REMANESCENTES QUILOMBOLAS

REMANESCENTES DE QUILOMBOS

Quilombos são terras destinadas a resistência e busca pela liberdade de povos escravizados negros. Os negros que fugiam da condição de escravidão impostas pela realidade social da época, e se refugiavam em locais denominados quilombos para sua afirmação como camponeses livres. No Brasil, ainda existem comunidades de remanescentes de quilombos, inclusive no Estado de Santa Catarina, onde encontram-se três delas.

Baseada nessa parcela da nossa população com costumes tão importantes para a afirmação cultural do nosso país, busca-se o reconhecimento de território, como meio de restituir valores, garantir direitos e resgatar a identidade desprezada por a maioria da população. Os laudos antropológicos legitimam a cultura dos quilombolas, e auxiliam na luta pelo reconhecimento jurídico e social. Pela submissão de séculos, é indispensável o apoio proposto para preservação da cultura negra.

Como podemos analisar nos vídeos sobre essas comunidades, dar os que lhe é devido, não significa proporcionar riquezas ou algo do gênero. As comunidades de quilombolas existentes hoje vivem muito humildemente, em situações até precárias. Mas ter sua dignidade expressa em direitos entendidos por todos é devolver o que muito de seus ancestrais lutaram a vida toda para ter.

Direito nesse contexto, mostra a obrigatoriedade do Estado de ressarcir o débito com as comunidades quilombolas. Dessa forma nossa constituição veio em 1988, assegurar o direito à terras inicialmente ocupadas, em caráter definitivo. Também para iniciar o processo de reconhecimento, é necessária a autodefinição da comunidade, ou seja, os quilombolas precisam apresentar ancestralidade africana.

O acesso a afirmação da identidade quilombola, é mais que garantir direitos constitucionais. É claro que quando se normatiza um direito, sua efetivação é garantida (ou pelo menos deveria ser assim). Mais que isso, os negros com raízes Africanas, buscam o seu espaço na sociedade não somente físico. Mas o respeito pela sua cultura, pelo seu povo e sua história. História essa de um povo forte, que lutou contra as algemas de uma sociedade tão preconceituosa até hoje. As raízes de preconceito embutidas no convívio social, não podem se tornar mais fortes que as raízes desse povo batalhador. A importância do reconhecimento para eles é chegar mais perto da igualdade.