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Resenha Ford

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Por:   •  8/1/2014  •  509 Palavras (3 Páginas)  •  410 Visualizações

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FORD: O HOMEM E A MÁQUINA

EASTMAN, Allan. Ford: O Homem e a Máquina. (“Ford: The Man and the Machine”). Alpha Filmes.Canadá. 1987. 148 min.

O diretor Allan Eastman trabalhou em outros filmes de pouca representatividade em âmbito mundial, tais como “Danger Zone”, “CrazyMoon”, “O menino guerra” e “A doce canção”. O autor consolidou sua carreira como diretor de séries, trabalhando em obras como Night Man, Star Trek e Sexta-Feira 13: A série, dentre outros.

O filme “Ford: O Homem e a Máquina” retrata a história do dono da montadora de carros Ford, mostrando o gosto do mesmo desde sua infância por veículos, conseguindo posteriormente desenvolver um motor e começar sua própria montadora, valorizando, em algumas partes do filme, mais sua criação do que, propriamente, os entes de sua família.

A trama traz alguns aspectos da educação profissional no seu desenrolar. Em dado momento, Ford, motivado por um empasse com o contador da sua empresa, cria as linhas de montagem, no intuito de aumentar a produção de sua fábrica. Percebe-se que, a partir desse momento, o empresário institui a divisão do trabalho, fragmentando-o, onde cada funcionário obtém conhecimento para desenvolver apenas a sua parte especifica do trabalho, sem que, necessariamente, tenha conhecimento da obra final. Entretanto, com as linhas de montagem, seus funcionários estavam chegando a níveis de stress muito altos, foi então que teve a ideia dediminuir a carga horária dos seus funcionários e dobrar seus salários, pois assim, com os preços dos carros diminuindo graças às melhorias no processo de fabricação e seus funcionários com mais dinheiro e tempo para gastar, acabaria por criar uma nova classe de consumidores, aumentando, consequentemente, seus lucros.

Nesse contexto, o filme mostra, com certa clareza, a evolução nos meios e modos de produção dos carros, enfocando, paralelamente, a evolução dos métodos administrativos das empresas no início do século passado. Dentre as características mais marcantes observadas no desenrolar da trama, podemos citar: o autoritarismo e a racionalidade por parte dos empresários, bem como, a alienação dos funcionários com a super especialização das atividades nas linhas de montagens, além da centralização do poder e a falta de aspectos emocionais vivenciadas pelos personagens (principalmente no que diz respeito ao relacionamento entre os familiares dos protagonistas).

Apesar do filme se passar em uma época do passado remota, retratando uma vivência que, de certo modo, poderíamos está tratando como “ultrapassada”, a ideia das linhas de montagem ainda sobrevivem e são utilizadas até hoje, não apenas na produção de carros, mas na grande maioria das empresas, que consideram o “trabalhador” apenas uma peça na engrenagem que não pode parar. De fato, a desvalorização do “trabalhador”, transformando o trabalho em algo repetitivo, buscando apenas a diminuição de custos, leva a desmotivação e a rotatividade destes, o que contribui gradativamente para sua desvalorização e serve para aumentar, cada vez mais, as desigualdades no mercado de trabalho.

Contudo, mesmo apresentando uma duração longa que, por vezes, pode deixar algumas passagens cansativas, o filme se torna uma alternativa de programa interessante, sendo muito

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