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Relatório de Estágio Geografia

Por:   •  28/5/2023  •  Relatório de pesquisa  •  3.690 Palavras (15 Páginas)  •  98 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

1        LEITURAS OBRIGATÓRIAS        4

2        PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)        7

3        PLANEJAMENTO ANUAL        9

4        ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC        12

5        CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS        14

6        PLANOS DE AULA        15

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS        21

INTRODUÇÃO

O presente relatório de estágio busca relatar os diferentes momentos do estágio no curso de licenciatura em Geografia, atentando-se para a prática do estagiário, e em como suas observações, análises e descrições podem ser redimensionadas para a educação educativa.

Além disso, o relato das experiências tem como objetivo pensar o ensino de Licenciatura em Geografia em Ensino Fundamental e suas possibilidades dentro do estágio.

Para isso, é necessário descrever os momentos de observação do cotidiano escolar, as intervenções realizadas, e quais foram os resultados das ações do estagiário em sala de aula, fazendo isso através de relatos dos alunos e da autorreflexão sobre atividades das quais o graduando envolveu-se.

O relatório proporciona uma síntese das convergências e dissonâncias entre as diferentes instituições e turmas, das dificuldades apresentadas no ambiente escolar pelos alunos, e principalmente dos resultados das intervenções realizadas pelo estagiário, as quais contribuíram para uma reflexão final acerca do trabalho docente e das possibilidades e desafios para os professores do Ensino Fundamental.

Uma das possibilidades mais enriquecedoras do estágio é o momento em que se pode ficar em silêncio e analisar o ambiente, não como um julgador, apontando os erros, defeitos ou o que si próprio poderia fazer melhor. Mas, sim, olhando para alunos e professores, e pensando em qual é o papel do professor de Pedagogia perante a Educação Fundamental. Nessa situação, pode-se pensar na forma como os alunos aprendem, nos problemas que estão presentes na sociedade e que, na sala de aula, são representadas pelos alunos, e de que forma o graduando/estagiário pode influenciar tornando-se um ser humano atuante dentro do espaço escolar.

  1. LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Artigo: O papel do professor dos Ano Iniciais do Ensino Fundamental

O ideário anti escolar no Ensino Fundamental A literatura contemporânea voltada à educação de crianças de 4 a 6 anos apresenta a partir da década de 1990 um intenso debate acerca da especificidade do trabalho pedagógico junto a essa faixa etária.

O ensino, assim, é negado quando se trata da Educação no Ensino Fundamental, mas assumido como objeto fundamental da escola: Portanto, enquanto a escola tem como sujeito o aluno, e como o objeto fundamental o ensino nas diferentes áreas, através da aula; (Rocha, 1999, p.70, grifos nossos) Nessa direção, o parecer da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd, 1998) sobre o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil afirma que o uso do termo ensino no documento representa um retrocesso e um desrespeito às especificidades do segmento: Ao insistir no uso da palavra ensino ao longo de todo o documento, o Referencial retrocede em relação a todo um debate desenvolvido no país, o qual já obteve consensos importantes a respeito das características específicas que deve assumir a educação e o cuidado da criança pequena em contextos coletivos. (ibidem, p.94, grifos nossos) As relações educativo-pedagógicas, que, segundo Cerisara (2004), deveriam ser o objeto das instituições de Educação Infantil, são definidas como mais amplas que o processo de ensino-aprendizagem (Rocha, 1999), o qual é compreendido como processo que privilegiaria o aspecto cognitivo.

A concepção histórico-cultural do desenvolvimento infantil inaugura uma nova abordagem do processo de desenvolvimento infantil, desvelando o papel da cultura e das relações sociais no desenvolvimento do psiquismo da criança e afastando-se, assim, do maturacionismo, do ambientalismo e do interacionismo.
O autor refuta a compreensão do desenvolvimento como um processo estereotipado de crescimento e maturação de potências internas previamente dadas.

Assim, o desenvolvimento infantil não é determinado por leis naturais universais, mas encontra-se intimamente ligado às condições objetivas da organização social, o que aponta para a impossibilidade de se estabelecer estágios do desenvolvimento psicológico que se sucedam em uma ordem fixa e universal, válida para toda e qualquer criança em todo e qualquer contexto e a qualquer tempo.

Podemos dizer, em linhas bem gerais, que o termo cultura na teoria vigotskiana refere-se à totalidade das produções humanas, isto é, a tudo aquilo que se contrapõe ao que é dado pela natureza, que resulta da ação criadora e transformadora do homem sobre a natureza.5 No processo de desenvolvimento histórico, como demonstram, o homem modificou não apenas a natureza exterior, mas também (como condição e resultado dessa transformação) os modos e procedimentos de sua própria conduta. Assim, a aparição de um rato provoca de forma imediata e involuntária a reação de atenção do gato, da mesma forma que o contato da pele com o fogo provoca de forma imediata a reação motora de afastamento da fonte de calor e um determinado som no ambiente (sirene, alarme etc.) provoca de forma involuntária a reação de atenção no indivíduo.

Os experimentos realizados pelo autor com grupos de crianças demonstram, por exemplo, que a reflexão interna nasce a partir de discussões no coletivo, isto é, as funções superiores do intelecto se manifestam inicialmente na interação entre as crianças no coletivo e na relação entre as crianças e o adulto/educador e só posteriormente aparecem como aquisições de sua própria conduta.

Embora em tais objetos estejam encarnados os modos de ação e as faculdades humanas historicamente elaboradas, é necessária a mediação de outros homens para que se concretize o processo de apropriação: As aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e espiritual que os encarnam, mas são aí apenas postas. Se não forem garantidos processos educativos que tenham por finalidade promover a apropriação de formas superiores de conduta, a criança não incorporará tais funções em seu psiquismo.
Desenvolvimento, ensino e aprendizagem afirma que a aprendizagem constitui um elemento necessário e universal no desenvolvimento das características humanas formadas historicamente na criança: A aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. Isso não significa que cada etapa da aprendizagem corresponda a uma etapa no desenvolvimento, ou seja, não há correspondência direta, linear e imediata entre o ensino e o desenvolvimento de determinada função: “no momento da assimilação de alguma operação aritmética, de algum conceito científico, o desenvolvimento dessa operação e desse conceito não termina, mas apenas começa”. a ZDP, por sua vez, corresponde às funções psíquicas que estão iniciando seu ciclo de desenvolvimento, as quais a criança só é capaz de empregar com auxílio do educador (ou de crianças mais experientes).

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