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Tratado De Versalhes

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Por:   •  25/5/2014  •  2.210 Palavras (9 Páginas)  •  264 Visualizações

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Introdução

O tema aqui tratado, no âmbito da disciplina de História, é sobre o Tratado deVersalhes, um tratado de paz assinado em tempos de guerra, com a finalidade de devolver a tranquilidade.

O objectivo deste trabalho é demonstrar do que se trata o Tratado de Versalhes, o seu propósito, e de uma forma sintetizada (pois não consegui encontrar o Tratado na sua totalidade) o seu conteúdo. Para além disso achei necessário inserir neste trabalho os antecedentes do tratado, mais precisamente, a Primeira Guerra Mundial – para compreendermos a necessidade que houve em formulá-lo – e ainda, o Armistício de Compiègne, que foi basicamente a base, ou o primeiro passo, do Tratado de Versalhes.

As perguntas que desejo formular são nomeadamente: O que levou á constituição do tratado?, No que resultou? Se teve resultados positivos ou negativos? E por fim, mas não em ultimo lugar, o que foi o Tratado de Versalhes?

Finalmente, como não podia deixar de ser, inclui neste trabalho as consequências do tratado, mais precisamente as razões porque falhou.

Quanto á metodologia deste trabalho, pesquisei tanto em livros, como nos apontamentos e na Internet. Ao pesquisar para este trabalho deparei-me com vários artigos que continham basicamente a mesma informação, o que é de esperar, daí que não tenha uma bibliografia muito alargada. No entanto, encontrei informações bastante interessantes.

Finalmente, a fim de organizar correctamente este trabalho organizei-o por tópicos, tratei de cada um com cuidado, citei as fontes correctamente e recorri também ao uso de imagens.

A Primeira Guerra Mundial: uma síntese

A Primeira Guerra Mundial, também conhecida como Grande Guerra, foi um conflitomundial que ocorreu entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.O conflito decorreu entre a Tríplice Entente - constituída pelo Império Britânico, pela França, pelo Império Russo (até 1917) e pelos Estados Unidos (a partir de 1917) - que derrotou a Tríplice Aliança - fundada pelo Império Alemão, pelo Império Austro-Húngaro e pelo Império Turco-Otomano.

Tudo começou com o assassinato do Arquiduque Francisco Fernando, ocorrido a 28 de Junho. O império Austro-húngaro culpabilizou o governo da Sérvia, mandando-lhe um ultimato, que este aceitou prontamente á excepção de um aspecto: a participação dos agentes austríacos na investigação do assassínio, o que na opinião sérvia constituía uma afronta á sua soberania. Devido á resposta Sérvia, o império Austro-húngaro cortou todas as relações diplomáticas com o país e, de seguida, declarou guerra ao mesmo – que contou com a ajuda da Rússia, sua aliada. A Alemanha, aliada do império Austro-húngaro, mandou um ultimato á Rússia – que foi recusado – e depois declarou-lhe guerra. Mais tarde, com vista a imobilizar também França, o império alemão, enviou um ultimato á Bélgica (que dava passagem para a França) – que também foi recusado, resultando novamente numa declaração de guerra. Logo a seguir a Alemanha decidiu declarar guerra á França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Esta série de acontecimentos, todos considerados como uma afronta á soberania Belga, fizera com que o império britânico saísse da sua posição neutra e entrasse na guerra, ficando contra a Alemanha, dando assim inicio às duas alianças militares.

No início da guerra, em 1914, a Itália era aliada da Tríplice Aliança, mas, tendo em conta que a guerra havia sido declarada pela Áustria, e se tratava de oponentes fortes, o governo italiano decidiu permanecer neutro.

No entanto, mais tarde, a Tríplice Entente e a Itália fizeram um pacto secreto contra o aliado austríaco – o chamado Pacto de Londres. Neste pacto estava estipulado que a Itália deveria entrar em guerra, durante um mês, em troca de receber alguns territórios assim que terminasse, como: “ Trentino, o Tirol Meridional, Trieste, aGorizia, Ístria (com excepção da cidade de Fiume), parte da Dalmácia; um protectorado sobre a Albânia e sobre algumas ilhas do Dodecaneso e alguns territórios do Império Turco, além de uma expansão das colónias africanas, às custas da Alemanha - a Itália já possuía na África: a Líbia, a Somália e a Eritreia.”[1]

Entretanto em 1917, a Rússia abandonou a guerra para proteger o país, enquanto os E.U.A. deram inicio á sua participação apenas como fornecedores de armamento e fundos monetários. Ora, ao ver os seus investimentos em perigo, entraram militarmente no conflito, mudando totalmente o destino da guerra e garantindo a vitória da Tríplice Entente.

“Muitos dos combates na Primeira Guerra Mundial ocorreram nas frentes ocidentais, em trincheiras e fortificações -separadas pelas "Terras de Ninguém", que era o espaço entre cada trincheira, onde vários cadáveres ficavam a espera do recolhimento - do Mar do Norte até a Suíça.”[2]

Relativamente á quantidade de mortos, “o saldo foi de mais de 19 milhões de mortos, dos quais 5% eram civis. Na Segunda Guerra Mundial, este número aumentou em 60%.”[3]

Pode-se dizer que o fim começou aos poucos, isto é, primeiramente assistiu-se á desmembração dos três impérios europeus – o império Alemão, o império Austro-Húngaro e o império Russo -, e o do Médio Oriente – o império Turco-Otomano. De seguida, por conseguinte, deu-se o fim dos quatro impérios autocráticos e ditatoriais: os Hasburgos (Áustria), os Hohenzollen (Alemanha), os Romanov (Rússia) e os Sultões (Otomano). O seu poder e a sua influência diminuíram, dando assim espaço para asnovas mudanças que estavam para chegar.

Entretanto, a partir de 1917 a situação começou a alterar-se, quer com a entrada em cena de novos meios de transporte - como o carro de combate e a aviação militar -, quer com a chegada das forças norte-americanas, ou com novas tácticas e estratégias militares mais eficientes. Finalmente, para concluir, basta dizer que esta nova jogada foi definitiva. A Alemanha foi literalmente “encurralada entre a espada e a parede”, sendo obrigada a render-se, pondo assim fim á Primeira Guerra Mundial.

O Armistício de Compiègne

A 27 de Setembro de 1918, a Inglaterra, reforçada pela França, pela Bélgica e pelo Canadá, atacou a Alemanha que se encontrava em Flandres, na Bélgica.

“O progresso não foi, á partida, impressionante, mas essa operação atingiu um resultado simbolicamente importante, isto é, as tropas inglesas conseguiram perfurar a linha de Hindemburgo”[4] - supostamente inabalável – resultando na rendição do comandante Erich Ludendorff, que para evitar uma derrota vergonhosa estava

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