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Questão Social No Brasil

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Por:   •  15/5/2014  •  2.554 Palavras (11 Páginas)  •  310 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO.

A questão social no Brasil teve suas raízes na exploração do trabalho, onde o capitalismo transformou o trabalho em mercadoria, e tornou o trabalhador alienado. Todo esse processo de alienação desencadeou a exploração e a degradação da classe operária. Observa-se, assim, que a questão social é fruto da sociedade capitalista que acarreta o empobrecimento da classe trabalhadora que é explorada ao extremo. Entende-se então por questão social como um conjunto de expressões das desigualdades que se manifestam de diversas formas como: o desemprego, violência, risco social, violação de direitos, entre outros. E como enfrentar todas as expressões da questão social?

2. DESENVOLVIMENTO

A questão social teve seu início com a Revolução Industrial, em meados do séc. XVIII, com a mecanização das indústrias, a divisão do trabalho, o aumento da produção, dando surgimento a duas classes sociais básicas do sistema: o operário e o empresário. Surge assim o sistema capitalista que transformou o trabalho em mercadoria, sempre visando o lucro e estabelecendo relações frias e desiguais. Essa dinâmica tornou o trabalhador alienado, diante do aspecto da sua separação do modo de produção e pela falta de ciência de estar vivendo sob exploração.

Portanto o trabalhador que vive alienado não percebe que vive sendo explorado, e como precisa atender suas necessidades de subsistência necessita trabalhar para em troca receber seu salário e arcar com suas despesas. Assim o trabalho acaba se tornando uma mercadoria, onde o capitalista compra e o trabalhador vende a mão de obra.

Perante esse processo de industrialização verifica-se um grande progresso nas cidades, acarretando aumento da população, e conseqüentemente problemas como: miséria, fome, desemprego e falta de habitação.

Dentro deste contexto já podemos observar o problema da questão social, que é definida da seguinte forma diante da concepção de IAMAMOTO (1999, p. 27).

O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade.

Com base nesta afirmação, concluímos que a questão social é uma categoria que expressa à contradição fundamental do modo capitalista de produção, onde os trabalhadores produzem a riqueza e os capitalistas se apropriam dela. Esse nesse contexto que se desenvolve as desigualdades e surgem as suas conseqüências.

As expressões da questão social no Brasil podem ser observadas nas desigualdades e nas exclusões sociais, que se revelam na pobreza, na violência, no desemprego, na falta de moradia, enfim, na falta dos mínimos necessários para a sobrevivência do indivíduo. Diante deste quadro podemos observar que todas as conseqüências da questão social poderiam ser resumidas à palavra pobreza, que segundo a explanação de YAZBEC, podemos classificá-la como:

...a pobreza é a expressão direta das relações sociais vigentes na sociedade e certamente não se reduz às privações materiais.

Alcança o plano espiritual, moral e político dos indivíduos submetidos aos problemas da sobrevivência. A pobreza é uma face do descarte de mão-de-obra barata, que faz parte da expansão do capitalismo brasileiro contemporâneo. Expansão do capitalismo que cria uma população sobrante, cria o necessitado, o desamparado e a tensão permanente da instabilidade na luta pela vida de cada dia (YASBEK, 2007, p.63).

Podemos concluir ainda, diante da citação da autora que a pobreza é uma das expressões da questão social, e que vai além do sentido de carência material, mas está relacionada ainda à carência de direitos, à falta de trabalho digno, remuneração adequada, serviços de saúde e educação satisfatórios, enfim, tudo o que é necessário para garantir a dignidade da pessoa humana. Todo esse quadro está diretamente relacionado com o sistema do capitalismo que explora a mão de obra dessa gente subalternizada e excluída. Podemos dizer ainda que estejam relacionadas com a carência de direitos econômicos, sociais, políticos, culturais. Temos, além disso, os trabalhadores rurais, que com a mecanização da produção, têm sido colocados em situações cada vez mais difíceis, se submetendo a trabalhos forçados, baixos salários e até, em alguns casos escravidão.

Verificamos, ainda que a questão social se expressa de maneira diferente em cada região do país.

Por fim é necessário que haja uma mudança para que este quadro possa ser revertido, ou pelo menos amenizado, mas como fazê-lo e a quem cabe essa função?

Cabe, aos trabalhadores, à população excluída e subalternizada, lutar pelos seus direitos econômicos, sociais, políticos, culturais. Só assim poderá haver transformações da concepção de questão social.

Mas e quando não há essa determinação? Primeiramente é necessário investigar e conhecer o indivíduo que necessita de intervenção, dar ouvidos às suas necessidades que muitas vezes se encontram camuflados.

Cabe, assim ao Estado, por meio de políticas sociais, assegurarem ao indivíduo usuário, que tenha seus direitos garantidos, possibilitando acesso aos mínimos essenciais para uma vida digna.

Temos ainda o terceiro setor, que age desenvolvendo uma intervenção filantrópica, que surgiu através da sociedade civil, no sentido de atender as necessidades do indivíduo em situação de vulnerabilidade pela qual ainda não foi atendido pelo Estado.

Como mediador nesse processo de redução da desigualdade, surge o profissional do serviço social, que tem como compromisso aplicar o seu conhecimento sobre as políticas públicas, na defesa dos direitos sociais do sujeito. Assim, cabe ao assistente social superar os desafios, a fim de compreender a complexidade do sistema capitalista, e contribuir para melhora na condição de vida do sujeito a fim de incluí-lo garantido acesso a todos os bens e serviços.

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É certo que herdamos da re-conceituação inconclusa o espírito crítico, mais consistentes argumentos teóricos e metodológicos, e éticos e políticos, também. Além de importante compromisso

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