Uma Cultura De Caçadores
Artigos Científicos: Uma Cultura De Caçadores. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pabiticy • 14/8/2014 • 924 Palavras (4 Páginas) • 1.462 Visualizações
2 Uma cultura de caçadores
Paleolítico
2,5 milhões a
35000 a.C.
mesolítico
35000-6000 a.C.
Neolítico
10000-2000 a.C.
Idade do Bronze
3000-1000 a.C.
Idade do Ferro
1500 a.C-500 d.C.
Idade do Cobre
5500-2000 a.C.
A divisão proposta com base na classificação de John Lubbock predominou até meados do século XX. As
datas indicam o intervalo em que se encontram o início e o fim de cada período ao redor do mundo, pois
essas mudanças não aconteceram ao mesmo tempo em todas as culturas. Por exemplo, o Neolítico durou
na Europa Central de 6000 a 3000 a.C., mas na Turquia aconteceu antes, entre 9000-6000 a.C.
doc. 9
bridgeman art librarY/keYstonecoleÇÃo
particular
ancient art and architeture collection ltd./bridgeman
art librarY/keYstone-coleÇÃo partiuclar
À direita, machado de sílex, c. 200 mil anos atrás. À esquerda,
instrumento de pedra, c. 300 mil anos atrás.
doc. 8
anderson de andrade pimentel
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Os primeiros artefatos humanos
Um dos traços fundamentais e característicos da
evolução humana é a capacidade de fabricar ferramentas
e utensílios. Os primeiros objetos conhecidos, fabricados
por grupos humanos, eram feitos de pedra (alguns
estudiosos argumentam que foram feitos de ossos de
animais). Os exemplos mais antigos foram encontrados
na África Oriental. São pedras lascadas de pelo menos
2,5 milhões de anos, chamadas choppers. Instrumentos
semelhantes também foram encontrados em diversas
partes da África, Europa e Ásia [doc. 9].
Os utensílios em pedra encontrados fornecem pistas
importantes sobre a vida desses hominídeos, por
exemplo, sobre o tipo de alimentação que tinham e os
recursos que podiam obter usando esses novos instrumentos.
Quanto mais aumentavam seus recursos e capacidades,
maiores eram as chances de se protegerem
e garantirem a sobrevivência do grupo. Com o tempo
os instrumentos foram se diversifi cando e sendo adaptados
a funções mais especializadas, a exemplo
de machados bifaces, raspadores e
pontas de projéteis.
A periodização da Pré-história
A primeira divisão da Pré-história em idades foi
elaborada em 1820 pelo arqueólogo dinamarquês
Christian Thomsen, que criou o chamado Sistema
das Três Idades: Idade da Pedra, Idade do Bronze
e Idade do Ferro. Para Thomsen, as mudanças nas
técnicas de fabricação mostravam o desenvolvimento
cultural dos povos.
Mais tarde, em 1865, o arqueólogo John Lubbock
dividiu a Idade da Pedra da forma como utilizamos até
hoje: Paleolítico (Pedra Antiga), Mesolítico (Pedra Intermediária)
e Neolítico (Pedra Nova). Ainda segundo
Lubbock, o fi m da Idade da Pedra encerraria a Pré-história
e iniciaria a Idade dos Metais, subdividida em Idade
do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro [doc. 8].
Embora muito aceito e utilizado, esse sistema de
periodização se mostra inadequado. Como a divisão
se baseia nas culturas pré-históricas do Mediterrâneo
e da Eurásia, ela gera problemas quando aplicada a
outras regiões. Na América, por exemplo, os maias
já haviam desenvolvido a astronomia, a matemática
e um sistema de escrita complexo, mas ainda dependiam
de instrumentos feitos de pedra lascada ou polida,
sendo por isso associados à Idade da Pedra.
Também não há um marco inicial único para o
que se convencionou chamar de Pré-história. Alguns
autores estabelecem como ponto de partida o surgimento
dos primeiros australopitecos, por volta de
4,5 milhões de anos atrás. Outros defi niram como
marco inaugural da Pré-história a capacidade humana
de produzir artefatos, desenvolvida por indivíduos
da espécie Homo habilis, 2,5 milhões de anos atrás.
É essa periodização que adotamos nesta obra.
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doc. 11
doc.
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