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UMA HISTÓRIA ENSINADA PARA HOMER SIMPISON NEGACIONISMOS E OS USOS ABUSIVOS DO PASSADO EM TEMPOS DE PÓS-VERDADE

Por:   •  9/4/2022  •  Resenha  •  569 Palavras (3 Páginas)  •  362 Visualizações

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FICHAMENTO TEXTUAL

DISCIPLINA: HISTÓRIA DO ENSINO DE HISTÓRIA

FICHAMENTO- TEXTO 1

UMA HISTÓRIA ENSINADA PARA HOMER SIMPISON: NEGACIONISMOS E OS USOS ABUSIVOS DO PASSADO EM TEMPOS DE PÓS-VERDADE

FICHAMENTO DE RESUMO

Referência: MENEZES, Sônia. Uma história ensinada para Homer Simpson: negacionismos e usos abusivos do passado em tempos de pós-verdade. Revista História Hoje, vol. 8, nº 15.r um título.

O objetivo do artigo publicado pela historiadora Sônia Menezes, na revista História Hoje, é problematizar o discurso histórico da atualidade e os diversos usos do passado para legitimar uma pós-verdade propagada pela mídia. Para esclarecer suas ideias, a autora faz uma analogia com o personagem Homer Simpson, da série Os Simpsons e o tipo de história ensinada ao personagem, que representa, de maneira geral, a nossa sociedade contemporânea, alheia as questões políticas e sociais.

O texto foi dividido em seções. A primeira parte busca esclarecer a relação entre os usos da história em tempos de pós-verdade e o seu ensino para personagens como o Homer Simpson. Na segunda parte, há uma problematização sobre o entendimento de história ordinária, e os vários significados atribuídos ao termo. Na terceira seção, a autora destaca o negacionismo com situações pontuais do uso indevido do passado, bem como o descaso com a pesquisa histórica e problematiza o uso do passado nas produções midiáticas de história. No quarto tópico, destaca-se o desafio enfrentado pela sociedade, em relação ao alcance dos discursos negacionistas na sociedade e a sua repercurrsão mediante a velocidade na propagação das notícias e a aceitação social adversa à reflexão crítica.

Com relação as principais ideias do texto, pode-se ressaltar uma tendência da sociedade, alheia as questões em seu entorno, que não questionam e aceitam como verdade as informações propagadas sem rigor científico, impulsionadas por interesse político-econômicos, colocando a história e o ensino da histórica como “vilões” numa visão maniqueísta do bem contra o mal.

Além disso, Sônia sugere analisar a história ordinária, a partir da ideia dos lugares de “próprio”. A história, com lugar disciplinar, de legitimidade, convive com um fenômeno mundial que insurge sujeitos para disputar o seu lugar, surgindo assim, “outros próprios”. O objetivo passar a ser o entretenimento, o consumo, baseado no sistema capitalista, de tal forma que o que menos interessa é o conteúdo e a veracidade científica do que está sendo ofertado pela mídia.

Outro ponto que merece destaque dentro do texto são os posicionamentos negacionistas e conservadores explícitos nos exemplos anexados ao texto, que comprovam a importância da problematização do uso abusivo do passado. O rigor historiográfico seguido nas publicações, através das normativas e evidências não são levados em consideração. Nenhuma ética, referência ou apresentação concreta de dados são levados em consideração. Reafirma-se assim que a aceitação da sociedade tem dispensado comprovação sobre afirmativas propagadas.

A autora conclui o texto analisando os desafios enfrentados pela história e o historiador. A constante e acelerada propagação dificultam um retorno rápido para a desconstrução do que foi publicado.

O ensino também sofre consequências acerca do uso do passado com a prerrogativa do pós-verdade. Espalha-se uma visão de mundo que ignora os registros do passado, adversa à reflexão político-social e que os veículos midiáticos, que divulgavam o “pós-verdade” atingem uma massa superior em relação aos textos acadêmicos e os artigos científicos.

A problematização final busca ampliar o alcance das produções acadêmicas, utilizando as mesmas ferramentas de divulgação e colocando o professor de história como um militante rumo aos desafios do tempo presente.

Palavras-chave: negacionismo, passado, pós-verdade, mídia

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