Vacina Ou Morte
Artigo: Vacina Ou Morte. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ClaudiaNovelli • 28/9/2014 • 798 Palavras (4 Páginas) • 339 Visualizações
Vacina ou morte
"O governo arma-se desde agora para o golpe decisivo que pretende desferir contra os direitos e liberdades dos cidadãos deste país. A vacinação e revacinação vão ser lei dentro em breve, não obstante o clamor levantado de todos os pontos e que foi ecoar na Câmara dos Deputados através de diversas representações assinadas por milhares de pessoas. De posse desta clava, que o incondicionalismo bajulador e mesureiro preparou, vai o governo do Sr. Rodrigues Alves saber se o povo brasileiro já se acanalhou ao ponto de abrir as portas do lar à violência ou se conserva ainda as tradições de brio e de dignidade com que, da monarquia democrática passou a esta República de iniqüidade e privilégios.
O atentado planejado alveja o que de mais sagrado contém o patrimônio de cada cidadão: pretende se esmagar a liberdade individual sob a força bruta...” - Correio da Manhã, 7 de outubro de 1904.
Revolta Da Vacina
A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Teve o nome de Revolta da Vacina, porque o povo protestava contra a vacinação obrigatória contra a varíola mas, esse não era o motivo principal. Naquela época o Rio de Janeiro passava por um momento conturbado, A Capital da recente república do Brasil, era a cidade para onde todos se mudavam: ex-escravos libertados, imigrantes europeus em busca de emprego, desertores e excedentes das Forças Armadas e migrantes das fazendas de café. Entre 1872 e 1890, a população do Rio passou de 266 mil para 522 mil pessoas. Não havia emprego para todos e a maioria se virava como podia: carregava e descarregava navios, vendia tranqueiras, fazia pequenos serviços. É claro que ainda havia entre eles ladrões, prostitutas e trambiqueiros.
As autoridades os chamavam de ralé, malandros ou desocupados, mas que também se pode chamar de pobre que por ser a grande maioria da população pode ser denominada povo . Eles moravam nos cortiços. Essas habitações coletivas, tinham boa localização: ficavam no centro da cidade. O custo de vida está em aumento e a reforma feita pelo presidente Rodrigo Alves que tinha a visão de deixar o Rio de Janeiro como a cidade maravilhosa escondendo a pobreza. Ele queria implantar grandes avenidas como em Paris, ele retirou a população pobre dos centros da cidade, levando os para os morros, criando assim as posteriores “favelas”, não existia saneamento básico o povo era vulnerável à muitas doenças como febre amarela, peste bubônica e a varíola. A oposição querendo fazer um golpe de estado deixou vazar a imprensa a informação de que a vacina contra a varíola seria obrigatória, quando a imprensa lança sem permição do governo que seria aprovada o projeto de lei comandado pelo Dr. Oswaldo Cruz. As especulações por falta de informações e a influencia da imprensa leva o povo a se revoltar. A revolta popular aumentava a cada dia, impulsionada também pela crise econômica. As manifestações populares e conflitos se espalharam-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destruíram bondes, apedrejaram prédios públicos e espalharam a desordem pela cidade.Os comentários sobre a vacina vão tomando outros rumos, passam a dizer que a vacina é um desrespeito as mulheres pois era dada nas partes intimas e que o governo estaria contaminado o povo com a própria doença, uma grande parte dos quase 3000 revoltosos não sabiam mais o motivo exato da revolta.
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