Seminário: A.Mbembe-A era do Humanismo está Acabando
Por: Wagner Jester • 3/12/2018 • Relatório de pesquisa • 1.548 Palavras (7 Páginas) • 164 Visualizações
Nomes: Felipe Oliveira R.A: 818117341 Disciplina: Soc. &Modernidade
Marcus Vinicius R.A: 81818199 Turma:AEM1AM-STA
Uilliam Santana R.A: 818116634 Professor: Charles Bonetti
Vinicius Franco Silva R.A: 818147106
Vinicius Gonçalvez R.A: 818144294
Seminário: A.Mbembe-A era do Humanismo está acabando.
Quem foi Achillie Mbembe.
Achillie Mbembe, nascido em Camarões ainda sob domínio francês, formado historiador, pensador pós-colonial e cientista político, passou sua vida adulta estudando na França na década de 1980 e depois lecionou na Africa do Sul, Senegal e Estados Unidos, sendo atualmente professor no Wits Institute for Social and Economic Research (Universidade de Witwatersrand, África do Sul). Conhecido por suas publicações: “Jovens e a ordem política na África negra” na tradução livre em 1985, La naissance du maquis dans le Sud-Cameroun. 1920-1960: histoire des usages de la raison en colonie (1996), De la Postcolonie, essai sur l'imagination politique dans l'Afrique contemporaine (2000), Du gouvernement prive indirect (2000), Saída da grande noite-Um ensaio sobre a África descolonizada (2010), Critica a Razão Negra (2013) e seu novo livro, A política da Inimizade, e em 2017 publicou um artigo pela Duke University Press chamado "The age of humanism is ending" em livre tradução conhecido como “A era do humanismo está acabando”, o qual é o objeto de estudo deste seminário.
Principais Ideias:
- A batalha do humanismo x niilismo
- O desenvolvimento do Capitalismo “Neoliberal”
- As reflexões sobre as desigualdades sociais
Dissertando ideias;
- A batalha humanismo-niilismo se baseia no progresso incessante niilista de derrubar valores que são colocados como o valor humano, no tocante a relativização do individuo como ser pensante em troca de um simples homo infimus que não passa de dados computacionais usuais ao mercado.
- O desenvolvimento do Capitalismo “Neoliberal” vem do sentido de que o modelo de mercado se apropria da vida em sociedade tornando em um produto, e ainda mais usando o estado como uma de suas ferramentas de expansão e coerção discreta de vontades carnais assim eliminando o lado humano e benefício de uma máquina, o sistema financeiro.
- A primeira consequência destrutiva aparece em forma de desigualdade, a ato de promover separação do que demorou quase um século para se tomar uno, a secessão, o descrédito na democracia, as divisões de classes antagônicas corroboram para uma desigualdade primeira, sendo essa a moral. Outro aspecto é o financeiro que gera a marginalização, discriminação e criminalidade, de forma similar ao anterior, essa é incentivado por ser o motor da “maquina”.
Discutindo o Artigo.
Mbembe tem a ideia de contextualizar o início do século XXI com acontecimentos recorrentes e constantes vindos e carregados desde o século XIX, com o massacre muçulmano presente na Faixa de Gaza e nos Estados Unidos com o assassinato indiscriminado das populações negras afrodescendentes. Com uma Europa cada vez mais tendente ao autoritarismo e extremismo relatado pelo filosofo Stuart Hall, levando mais adiante ao crescimento das desigualdades em todos os campos sociais da sociedade europeia, além disso um incessante acender de ideologias um dia já vencidas como o fascismo e social-nacionalismo ou ainda o absurdo da exerção dos direitos naturais de exclusão relativos à propriedade. Do aumento incessante de pensamentos utilitaristas entre as classes baixas de obter-se a todo custo a ascensão social.
Nota-se uma forte preocupação na volta de uma nova formulação do tão destrutivo apartheid, sendo apenas o começo de uma onda separatista que dividirá nações, povos e democracias uma vez unidas em função de um mundo mais preocupado com a humanidade dos seus cidadãos. Nos novos anos que estão a vir em decorrência dos modelos pós-guerras mundiais surgirá um embate sangrento entre a democracia liberal e capitalismo “neoliberal” desenrolado como o poder financeiro mundial e o poder das maiorias nacionais, posto respectivamente como humanismo e niilismo.
Mas especificamente a discussão sobre o niilismo e humanismo remete às características de valor (direitos humanos) negada pela lógica simplista da corrente niilista, perpetuada pela força do capitalismo neoliberal, o qual as grandes indústrias tem poder sobre as realidades sociais, em língua coloquial à eles o que importa é o lucro (uma ideia utilitarista) e suas consequências de materializam nas desigualdades cada vez mais incentivadas, por serem o motor do capital e do sistema financeiro.
Tal capitalismo financeiro já não mais precisa de adeptos qualitativos individuais, mas sim quantitativos chamados de dados de mercado, estatísticas e capacidade de gerar tecnologias que compactuem com tal fim. Levando a uma crise de capital humano às classes progressistas uma vez sendo desacreditadas pelas massas devido as más intepretações de seus meios e fins, caindo junto com a razão e o relativismo instituídos pelos pensadores pós-modernos.
Relação e exemplo com a contemporaneidade.
Neste início do século XXI, vemos uma coisa muito interessante, ela é a contra-contra cultural, é a ascensão do movimento que se opõem ao atual que é movido contra o conservadorismo, basicamente é o mesmo que dizer que a opinião publica está se voltando as raízes conservadoras como o renascimento da direita e extrema direita, do liberalismo e austro-libertarianismo como opção, do retorno da valoração da propriedade privada como mais alto bem da sociedades em contra partida ao modelo social-democrata que promove a integração e equidade.
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