos sociais como a Guerra de Canudos, Cangaço e Contestado.
A guerra dos Canudos foi liderada por Antônio Conselheiro, que peregrinava pelo sertão nordestino pregando mensagens religiosas. Em 1893, este grupo se fixou em Canudos, e cresceu rapidamente, sendo considerado uma ameaça para autoridades políticas, Igreja e proprietários de terras. A população de Canudos em 1897 não resistiu ao ataque da quarta
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