TRABALHO DE HISTORIA 6º SEMESTRE
Por: ALVP81 • 1/12/2015 • Dissertação • 1.642 Palavras (7 Páginas) • 195 Visualizações
O ALINHAMENTO POLÍTICO BRASILEIRO NO INÍCIO DA GUERRA FRIA
No final da Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e a então União Soviética despontaram como as duas grandes potências mundiais. A Europa destruída pela devastação da guerra não podia mais exercer seu poderio nas colônias como dantes, com isso um novo cenário surgia. A partir daí essas potências ampliariam suas zonas de influências, e na América o Brasil mais perto territorialmente dos Estados Unidos, mas também poderia estar mais próximo das ideologias socialistas. Esse texto tem como objetivo identificar como o Brasil se tornou um aliado de uma dessas potências econômica, política e militarmente moldando o cenário brasileiro da época conhecida como período da Guerra Fria no contexto internacional.
Em 1946, o Brasil viria a ser governado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra sendo eleito por voto popular. Dutra ficou conhecido pelas grandes mudanças ocorridas no seu governo entre as quais neste texto serão apontadas como analise, a aproximação com os Estados Unidos que segundo alguns políticos da época seriam vantajoso ao país, sobretudo na conquista de acordos econômicos. Mas antes de desdenhar as principais consequências das pretensões dos dois países, descreveremos a situação do Brasil no inicio do governo Dutra e as motivações que se estabeleceram para que isso acontecesse.
O cenário econômico brasileiro no final da Segunda Guerra já não poderia ser o mesmo que antes, que contava com as exportações de seus produtos primários: café, cacau, açúcar, algodão e fumo, a fim de alcançar suas ambições de desenvolvimento. A industrialização já não era mais uma opção para se sobressair frente às novas tendências econômicas e sim uma obrigação para enfrentar as mudanças externas que acabara de acontecer. Então umas das principais preocupações na economia era uma indústria doméstica forte mais a proteção dos produtos nacionais frente às importações. Mas com o acúmulo das reversas cambiais adquiridas durante a segunda guerra, forçou o país a abrir para as exportações o que fez as reservas se esgotarem em apenas um ano passando pela desvalorização da moeda nacional, era necessário medidas para controlar essa situação.
Já no contexto político interno devemos salientar que no começo do governo Dutra as expectativas eram com a volta da democracia, tão desejada no período da segunda guerra, que se consolidou através da nova constituição de 1946. Mas o assunto interno que dominava era qual o procedimento a ser adotado em relação aos interesses econômicos do país e a expectativa da ajuda que os Estados Unidos poderiam oferecer ao Brasil no período pós-guerra, já que havia esperança do bom vizinho em injetar na economia brasileira a fim de concretizar os planos de crescimento almejado do governo naquele momento.
O Brasil esperava manter em relação ao governo norte americano, a posição de aliado privilegiado fruto das relações com o governo Vargas na Segunda Guerra Mundial. No âmbito político o país até tomou posição e assim adotou medidas de perseguição contra as forças de esquerda caçando os grupos socialistas e comunistas ou quantos demonstrassem empatia aos ideais revolucionários soviéticos em seguida ilegalizando o partido comunista e rompendo as relações diplomáticas com a União Soviética. Isso era esperado do governo brasileiro como o apoio a Doutrina Truman, mas o Brasil também tomou medidas econômicas em favorecimento ao capitalismo estrangeiro o que proporcionou uma crise interna. Com a crise cambial, o Brasil no governo Dutra teve que abrir mão da importação, ou seja, interrompeu a expansão comercial, mas segundo alguns autores o alinhamento político brasileiro aos Estados Unidos ocorreu pelas instituições multilaterais visando à segurança militar, pois o governo estadunidense constituiu o bloco de aliança ao continente da América latina durante a Segunda Guerra mundial.
Na visão econômica, Gerson Moura afirma que o governo Dutra aceitou a proposta de reorganização da economia, multilaterais e regionais, que na qual essa proposta consistia em reabertura do comércio e ao investimento agrícola, ou seja, o Brasil produzia bens primários manufaturados que precisasse no final da Segunda Guerra Mundial. O Brasil país era o mais importante aliado dos Estados Unidos na América latina, mas também era um aliado problemático, governado por Getúlio Vargas. O corpo diplomático brasileiro buscou, a despeito de suas divergências internas, ampliar a relevância do Brasil no cenário mundial e mais especificamente no espaço latino americano através do exercício da posição de aliado preferencial dos EUA na América do Sul. As relações militares entre Brasil e Estados Unidos no período aqui abordado durante a Segunda Guerra Mundial, quando foram estabelecidos os mecanismos que viabilizaram a interação entre oficiais dos dois países. Também neste período, os militares brasileiros sedimentaram os objetivos de longo curso que informaram as relações com os Estados Unidos.
Durante o governo de Dutra houve a crise cambial e sua resposta e essa crise foi a retórica diplomática com interesse nacional de industrialização, que para Almeida essa diplomacia foi muito pouco liberal e não conseguiu acumular reservas cambiais na Segunda Guerra Mundial o que para Almeida levou o Brasil a passar pela crise cambial.
O autor ressalta o governo de Dutra e Vargas em relação à diplomacia bilateral com os Estados Unidos, no qual levou o Brasil a dependência, ou seja, por uma negociação do governo Vargas durante a Segunda Guerra Mundial fechando o caminho para o governo Dutra nas negociações internacionais, que era uma ação insignificante porque o próprio governo não demonstrou interesse em explorar manobras a partir das motivações internas.
Com o fim da Guerra, o cenário internacional transforma, ao Brasil cabia, pois criar novos espaços de manobra explorando inclusive possíveis conflitos de interesse entre as grandes potências e países com maiores expressão reformulando o modelo econômico do qual tinha um único caminho a ser seguido da qual era o sistema bilateral e capitalista de qualquer forma a América latina se enquadrava na geopolítica norte-americana.
Com o pós-guerra, o Brasil e a América latina em geral ficaram sob a hegemonia norte-americana no ponto de vista político econômico e cultural, o Brasil com a sua colaboração aos Estados Unidos no esforço da guerra esperava ter uma nova fase no pós-guerra e também por ter a redemocratização, mas não somente brasileira, mas latino americano por que os Estados Unidos ao invés de
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