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Teoria De Taylor

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Por:   •  15/5/2014  •  807 Palavras (4 Páginas)  •  351 Visualizações

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A principal filosofia de Taylor, consagrada na sua “Gestão Cientifica” do trabalho, era a máxima rentabilidade ao menor custo, procurando, para isso, com a máxima divisão das tarefas, e o estudo de tempos e métodos, recorrer a mão-de-obra não qualificada com o que alcançava processos de produção mais económicos.

Com Henry Ford cria-se o modelo Taylorista-fordista, fortemente influenciado pelos estudos de Taylor, que representa um modelo de produção em massa, preparado para a produção estandardizada, baseado nos preços de concorrência e com recurso a uma mão-de-obra não qualificada. Este modelo mostrou-se bastante adequado a um contexto estável de crescimento económico, ditado pelo crescimento do mercado e com recurso a uma política de salários elevados.

O modelo Taylorista-fordista, entra porém, em crise, quando os investimentos em composição técnica deixam de ser facilmente rentáveis e começa a fazer-se notada uma forte contestação e resistência dos trabalhadores, e sindicatos aos princípios da organização científica do trabalho. Paralelamente, as organizações, tornam-se muito hierarquizadas e burocráticas com grandes gastos nos sectores administrativos e de controlo.

Aparece então, o modelo Lean Production, com a chamada produção magra, com uma hierarquia mais achatada e políticas de gestão que entram em ruptura com os anteriores princípios de gestão do taylorismo-fordismo. Este modelo, importado do Japão centra-se na política de zero stocks, procura a qualidade total e o trabalho em equipa, com maior responsabilização e participação dos trabalhadores no processo produtivo.O modelo Lean Production começa, a praticar-se um pouco por todo o mundo, e revela-se mais adaptado à produção de produtos variados e com um nível de exigência de qualidade mais elevado.

Aparecem, ainda, os sistemas antropocêntricos de produção baseados na flexibilidade qualitativa da mão-de-obra, com mudanças estruturais na organização de trabalho ao nível da qualificação, flexibilidade qualitativa, e participação dos trabalhadores.

O modelo neotaylorista aparece como um modelo de produção, baseado nos princípios de produção em massa e adaptado à nova era de automatização de processos produtivos. Recorre-se à polivalência de funções e alargamento de tarefas, sobretudo, no sentido de não permitir falhas na produção e serviços.

Os recursos humanos são, de um modo geral pouco qualificados e a empresa quase não investe em formação. A perspectiva neotaylorista faz-se notar por um forte protagonismo patronal nos processos de inovação. Revela-se numa perspectiva tecnocêntrica, através de um taylorismo assistido por computador, com ênfase na flexibilização quantitativa e desemprego massivo. As novas tecnologias servem, nesta perspectiva para exercer um maior controlo sobre o trabalhador, para aumentar a qualidade de produtos e serviços e aumentar a produtividade por trabalhador. Cria-se uma flexibilização quantitativa da mão-de-obra, com forte incidência de trabalhadores não qualificados. A sua estrutura organizacional é vertical, fortemente hierarquizada, e com um controle integrado e centralizado. A organização do trabalho é fragmentada, com alargamento e rotações de tarefas.

As organizações sindicais, com um cada vez maior número de trabalhadores eventuais, não ligados ao quadro de pessoal das empresas, tornam-se progressivamente menos eficazes e o trabalhador perde gradualmente a sua força reivindicativa.

Quanto às qualificações, entendidas como um conjunto de saber e saber-fazer, o neotaylorismo, não aproveita o conhecimento adquirido através da experiência dos trabalhadores, facilmente lançando, com reformas antecipadas, aqueles que a possuem, a troco de jovens mais qualificados, mas sem experiência.

Para este trabalho a nossa pergunta de partida foi, tentar perceber, porque continuam a persistir nas organizações de trabalho alguns dos princípios da “ Gestão Cientifica “ de Taylor, no modelo neotaylorista? Colocámos como hipótese o facto de estes princípios serem os que melhor se adaptam às suas filosofias de gestão.

Do ponto de vista da sua organização interna, este trabalho, sobre o neotaylorismo, tem uma primeira parte com a introdução, indicando os objectivos, as principais teorias consultadas e a metodologia seguida.

Na segunda parte referimo-nos aos antecedentes históricos do neotaylorismo indicando os princípios fundamentais do modelo Taylorista-fordista e as causas fundamentais da sua crise. Referimos depois, às principais características do modelo Lean-production, que transformou a economia japonesa numa super potência económica, e por isso transportado para os EUA, Europa e mais tarde, China. Falamos ainda dos sistemas antropocêntricos de produção, como um modelo alternativo de produção.

Na terceira parte refere-se a correlação existente entre a filosofia de consumo e o modelo neotaylorista. Indica-se a extrema flexibilidade quantitativa do modelo, com referência à crise dos direitos colectivos e à flexibilidade quantitativa.

Na quarta e última parte, este trabalho centra-se na identificação das principais características do modelo neotaylorista, com a conservação dos princípios fundamentais de Taylor, máxima rentabilidade a menor custo. Identificamos a forma como integra as novas tecnologias. Falamos da sua política de qualificações. O último ponto remete para um tema, para reflexão, sobre a preponderância do saber-fazer dos operários, chamando à atenção para o facto de Danielle Stroobants, considerar que houve sempre, um saber por trás do saber-fazer do operário, que começou agora a ser estudado de uma forma interdisciplinar, e pode trazer novas perspectivas à forma como se vêm as qualificações, os saberes e os conhecimentos.

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