REsumo DIário De Dorian Gray

Análise do livro O Retrato de Dorian Gray

O livro escrito por Oscar Wilde teve sua primeira edição lançada em abril de 1.891, ou seja, no final do século XIX, o mesmo século no qual a história se passa, por ser a época de vivencia do autor ele sobressalta no livro muitas coisas que aconteciam naquele momento e coloca elementos que eram importantes naquele período como o apreço pela arte, em especial, pela música, pela pintura e a questão moral da sociedade. O livro também mostra a questão da literatura, onde numa análise literária já conseguimos exprimir a realidade do século XIX, porém “há que se reconhecer que a boa análise literária é sempre aquela que pede auxílio: à psicologia, à sociologia, à filosofia ou a qualquer outra área do conhecimento e da experiência humana. Pois a teoria literária não é, não pode ser autossuficiente, no caso do romance O retrato de Dorian Gray, a psicologia exerce um papel fundamental,” (LOWEN, Alexander. Um Retrato do Narcisismo sob a ótica de Alexander Lowen. Em: <www.libertas.combr/site/index.php?central=conteudo&id=2821>. Acesso em 04 outubro 2013.) já que entramos ai no narcisismo, pois Dorian Gray ao ver seu retrato fica tão surpreso pela beleza e perfeição do mesmo, que podemos dizer que esse é o ponto inicial para o desenvolvimento do narcisismo em sua personalidade, que vai ser um dos pontos que o autor vai querer expressar na obra.

O romance conta com a ótica da beleza vista pela sociedade da época com padronização e a exaltação da beleza feita pelas pessoas, vemos isso no livro na seguinte passagem “Meus amigos, escolho-os pela beleza, meus conhecidos, pelo caráter, e meus inimigos, pelo intelecto.” (WILDE, 1989, p. 9), isso retrata como a sociedade colocava a perfeição física acima da capacidade mental, já que certa parte das pessoas preferiam ter inimigos inteligentes e amigos bonitos, do que amigos que lhe acrescentassem algo.

Além da ótica da beleza vista pela sociedade do século XIX, o livro retrata a importância da arte na época, peguemos como exemplo a pintura, tão falada durante toda a obra. Era de muita importância ter um quadro com uma pintura de seu próprio retrato, as pessoas de alto poder aquisitivo na época geralmente que os possuíam, pois gostavam de deixar exposto na recepção da casa, era uma forma de mostrar quem era o responsável por ali, em uma época que a fotografia estava começando a dar seus primeiros passos e a se popularizar, o quadro fazia todo sentido, sendo assim ele tinha que ser perfeito, retratar a pessoa da forma mais real possível, para que assim marcasse aquele momento e a pessoa tivesse aquele quadro posteriormente como referência e recordação, no livro o personagem Basil fica tão impressionado e tão atraído com a beleza do personagem Dorian Gray, que isso o auxilia a pintá-lo perfeitamente, talvez possamos dizer que a beleza de Dorian Gray atraiu tanto Basil que fez com que ele se dedicasse mais a obra, saindo assim a “perfeição”, isso fica claro no livro com a seguinte passagem, onde Basil fala: ”Ele para mim é absolutamente necessário... Para mim agora ele é toda minha arte... Ele é muito mais que um modelo, que uma pose.” (WILDE, 1989, p.10). Hoje semelhante ao século XIX os representantes importantes como os líderes de governo (Presidente, Senador, Deputado, Vereador, entre outros), continuam