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Rumos E Metamorfoses - Sônia Draibe

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Por:   •  29/5/2014  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  1.209 Visualizações

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Rumos e metamorfoses

O ínicio do século XX no Brasil, até meados de 1930, foi marcado por uma economia basicamente agrária exportadora, fundada em sua maior parte na produção do café para exportação, mas no ano de 1930, principalmente com implementação do Estado Novo, pelo então presidente, Getúlio Vargas, marcou uma mudança no desenvolvimento econômico brasileiro. Sônia Draibe, em sua reflexão, vem abordando justamente os moldes da economia na época, e como se deu o processo produtivo brasileiro ao longo de um grande período do século XX.

Sônia Draibe denotou a industrialização brasileira em três períodos, sendo eles: a economia exportadora, que foi de transição, e tinha como base a exportação do café, e veio antes do processo real de industrialização, que teve seu início em 1933 durando até 1955, com a Industrialização Restringida, e chama-se restringida pelo fato de haver insuficiência de base técnica e financeira de acumulação, e a seguir, houve a chamada Industrialização Pesada, que foi marcada pela alteração do sistema produtivo e ampliação da capacidade produtiva além da demanda, o que ocorreu de forma radical no sistema produtivo.Desde então se observa a grande intervenção estatal na economia brasileira.

Com esse conjunto de transformações, vindos da economia exportadora, passando pela industrialização restringida, chegando a industrialização pesada, Draibe cita Florestan Fernandes, que explica o advento da chamada Revolução Burguesa. A revolução Burguesa foi um conjunto de transformações que ocorreram em diversos aspectos, como no aspecto econômico, social, cultural. Ele ainda é incisivo ao dizer que a Revolução Burguesa não se deu de forma democrática.

Draibe também cita Cardoso de Mello, que diz que a Revolução Burguesa pode ser observada sob três aspectos: o passado, presente e futuro. Observadas sob o ângulo de que se deve levar em conta o passado, pela questão agrária, a mercantilização agrária e o fluxo migratório. No presente, por conta da dominação burguesa do capital industrial e financeiro, e no futuro principalmente por conta das questões proletárias, urbana e social. A partir deste ponto, o Estado passou a intervir, planejar e regular os mercados. Tornou –se um produtor e empresário ao mesmo tempo. No geral, controlou o processo de acumulação capitalista. O Estado também passou a intervir no ponto de vista social e político, assim como na economia, ele passou a regular as ações. Nesse período de 1930 a 1960, houve a constituição desse Estado , de certo modo, capitalista e burguês. Dessa forma foi observado o compromisso e capacidade do Estado em todo esse contexto.

Draibe ainda afirma que as bases desse desenvolvimento não vieram sob forma política, mas sim pelo movimentos histórico que já se desenrolava.

Na ótica da Revolução Burguesa, a reflexão ainda aborda as vias possíveis para essa Revolução. Existia a via da burguesia mercantil-exportadora, que foi uma via conservadora de desenvolvimento, assim denominada por conta de uma conformação de interesses, principalmente do ponto de vista de uma economia exportadora capitalista. A segunda via foi a da burguesia industrial, sendo uma via moderada de desenvolvimento. Era uma via de crescimento lenta para assegurar hegemonia

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