Resumo Sobre O Papa
Trabalho Escolar: Resumo Sobre O Papa. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: deassf • 10/10/2013 • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 384 Visualizações
O Papa
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76, arcebispo de Buenos Aires, é o primeiro papa latino-americano da história. É também a primeira vez que o cargo é entregue a um membro da Companhia de Jesus.
O nome papal dele será Francisco.
Ele obteve ao menos 77 votos dos 115 cardeais de todo o mundo que participam desde terça-feira (12) do conclave, na Capela Sistina, no Vaticano.
Em seu primeiro pronunciamento, ele disse que os cardeais o encontraram no fim do mundo.
"Vocês devem saber que o dever do conclave era dar um bispo para Roma. E parece que os cardeais foram encontrá-lo no fim do mundo. Obrigado pelas boas-vindas".
O novo papa pediu que fizessem uma oração pelo agora papa emérito Bento 16. Depois, disse que ia fazer a bênção, mas antes pediu que os fiéis orassem por bênçãos a ele.
Conforme a tradição, o resultado foi anunciado por meio da emissão de uma fumaça artificialmente colorida de branco, pela chaminé da Capela Sistina. Nos dias anteriores, quando os escrutínios terminaram sem um consenso, a fumaça expelida era de coloração preta. O resultado foi confirmado pelo som dos sinos da Basílica de São Pedro.
No cargo, ele sucede Bento 16, que renunciou no dia 11 de fevereiro, em uma atitude inédita em quase 600 anos.
Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres. O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.
Embora se mostre preocupado com a população de baixa renda, o papa não é adepto da Teologia da Libertação, corrente prestigiada na Igreja brasileira que, com base em ideias marxistas, defende que o clero atue prioritariamente servindo os mais pobres.
O conservadorismo do novo papa é conhecido por declarações contra o aborto e a eutanásia. Além disso, embora ressalte que homossexuais merecem respeito, Bergoglio é contra o casamento gay.
O Papa e a Argentina
Os argentinos deixaram de lado momentaneamente suas diferenças para celebrar a nomeação de Francisco, o primeiro papa argentino e jesuíta que, bom conhecedor do caráter nacional, surpreendeu seus compatriotas com um pedido ao diálogo, "sem ódios, brigas nem invejas".
Em La Quiaca, na fronteira com a Bolívia, milhares de argentinos passaram a noite em vigília para acompanhar à distância o "padre Jorge", como era popularmente conhecido o cardeal Jorge Bergoglio, que hoje iniciou seu pontificado.
Os paroquianos esperavam ver o papa através dos televisores e dos telões instalados em igrejas e praças de todo o país, mas não contavam com escutar sua voz na metade da madrugada.
Francisco voltou a romper o protocolo e pediu diretamente ao Arcebispado de Buenos Aires para saudar os fiéis reunidos na emblemática Plaza de Mayo e dar-lhes alguns conselhos práticos.
"Não tirem o couro de ninguém", disse, usando uma expressão muito argentina. "Dialoguem, para que entre vocês este desejo de cuidar-se cresça no coração", acrescentou, antes de pedir: "Não se esqueçam deste bispo, que está longe e lhes quer muito. Rezem por mim".
A praça prendeu a respiração ao ouvir a voz do pontífice, cujo discurso provocou mais de um desmaio entre os fiéis.
Enquanto isso, no Vaticano, a grande delegação argentina se preparava para assistir à cerimônia que marcou o início do pontificado do primeiro papa argentino, um fato inédito que obrigou governo e oposição a conviverem temporariamente.
A governante da Argentina Cristina que não se reunia com Bergoglio desde 2010, não pôde conter a emoção ao saudar aquele que seu marido e antecessor, o falecido ex-presidente Néstor Kirchner, chegou a qualificar como um "verdadeiro representante da oposição".
Nesta tentativa de ser "mais papistas que o papa" dirigentes kirchneristas se atribuíram um tipo de "penitência" e passaram a noite em um dos bairros pobres frequentados por Bergoglio.
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