Resenha Metodologia Cientifica
Por: AnaVictoria3009 • 23/5/2021 • Resenha • 1.224 Palavras (5 Páginas) • 240 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDARAL DO PIAUI
CURSO: HISTÓRIA
DOCENTE: DR. TÚLIO HENRIQUE
DISCENTE: ANA VICTORIA LEITE ROCHA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ÁFRICA
EMAIL: @annavicrocha152@gmail.com
SOMÉ, Sobonfu. O Espírito da Intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre maneiras de se relacionar. São Paulo: Odysseus, 2007. |
Sobonfu Somé é uma mulher africana, descendente da Tribo Dagara em Burkina Faso na África Ocidental, possui formação de filosofia com especialização de tópicos de espiritualidade, ademais, ainda é escritora de três livros. Onde a primeira obra se intitula O Espirito da Intimidade (2007), na qual foi objeto de estudo para a construção dessa resenha. Inicialmente o objetivo geral que a autora apresenta é abordar as concepções sobre maneiras de se relacionar a partir dos ensinamentos dos ancestrais africanos, onde ela analises comparativas entre as experiências ocidentais com as relações tribais que aquelas comunidades praticam. O livro é um compartilhamento de ensinamentos dos povos Africanos sobre suas maneiras de se relacionaram consigo e com todos da comunidade. Segundo Sobonfu essas condutas se concluem com êxitos devido a uma cultura em que não se priorize os mecanismos consumistas, e consequentemente, a priorização de meios materiais.
Em primeira análise, a autora reflete sobre as localizações geografias e sociais da região de Dagara, onde ela explica que apesar de Burkina Fasso possuir três rios relativamente grandes, na área de Dano há apenas córregos sazonais e lagos, e em que essas são as fontes destinadas ao abastecimento da região. Por ter somente uma pequena quantidade de água utilizam-se poços nos períodos de seca, onde toda a aldeia se reúne envolta para adquirir um pouco que utilizara para funções domesticas do dia-a-dia. A economia é considerada agrária, onde os alimentos são produzidos em uma quantidade adequada para as vivencias, além da caça, porém a caça nos últimos períodos tem se destinado com mais frequência para os rituais religiosos. Na aldeia, não existem cargos políticos com hierarquização, existe contribuições onde cada sujeito se designa a uma função na qual lhe foi atribuída, como é exemplo dos anciões que tomam as decisões do povoado, quando se surge uma situação urgente, e que precisa ser resolvida com antecedência. Não existe polícia, quando há questões de justiçam se utilizam os espíritos e os anciãos.
Em segunda análise, ela vai fazer um paralelo entre a vida do ocidente com a vida da aldeia, em que para o de Dagara a intimidade não é apenas um meio para a conquista da felicidade pessoal, mas também uma forma de cumprir o propósito de vida de cada pessoa, de enriquecer a comunidade e expressar o espírito, com propósitos que cada membro seja ouvido e consiga contribuir de forma consistente com seus dons particulares. Cita ela á respeito:
“Quando você não tem comunidade, não é ouvido; não tem lugar em que possa ire se sentir que realmente a ele; não tem pessoas para afirmar quem você é e ajudá-lo a expressar seus dons. Essa carência enfraquece a psique, tornando a pessoa vulnerável ao consumismo e todas as coisas que o acompanham.” (SOMÉ, 2009, Pag.35)
Nesse sentindo, a citação acima reflete como uma comunidade pode receber diversas responsabilidades, como a criação compartilhada das crianças, o dever de se preocupar com todos indivíduos, além do cuidado com cada relação existente naquela povoação. A autora faz uma crítica as condutas capitalistas dos países do ocidente, que gastam muito tempo com coisas vazias, como, redes sociais com finalidades de promoções estéticas, preocupações que envolvam poder e custos financeiros, onde ela até comenta que o dinheiro no povoado é algo compartilhado e não com aquela convicção “meu” e “seu”, mas sim como um meio de oferenda aos deuses, porém a ideia central é que nessa sociedade em que o lucro é mais importante os corpos são objetificados e consumíveis.
Nessa localidade, não existe eletricidade, tv ou rádios, pois as pessoas estão ocupadas o suficiente se preocupado com as relações comunais e os rituais, que de acordo ela é a fonte para qualquer relacionamento para se adquirir e manter a paz, e melhorar sua comunicação com os demais. Os rituais se acontecessem há presença de conflitos que precisam serem resolvidos e um espírito é convocado para se servir de guia e supervisionar as atividades, mostrar os obstáculos que não são vistos pelos humanos por conta de suas limitações. O fundamento desses costumes se baseia reconhecerem a existência de toda uma linha ancestral dos espíritos que nos rodeiam, como exemplos pessoas que já morreram, dos animais, da terra que inclui água terra e fogo, onde cada um vai depender de cada pessoa. A professora inclui que a importância de aprenderem sobre essas conexões entre intimidade e espirito lidariam de forma diferente com toda convicção de relacionamento. Os homossexuais são vistos como os guardiões que tem acesso a todos os portais, e possuem alinhamento com mundo material e imaterial e são as pessoas na qual os anciões recorrem.
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