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RESENHA DO ARTIGO “MONARQUIA PLURICONTINENTAL” E “REPÚBLICAS”

Por:   •  29/4/2016  •  Resenha  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  414 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

HISTORIA-LICENCIATURA        

DAVID SILVA CAMPOS

PRODUÇÃO DE TEXTO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

RESENHA DO ARTIGO “MONARQUIA PLURICONTINENTAL” E “REPÚBLICAS”

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ITAPETINGA-BA

2015

DAVID SILVA CAMPOS

RESENHA DO ARTIGO “MONARQUIA PLURICONTINENTAL” E “REPÚBLICAS”

Trabalho apresentado ao Curso Licenciatura em História  da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para o Módulo IIII , para o tema: Resenha do artigo “Monarquia Pluricontinental” e “Repúblicas”, Ministrado pelos Professores: Fabiane Tais Muzardo, Fabiane Luzia Menezes Santos, Gleiton Luiz de Lima e Julho Zamariam, Unidade: Itapetinga - Bahia

                                                                               

Itapetinga

2015

RESENHA DO ARTIGO “MONARQUIA PLURICONTINENTAL” E “REPÚBLICAS”

Seguindo a linha de raciocinio dos autores,estimamos que a população da América lusa tenha amentado de 100.000 em 1600 para 1.500.000 habitantes em 1766. Portanto, em menos de dois séculos tal população cresceu cerca de 15 vezes. Para o tráfico de escravos, supõem-se que chegaram no continente Americano 29.275 africanos e no século posterior 784.457 cativos, um aumento de mais de 25 vezes.

Analisando o texto podemos entender como se organizavam os reinóis e os ilhéus que partilhavam a mesma monarquia católica e corporativa, mas não necessariamente partilhavam dos mesmos sistemas e práticas de organização familiar e de transmissão de patrimônio.

Os autores do artigo fazem uma discussão e uma crítica aos estudos que simplificam esse período entre XI a XIII com uma visão apenas do mercantilismo combinado à imposição da escravidão.

Apesar desta população estar alastrada, no século XVII, ao longo de uma costa com milhões de quilômetros com maior concentração no Recôncavo do Estado da Bahia, litoral do Estado de Pernambuco e cercanias da Guanabara, tão afastado umas das outras, o caso é que deu certo. Aquela Babilônia transformou-se numa sociedade organizada conforme normas do Antigo Regime (monarquia, catolicismo, ideia de autogoverno, etc.) que passou a ser reconhecida por todos e tendo como base uma economia escravista. Como economia ela foi responsável no século XVII pelo alento da monarquia pluricontinental e de sua nobreza no reino, até o pagamento de alforrias e de dotes para várias moças pardas da América.

A monarquia pluricontinental abordada no artigo é distinta da monarquia compósita de Elliott, monarquia compósita tinha como marco referencial o caso espanhol que era constituído por vários reinos, com estatutos próprios que foram construídos antes da formação dessas monarquias.

Para não restar duvidas, chamamos de monarquia pluricontinental algo distinto de monarquia compósita. Para Elliott, esta última monarquia – tendo como referência principal o caso espanhol – era algo constituído por vários reinos, com estatutos próprios que preexistiam à formação de tal monarquia

Entre os anos de 1570 e 1689 o número de engenhos de açúcar passou de 120 para 528, sendo acompanhado pela multiplicação de currais, de lavoura de alimentos, de igrejas, de câmaras municipais, tudo isso foi realizado sem o investimento do capital mercantil inglês e holandês, como aconteceu em outras colônias portuguesa na América como aconteceu em Barbados a partir do século XVII em diante. Desta maneira a instalação destes engenhos, vilas, escravos enfim, da população em geral não contou com a mesma estrutura do Estado da Índia. Este na condição de vice-reino possui conselhos palacianos como Conselho de Estado, Conselho da Fazenda, Casa dos Contos dentre outros, enquanto que no Brasil, no século XVII, apesar do Tribunal de Relação da Bahia, ainda era uma estrutura administrativa e política administrativa precária, bem distante daquele vigente na Índia.

Segundo D. Diogo da Silva Marquês de Alenquer o Brasil era responsável pela maioria das rendas reais, sem o qual não há Angola nem Cabo Verde, nem situações que se pague às repartições e seus funcionais, nem meios que possa da vida a nobreza, as religiões e hospitais que tinha nas alfandegas. Em contrapartida no mesmo século, a maior parcela dos gastos da Coroa portuguesa no ultramar se dirigia para a Índia.

A monarquia pluricontinental é aqui entendida de modo bastante diverso. Nela há um só reino – o de Portugal – uma só nobreza, mas diversas conquistas extra europeias. Nela há um grande conjunto de leis, regras e corporações, conselhos, corpos de ordenanças, irmandades, dentre vários outros elementos constitutivos que estão vinculados entre si e ao reino de Portugal. Tratavam–se na Verdade da América lusa, de poderes locais organizados enquanto capitanias, portanto, de uma monarquia e nobreza que tem nas suas capitanias a sua centralidade material. Resultado do processo de pacto político, fundamentado na monarquia, e garantindo, por princípios a autonomia do poder local das câmaras municipais.

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