Tambor, Matacá e brincadeiras de negros
Por: ThaliciaSoares18 • 5/12/2018 • Trabalho acadêmico • 368 Palavras (2 Páginas) • 127 Visualizações
FERRETTI, M. . Tambor, maracá e brincadeira de negro do Maranhão na virada do seculo XIX e inicio do seculo XX. In: BARROS, Antonio Evaldo; Neria, Cidinalva; BARROS Jr, Reinaldo; SALES. Tatiane; BARBOSA, Viviane; NERIS, Wheriston e o. (Org.). Histórias do Maranhão em tempos de república. 1ed.Sao Luis-MA: Edufma, 2015, v. 1, p. 81-102.
Thalicia Maria Soares Santos
“O tambor é muito importante na cultura popular maranhenses. Não é por acaso que várias manifestações culturais afro-brasileiras foram denominadas tambor no Maranhão: tambor de mina, tambor da mata, tambor de crioula. Vários documentos maranhenses do século XIX falam da participação de negros em danças de tambor, realizadas longe dos olhos dos senhores de escravos ou não.”(p.81)
“ Em 1818 o frade capuchinho Frei Francisco de N. Sra. dos Prazeres descreveu uma dessas danças em “Poranduba Maranhense” , obra publicada em 1891 pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.”(p.81)
“ Embora o maracá seja um instrumento musical mais associado ao índio do que ao negro(Prazeres, 1891,p.137) e a pajelança seja geralmente considerada de origem indígena, documentos do século XIX mostram que a ligação da população negra do Maranhão com a pajelança ou um tipo especial de pajelança – realizadas para “tirar feitiço” ou “males feitos” -, é muito antiga, o que pode ser constatado na análise de códigos de postura de várias localidades onde a população negra era expressiva (Apem-Colecção..., 13/9/1848;26/8/1856)”(p.83 )
“ É possível que a Casa das Minas – terreiro jeje conhecido como o mais antigo da capital -, nos seus primeiros anos de funcionamento, tenha realizado rituais sem tambor, pois, enquanto o seu pedido mais antigo de licença política para a realização de brincadeiras de tambor analisado por anos é datado de 05/05/1885 (Apem-Licença..., 05/05/1885) [...]”(p.85)
“É possível que com o regime republicano tenha havido maior abertura para danças de tambor e folguedo populares, pois, em 1893, jornais da capital noticiaram a dia de maranhenses aos Estados Unidos – 7 homens e 6 mulheres de cor – para apresentação de danças populares em exposição realizada em Chicago: bumba-meu-boi, tambor e chorado – a segunda referida como intolerável, em matéria do mesmo jornal, publicada cerca de quatro anos antes (Diário do Maranhão, 08/01/1889)[..]”(p.87)
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