Resenha sobre - A formação do professor de história no Brasil
Por: Lana Lessa • 2/12/2017 • Resenha • 696 Palavras (3 Páginas) • 454 Visualizações
O autor consegue ser muito objetivo na sua escrita, ele defende a sua tese de forma clara e por isso fácil compreensão para o leitor e esse texto só confirma que estamos vivendo um período de retrocesso na história e na educação, uma vez que o governo atual que implantar um projeto de épocas anteriores, chamado de “notório saber” que desvaloriza por completo os cursos de licenciaturas e o profissional de educação, no qual basta que uma pessoa – no conceito do MEC- que seja bacharel em alguma área tenha o mínimo conhecimento sobre a disciplina.
Além disso, o autor discute sobre o inicio da docência no Brasil que mostra da onde surgiu essa ideia de que ser professor é um dom, é algo divino, logo, esta totalmente equivocado, para ser professor basta a escolha, a dedicação e a formação . Por sinal, os anos iniciais dos cursos de licenciaturas não foram positivos, visto que a formação pedagógica era separada e depois da formação na área de atuação. É o método “3 +1”, isto é , três anos de formação teórica na disciplina de atuação e mais um ano de formação pedagógica juntamente com os estágios supervisionados , por sinal esse método é utilizado em muitas universidades atualmente , como por exemplo na UFBA( universidade federal da Bahia) .
Como também, é apresentado a desvalorização do professor de historia, o objetivo sempre foi a formação de um pesquisador, de um intelectual, mas esqueceram-se da realidade: o mercado de trabalho na área da pesquisa foi e continua sendo restrito e as vagas que existem já estão ocupadas , dessa forma só resta a docência ao aluno do curso de história .Mas, como atrair os bons alunos para esses cursos se existem problemas sérios nas condições de trabalho, falta de investimento nos cursos , falta de dinheiro , ou melhor a ausência é algo constante na docência; então só escolhe esses cursos jovens mais pobres , quem já atua na área e quer se qualificar ,além dos que realmente gostam . E, o autor expressa o quanto o curso de historia é resistente , pois é o único curso com Diretrizes próprias, mas isso se deve as lutas dos movimentos sociais e da ANPUH que buscaram a valorização do curso .
Alguns aspectos que devem ser ressaltados são: o desenho institucional causado pela reforma universitária de 1968 que aprofundou ainda mais a segregação entre a formação teórica e a pedagógica e a negligencia quanto a formação do professor , que muitos vezes formado em um tempo recorde de 3 meses aconteceu durante a ditadura militar que foi apoiada pelo governo norte-americano( de forma oculta) , mas isso deixa claro que a interferência dos EUA era fortíssima e que objetivo era justamente formar profissionais imperfeitos para que o ensino a população fosse precário , que estes não desenvolvessem sua criticidade e simplesmente obedecessem e servisse de massa de manobra , isso tudo por que além da ditadura no Brasil o mundo estava em plena Guerra Fria e é evidente que os norte americanos não era interessante pessoas “subversivas” e que fosse contra o sistema . Porém , mesmo sendo um mal aos brasileiros , a ditadura militar trouxe algo positivo que é a expansão do acesso a escola que incluía os grupos sociais empobrecidos , isso foi de forma precária em todos os sentidos ( estrutura , formação aligeirada dos professores e distante da realidade da população), mas “ benéfica” as pessoas.
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