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Religiao E Vida Religiosa Na áfrica

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Por:   •  21/11/2014  •  1.031 Palavras (5 Páginas)  •  560 Visualizações

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O que podemos perceber, tomando como referencial teórico os textos discutidos em sala de aula, é que a religião e a vida religiosa na África vivenciavam uma estabilidade que seria posta à prova com o advento da escravização em continente americano, no entanto, percebemos que os seus rituais e práticas continuaram, embora tenham sido introduzidas algumas adaptações.Com isso, entendemos que a religiosidade era um traço muito marcante na coletividade cultural do continente supracitado e que embora os africanos realizassem práticas baseadas em heranças culturais específicas “ existam alguns rituais que, na sua semelhança, transcendiam as diferenças étnicas e os espaços geográficos.”( SWEET. p.158). Contudo, para entender os aspectos formadores e, ao mesmo tempo definidores, da religião no continente africano, precisa-se, de acordo com Jolm K. Thornton, analisar as suas crenças, símbolos, mitos e dinâmicas que permeiam esse universo teológico.

O teológico no mundo centro-africano, segundo Jolm K. Thornton, nunca foi constante e coeso entre si, devido a um processo de revelação contínuo e de um sacerdócio precário, posto que em sua formação não havia imposição ortodoxa, o que havia era uma interpretação dentro de uma comunidade de fé. Uma caraterística importante da formação religiosa no continente africano era a crença na existência do outro mundo e na apreciação de indivíduos que demonstravam eficácia em contata-lo, pois acreditava-se que os mortos tinham uma vida após a morte e possuíam o poder de influenciar a vida dos vivos.

De acordo com o autor citado no parágrafo anterior, analisando a escrita dos visitantes europeus ( Padre Giovanni Antônio Cavazzi, o Jesuíta Manuel Ribeiro) dos séculos XVI e XVII e poucos textos centro-africano podemos delinear um esboço de crenças amplamente aceitas em continente africano, a saber: a crença na existência de categorias distintas de seres sobrenaturais representados na figura dos espírito/divindades distantes e poderosos, as almas dos familiares recentemente falecidos e os espíritos inferiores que se subdividiam entre aqueles que eram desapegados de suas famílias ou território e ativavam amuletos que qualquer um poderia usar e os espíritos perigosos e furiosos, que eram maliciosos e maldosos. Essas divindades eram cultuadas mais frequentemente em caráter regional como é o caso de das divindades da região umbundo que eram chamadas de Kilundu, mas também adquiriam caraterísticas universais de criação e deus maior do mundo inteiro que era chamado de Nzambi Mpungu e poderia ter compartilhado seu poder com divindades territoriais.

Os rituais e símbolos de adoração de Nzambi e das divindades territoriais eram realizadas por meio de altares que recebiam grande atenção pública, que por sua vez pediam bem-estar e proteção para a comunidade, além disso, esses altares eram instalados em casas ou em conjunto de edifícios. Altares para divindades eram comuns entre os povos de língua Quimbundo, que chamavam essas divindades de Kiteki, em Loango com o nome de nksi ,em que cada área venerava-se um divindade em particular. Estes aspectos deixam evidente que a religião em território centro-africano nos séculos XVI e XVII era formada por rituais de adoração que assumiam nomenclatura e formas regionais, envolvendo uma gana complexa de ingredientes, estátuas, figuras ou poderiam ser enterrados no solo, mantidos em casinhas de madeira, cemitérios ou nos centros das cidades. A adoração acabava por mesclar-se com o caráter político, pois para que um oficial do estado fosse empossado era realizada uma cerimônia envolvendo o novo governante e os Kitomi.

Outra figura central na vida religiosa na África eram os ancestrais, que diferente das grandes divindades religiosas atuavam sobre seus descendentes ao invés de regiões e territórios inteiros. Essa crença difundia-se em práticas que assumiam uma conotação de símbolos através da construção de túmulos, insígnias, pirâmides para pessoas ricas com uma janela, que no imaginário permitia que os mortos pudessem olhar para fora, faziam também oferendas, cerimônias, sacrifícios. Havia

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