UNIVERSIDADE DE UBERABA O PROJETO COLONIZADOR EUROPEU NO BRASIL E SEU DESENLACE I
Por: Taiguara Alves • 14/4/2015 • Resenha • 959 Palavras (4 Páginas) • 314 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE UBERABA
O PROJETO COLONIZADOR EUROPEU NO BRASIL E SEU DESENLACE I
Trabalho em Grupo
NIVIA CORREIA ROSA SILVA (LIDER)
ROMARIO MAGNO DA CUNHA (LIDER SUPLENTE)
TAIGUARA DOS REIS ALVES
ANTONIO CARLOS PINHEIRO
JHONATHAN GLEIDSOM MOREIRA
Introdução:
Partindo do texto proposto foi designado aos integrantes do grupo selecionar fragmentos e discuti-los sobre como era a visão do europeu em relação a nova terra alcançada, e após a discussão escolher um deles e trabalhar em cima sobre a conclusão de cada um.
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A Primeira Missa no Brasil, 1861. Museu Nacional de Belas Artes. De Victor Meirelles
“E no logar que lhes pareceu della mais accomodado, surgirão aquella tarde, onde logo tiverão vista da gente da terra: de cuja semelhança nam ficarão pouco admirados, porque era differente da de Guiné, e fóra do comum parecer de toda outra que tinhão visto. Estando assi surtos nesta parte que digo saltou aquella noite com elles tanto tempo, que lhes foi forçado levarem as ancoras, e com aquelle vento que lhes era largo por aquelle rumo, forão correndo a costa atè chegarem a hum porto limpo, e de bom surgidouro, onde entrarão: ao qual pozeram então este nome que hoje em dia tem de Porto Seguro, por lhes dar colheita, e os assegurar do perigo da tempestade que levavão Ao outro dia seguinte sahio Pedralvarez em terra com a maior parte da gente na qual se disse logo missa cantada, e houve prégaçam: e os Indios da terra que ali se ajuntarão ouvirão tudo com muita quietaçam, usando de todos os actos e cerimonias que vião fazer aos nossos: e assi se punhão de giolhos e batião nos peitos como se tivérão lume de Fé, ou que por alguma via lhes fora revelado aquelle grande e inefabil misterio do Santissimo Sacramento, no que se mostravão claramente estarem dispostos para receberem a doctrina Christã a todo o tempo que lhes fosse denunciada como gente que nam tinham impedimento de idolos, nem professava outra Lei alguma que podesse contradizer a esta nossa, como adiante se verà no capitulo que trata de seus costumes.”
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil; História da Província Santa Cruz, Belo Horizonte: Itatiaia, 1980.
Este trecho fala a respeito da primeira missa realizada nas terras recém descobertas. Segundo o autor os índios que ali estavam ouviram as pregações atentamente, bem como, realizavam gestos como se estivem dispostos a aceitar a fé cristã. (Nivea Correia)
Por outro lado interpreto que os índios não ofereceram resistência pelo fato de se deparar com o “Novo”. Não sabiam do que se tratava aquela visita de pessoas de traços tão diferentes aos deles, manuseando barcos tão maiores que os deles, e muito menos que queriam o mal deles. Acreditaveam que os Portugeses haviam sido mandado por seu Deus: “gente de seu deus sol, o criador (Maíra) que vinha sobre as ondas do mar” (Taiguara dos Reis Alves)
Fragmento retirado do texto
O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil Darcy Ribeiro
Para os portugueses os índios que aqui se encontravam eram um “povo sem lei”, não passavam de uma folha em branco pronta para sem moldada por eles. Todavia, como os jesuítas que chegaram posteriormente ao Brasil irão descobrir, os nativos brasileiros possuíam sua própria crença e adoravam a seus próprios deuses de sua própria maneira. Neste sentido argumenta Brandão (2015, p. 58):
E que segundo os primeiros relatos de missionários e outros colonizadores, eles pareciam ser "gente sem lei": povos e culturas sem a idéia de um deus, sem o seu temor, sem mais nada do que vagos nomes dados a algum fenômeno da natureza. A própria noção do sagrado parecia ser desconhecida aos tupi-guarani. Ali estava uma gente que ao contrário de outros índios encontrados na rota dos descobrimentos, parecia não possuir ritual algum de qualquer tipo de culto religioso. Não possuindo em aparência o conhecimento de um deus, não pareciam ter crença alguma em outros seres: maléficos ou demoníacos. E se aos primeiros jesuítas espantava uma "gente" sem fé, consolava a desconfiança de que, pelo menos entre eles, não seria necessário combater "falsas crenças", pois, a um primeiro olhar piedoso, parecia não haver nenhuma.
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