RESÍDUOS E POLUIÇÃO: EFEITOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO.

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Licenciatura em História

RESÍDUOS E POLUIÇÃO: EFEITOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO.

Discente: Maria Vânia Leite de Oliveira

Docente: Doutor Rafael da Cunha Scheffer

Disciplina: História e Meio Ambiente

Redenção / CE

Dezembro de 2015

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Desde muito tempo atrás, o meio ambiente como um todo, veio sendo foco para algum tipo de exploração, a principal delas é a econômica, que acontece na maioria das vezes, sem nenhum tipo de preocupação com a estrutura natural das coisas. O crescimento desenfreado e o impacto humano sobre a natureza vêm gerando uma constante degradação ambiental e consequentemente o aparecimento de novas questões ou problemas no âmbito da discursão ambiental, exemplo disso são as questões relacionadas à poluição química, o uso de combustíveis fosseis e de energia nuclear, do crescimento populacional continuo e etc.

O crescente desenvolvimento econômico, populacional e industrial, vem ocasionando ao longo dos séculos grandes danos ao meio ambiente havia uma “pressão cada vez mais intensa sobre a floresta, para usos domésticos e industriais, para recreação e transporte.”1 Hoje outro problema ambiental decorrente desses tipos de desenvolvimentos, é a questão da aglomeração e acumulação do lixo ou de resíduos gerados pelas indústrias.

O impacto do setor industrial na deterioração ambiental é significativo, ainda que tenha sido reduzido nos últimos 20 anos. A indústria dos países desenvolvidos - PDs - vem contribuindo com aproximadamente 1/3 do PNB Produto Nacional Bruto, enquanto as externalidades negativas têm sido proporcionalmente maiores. No que tange à poluição do ar, o ramo industrial

• responsável por 40 a 50% das emissões de óxidos de enxofre, 50% do efeito estufa e 25%das emissões de óxidos de azoto. No que se refere à poluição da água, a indústria contribui com 60% da demanda bioquímica de oxigênio e de material em suspensão e 90% dos despejos tóxicos. Quanto ao lixo, o setor industrial descarrega 75%do lixo orgânico.2

Resultado de variadas atividades da produção industrial, os resíduos industriais são responsáveis por graves danos à natureza. Estes resíduos quando depositados no meio natural de forma errada, podem causar ricos sérios à saúde, tanto ambiental como da população.

O resíduo industrial é um dos maiores responsáveis pelas agressões fatais ao ambiente. Nele estão incluídos produtos químicos (cianureto, pesticidas, solventes), metais (mercúrio, cádmio, chumbo) e solventes químicos que ameaçam os ciclos naturais onde são despejados. Os resíduos sólidos são amontoados e enterrados; os líquidos são despejados em rios e mares; os gases são lançados no ar. Assim, a saúde do ambiente, e conseqüentemente dos seres que nele vivem, torna-se ameaçada, podendo levar a grandes tragédias.3

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1. DEAN, Warren. Nomadismo industrial, industrialismo predatório. In: A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 225.

1. MAIMON, Dálla. ECO-ESTRATÉGIA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS: REALIDADE OU DISCURSO? Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, n. 4, p.120.

1. KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. A questão ambiental e os resíduos industriais. In: XXV ENEGEP, 25, 2005, Porto Alegre. Disponível em:< http://br.monografias.com/trabalhos/residuos-industriais/residuos-industriais.shtml>. Acesso em: 16/04/2016

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Resíduo industrial é o resíduo proveniente de:

[...] diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc. O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. [...]4

Os diversos resíduos existentes seguem uma classificação, o resíduo industrial se encaixa na classificação quanto a sua origem e dependendo de qual ramo a atividade industrial realizada seja (química, mineração, metalúrgica, alimentícia), pode ser categorizado em três classes distintas: classe I (perigosos), classe II (não-inertes), classe III (inertes).

• Classe 1 - Resíduos perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. → Classe 2 - Resíduos não-inertes: são os resíduos que não apresentam periculosidade, porém não são inertes; podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. São basicamente os resíduos com as características do lixo doméstico. → Classe 3 - Resíduos inertes: são aqueles que, ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10.007 da ABNT), não têm nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. Isto significa que a água permanecerá potável quando em contato com o resíduo. Muitos destes resíduos são recicláveis. Estes resíduos não se degradam ou não se decompõem quando dispostos no solo (se degradam muito lentamente). Estão nesta classificação, por exemplo, os entulhos de demolição, pedras e areias retirados de escavações.5

Sendo as classes 1 e 2, as categorias que apresentam maiores riscos ao meio ambiente e infelizmente também são as que estão bem mais presentes na forma de produção industrial. Mas apesar disso, as indústrias são ao mesmo tempo, obrigadas a “cuidar do gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de seus resíduos.”6 Dessa forma:

A destinação, tratamento e disposição final de resíduos devem seguir a Norma 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas que classifica os resíduos conforme as reações que produzem quando são colocados no solo: perigosos (Classe 1- contaminantes e tóxicos); não-inertes (Classe 2 - possivelmente contaminantes); inertes (Classe 3 – não contaminantes).7