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RESUMO CAP 1O POLITICA ENTRE AS NAÇÕES - H. Morgenthau

Por:   •  26/11/2017  •  Resenha  •  1.959 Palavras (8 Páginas)  •  514 Visualizações

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Capítulo 10 – A avaliação do poder nacional

A TAREFA DE AVALIAÇÃO

Nesse capitulo são abordados  alguns erros de avaliação, e como avaliar algumas situações. A tarefa de um avalista de poder nacional, como responder perguntas, analisar situações, etc.  

Com base nos fundamentos relativamente estáveis da geografia, tem a pirâmide do poder nacional que se eleva ao longo de algumas degradações de instabilidade, até o topo do elemento fugidio do moral nacional, e vários fatores  se apresentam em fluxo constante, e juntos eles constituem a torrente do poder nacional.

Essa missão é tida como ideal, mas insuscetível de ser concluída. Por que mesmo se os responsáveis pela política externa de um país fossem dotados de uma grande sabedoria e uma super capacidade de julgamento, eles podem se basear em fontes completas e confiáveis, mas mesmo assim irão ter fatores desconhecidos, fatores imprevisíveis que são capazes de desacreditar essas avaliações.

ERROS TÍPICOS DE AVALIAÇÃO

Uma nação pode cometer vários erros na hora de avaliar o poder, de si mesmo e de outras nações, e há três erros que vale a pena ter uma discussão mais detalhada, pois são mais freqüentes e ilustram as armadilhas intelectuais, e riscos inerentes ao exercito de tal avaliação. O primeiro erro desconsidera a relatividade do poder, o segundo toma como certa a permanência de certo fator que no passado possa ter desempenhado um papel decisivo. O terceiro atribui uma importância decisiva a um fator tomado individualmente em detrimento  de todos os outros.

CARATER ABSOLUTO DO PODER

Quando falamos do poder de uma nação, dizendo que uma nação é poderosa e a outra é fraca, implicitamente estamos fazendo uma comparação. O conceito de poder é sempre algo relativo.

Um dos maiores equívocos no campo da política internacional  é esquecer o caráter relativo do poder e lidar com o poder de uma nação como se se tratasse de algo absoluto. Um exemplo disso é quando a Primeira Guerra Mundial acabou, a França era o país mais poderoso do ponto de vista militar, até 1940 quando foi derrotada.  

Em vários momentos houve um entendimento equivocado sobre o poder militar francês, não era algo de valor relativo pra ser comparado com o poder militar de outras nações, mas como algo absoluto.

Em 1939 a França era pelo menos tão grande do que era em 1919, ou seja, em 1939 a França era tão forte como foi em 1919. O erro dessa avaliação foi na falta de percepção, em 1919 a França era forte comparado a outras nações, inclusive a Alemanha, que estava derrotada e desarmada. O exercito francês  não mudou nada de 1919 para 1939, mas  os outros exércitos tiveram aperfeiçoamentos .

Basear a política externa em tais fatos, é perigoso pois diminui o fato de que o poderio superior da nação é apenas parte do produto e suas qualidades.

O predomínio da Grã-Bretanha entre o fim das guerras napoleônicas e o começo da Segunda Guerra Mundial, durante esse período da historia, a Grã-Bretanha comparada com outros países, teve duas grandes vantagens que ninguém mais possuía, e a sua condição insular também não foi alterada, e a marinha ainda é uma das mais poderosas do mundo. Porém, os outros países adquiriram mais armas, que compensavam essas vantagens que a Grã-Bretanha tinha.

Essa mudança na posição de poder da Grã-Bretanha, ajuda a compreender  o dilema que Neville Chamberlain teve anos antes da Segunda Guerra Mundial. Ele sabia dessa relatividade de poder e que nada iria evitar a queda dele. E ele também não conseguiu evitar a guerra que ele receava. E desde o fim da Segunda Guerra Mundial a política externa inglesa está consciente do declínio do poder britânico, relativamente ao poder dos outros países.

O CARATER PERMANENTE DO PODER

O segundo erro que prejudica a avaliação do poder nacional é relacionado ao primeiro, mas tem uma origem distinta.  Mesmo sabendo da relatividade do poder, incorrendo em focar exclusivamente num  fator ou relação de poder, e baseiam as estimativas pressupondo que o fator ou relação é imune a mudanças.

Ocorreu essa falha de calculo na França, em 1940, como foi falado anteriormente. Que a elevação do poder francês foi devido a comparação com uma nação meio que destruída   1920. E de modo inverso, quando a França foi derrotada militarmente, desenvolveu uma fraqueza que ia persistir e começaram a tratar a França com descrédito e desdém.

Já a avaliação do poderio russo foi parecido, mas com a ordem historicamente inversa. De 1917 até 1943 na batalha de Stalingrado, a União Soviética era tratada como se a debilidade de 1920 fosse durar pra sempre. Por isso a missão militar britânica foi enviada a Moscou em 1939 para concluir uma aliança militar com a União Soviética, antecedendo a guerra com a Alemanha, com base em uma visão de poderio russo que se justificar com dez  ou vinte anos antes. Esse erro de calculo constituiu um elemento importante para o fracasso da missão.  Mas, após a vitória de Stalingrado e sob o impacto da política externa russa, foi criado um dogma da União Soviética e na sua predominância na Europa.

E a atitude deles com os países latino-americanos, persiste numa tendência que tudo indica ao indestrutível, presumindo a superioridade do colosso do Norte, praticamente resultado da natureza,e que poderia se modificar mas nunca ser basicamente alterada por causa das tendências populacionais, processos de industrialização, desenvolvimentos políticos/militares.

A história do mundo vem sendo determinada por pessoas da raça branca, sendo mais difícil para as pessoas de outras raças, e ficando até difícil a visualização de uma situação invertida.  A demonstração de um poderio militar aparentemente irreversível, pode exercer um fascínio estranho  sobre as mentes das pessoas que fazem profecias apressadas ao invés de analises cautelosas, por exemplo, uma nação que está bem hoje, vai estar bem pra sempre.  

A origem dessas tendências, no sentido de acreditar no caráter do poder absoluto, ou acreditar na configuração permanente de poder está no contraste entre caráter dinâmico e avidez do intelecto humano.  A ambigüidade e incerteza da situação internacional confrontam as contingências, e passa a buscar uma compreensão definida de fatores de poder.  

O observador de política internacional precisa de uma imaginação criativa, e imune ao fascínio facilmente irradiado pelo poder dominante. Uma imaginação criadora, que consiste em identificar os desenvolvimentos seminais do futuro.

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